ATO ENFADONHO

Depois de um cotidiano de labuta

Adentrei à minha alcova absoluta

E me aconcheguei para repousar,

Me banhei e me aquartelei

Em uma cama me joguei

Na intensão de me acomodar .

De repente, começou a orgia

Estranho!, Eu não entendia

Porque eu estava naquele lugar,

Lá tinha damas e guloseimas

Mulheres cheirando alfazemas

Tudo de bom para saborear.

Envolvido com tantos gemidos

Dos quatro cantos a ecoar

Pois a dama daquele lugar,

Adentrou de batom vermelho

No teto havia um espelho

E o mundo a se descortinar.

De repente acordei ofegante

Me pareceu por um instante

Que tinha morrido e ressuscitado,

Percebi que era apenas um sonho

E acordei deste afixo enfadonho

Fatídico devaneio sonhado.

J. Coelho

José Coelho Fernandes
Enviado por José Coelho Fernandes em 30/01/2012
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