ATO ENFADONHO
Depois de um cotidiano de labuta
Adentrei à minha alcova absoluta
E me aconcheguei para repousar,
Me banhei e me aquartelei
Em uma cama me joguei
Na intensão de me acomodar .
De repente, começou a orgia
Estranho!, Eu não entendia
Porque eu estava naquele lugar,
Lá tinha damas e guloseimas
Mulheres cheirando alfazemas
Tudo de bom para saborear.
Envolvido com tantos gemidos
Dos quatro cantos a ecoar
Pois a dama daquele lugar,
Adentrou de batom vermelho
No teto havia um espelho
E o mundo a se descortinar.
De repente acordei ofegante
Me pareceu por um instante
Que tinha morrido e ressuscitado,
Percebi que era apenas um sonho
E acordei deste afixo enfadonho
Fatídico devaneio sonhado.
J. Coelho