Carrasco
Caminha negro: Algoz de meus anelos.
Tua forma come o meu clarão singelo!
Tu rompeste a Lira no torpor marítimo
e nela afunda o que criou meu ritmo!
Oh, Face fúnebre: fenece fosca
entregue às penas e jogada às moscas;
Feridas pútridas teu rastro envolve
mais que a crença que o amor dissolve.
Trazias vida ao glacial enfermo
e a prece ambígua que descansa a ermo
Nas trovas míticas das glândulas mamárias
exumando a fonte das lembranças arbitrárias
E vem como um grifo na dualidade
da terra e do ar, e espreita a maldade
Para torcer o olho maldito das naus
naufragadas nas veias antigas do caos