Alô, povo do Ceará...
Alô, povo do Ceará...
Aqui em São Paulo tem um tal Roberto Schwarz, um iconoclasta, doidão para macular nosso grande José de Alencar. Diz que o romance Senhora beira à frivolidade e outras bobagens nitidamente sem fundamento. É obvio que tenta aparecer, caso contrário já teria cometido suicídio. Pois, se tem coragem de tentar arranhar um dos maiores escritores do mundo, imagine quando olha para si mesmo? Um zé mané que não é nada, não será nada, pois, já cruzou o cabo da Boa Esperança. É bom ficar ligado quando ele tentar aparecer por aí. Espero que esta geração de cearenses seja igual às demais: ponha seus melhores tapetes, suas melhores roupas, o melhor de suas almas para bem receber e tratar todos os brasileiros e estrangeiros que cheguem a nossa terra.
Mas que não nos esqueçamos de dar o troco, sempre além da conta, a todo e qualquer vagabundo que tente tirar ‘uma’ com nossa cara! Honremos nossas calças, nossos ídolos, nossa historia. Cuidemos para que não façamos corar de vergonha nossos antepassados: Dom Martin, Iracema, Dona Tomásia, Tristão Gonçalves, Dona Bárbara Alencar, José de Alencar (agora atingido, amanha poderá ser qualquer um de nós), Adolfo Caminha, Rachel de Queiroz, Humberto de Alencar Castelo Branco, os irmãos Dragões do Mar, Padin Ciço e toda nação saco-roxo. Nem vou citar artistas, intelectuais, políticos da atualidade, pois, os filhos da Terra da Luz não batem fofo jamais!
Um cidadão como este - certamente tem o cu na cara, cara pálida, desconhece a alma brasileira - deve perceber, antes que morra, que um ídolo não é só, tem um povo que o sustenta. Além disso, não se trata de um ídolo cearense, se trata de ídolo nacional, mundialmente respeitado que enobrece nosso país. Quem este sujeito de sobrenome impronunciável pensa que é para cagar assim em cima do autor de O Guarani, Iracema e tantos outros livros vendidos, até hoje, no mundo inteiro? Olha, meu povo do Ceará, fiquem de olho neste nome. Se ousar aparecer por aí, façam-no explicar direitinho, sem nenhum pingo fora do i, tal iconoclastia. Quem estiver interessado nas asneiras que este cu de burro escreveu, peça-me ou procure na USP.
Rachel de Queirós, quando lançou O Quinze, sofria grande critica de um jornalista local. Este dizia que o pai da Rachel havia escrito o romance e não ela que era uma menina. E ela, enquanto era elogiada no país inteiro, era desrespeitada em sua cidade natal, depois de ter escrito o livro à luz de lamparina, escondida do próprio pai! Um dia encontrou o tal jornalista numa praia, depois da Ponte dos Ingleses que na época era meio deserto - e não pensou duas vezes: foi em cima do safado e aplicou-lhe mega surra de bolsadas!
Ela ficou quieta – narrou o fato poucos antes de morrer – porque era muito feio uma mulher agredir a um homem - ainda que fosse um cabra descarado; ele morreu – morreu não, o cão carregou – sem revelar o ocorrido que também lhe seria bem vergonhoso. Também, segundo Rachel, jamais este sujeito voltou a escreveu uma linha contra ela!
Qual é o cearense que não conhece a frase: respeito é bom e conserva os dentes? Pois, bem, povo da minha terra: o pau que dá em Chico, dá em Francisco. Vamos respeitar e nos dar ao respeito. Até os cangaceiros respeitaram nossa terra e nossa gente. Por que vamos amarelar agora para um cueca suja qualquer? Se pelo menos tivesse argumentos plausíveis, se pelo menos tivesse algo consistente para apresentar... È um embusteiro maganão!
Povo da minha terra, Universidade Estadual, Academia Cearense de Letras (que pariu a Academia Brasileira de Letras), se liga aí!