VOLUNTÁRIO & VOLTAIRE

Francisco de Paula Melo Aguiar

Para início de conversa de doido e de louco cada filósofo do senso comum ou não, todos nós querendo ou não temos um pouco.

Assim por exemplo, vamos analisar às máximas e sabedoria do filósofo francês François-Marie Arouet (21 de Novembro de 1694 - 30 de Maio de 1778), que usava em suas publicações o pseudónimo de Voltaire, filósofo, escritor, poeta, dramaturgo e historiador francês.

Assim sendo Voltaire ou pequeno voluntário para não usar ou expor o nome de sua família em suas publicações assim pensava, algo análogo às frases ou chavões publicados em parachoque de caminhões do tipo: "Todo o homem é culpado do bem que não fez", trocando isso em miúdo, existe em nossa legislação pátria os crimes dolosos e culpos, onde no dolo o agente assume a intenção de matar e enquanto no culposo o agente não assume a intenção de matar, porém mata e divide a culpa com o morto e ponto final.

E o nosso filósofo iluminista nos informa de que "Esta vida é um perpétuo combate e a filosofia o único emplastro que podemos pôr nas feridas que recebemos de todos os lados", portanto, no dizer de Voltaire o amor à sabedoria é o tapume da ferida, da arrogância e da ignorância.

E diante disso, Voltaire afirma que "É melhor correr o risco de salvar um homem culpado do que condenar um inocente", é baseado nisso que são julgados à maioria dos crimes do trânsito e o instituto da degítima defesa, por exemplo, alguém matou para se defender a si ou a outrem, porém, na forma da lei é excluído de punibilidade.

E Voltaire vai além disso ao afirmar que "Nem sempre podemos agradar, mas podemos falar sempre agradavelmente", isto é autoaplicável na distribuição da coisa pública nos poderes executivo, legislativo e judiciário no nosso tempo, assim como no tempo do referido filósofo.

Assim como na guerra e na injustiça "Uma discussão prolongada significa que ambas as partes estão erradas", no dizer de Voltaire.

E não é diferente para se ter e manter a liberdade de pensamento em qualquer parte do mundo, conforme o pensamento de Voltaire: "Não estou de acordo com aquilo que dizeis, mas lutarei até ao fim para que vos seja possível dizê-lo", isto é um grande risco, porque quem fala a verdade tem muitos inimigos e poucos amigos.

E se não bastasse isto "acontece com os livros o mesmo que com os homens, um pequeno grupo desempenha um grande papel", com a palavra os escritores que em suas obras procuram justificar o injustificável perante o mundo.

Na vida pública é outro samba e jogos de cintura ou interesses da situação e da oposição, pois, "encontrou-se, em boa política, o segredo de fazer morrer de fome aqueles que, cultivando a terra, fazem viver os outros", ex-vi a chaga da escravidão, dos boias-frias e dos sem teto e mesa farta, bem como os assalariados e ou desempregados, por analogia ao pensamento de Voltaire.

E os governos são responsáveis por diretos e indiretos por "aquilo a que chamamos acaso não é, não pode deixar de ser, senão a causa ignorada de um efeito conhecido", Voltaire tem razão de sobra porque às necessidades primárias e básicas são as mesmas para animais racionais e irracionais em qualquer parte da Terra.

E Voltaire tem razão de sobra ao dizer que "o melhor governo é aquele em que há o menor número de homens inúteis", em outras palavras, não há melhor governo da face da Terra, porque em todos regimes políticos do mundo tem os parasitas de plantão bajulando os governantes que é o que sabem fazer melhor que ninguém.

Em suma, Voltaire diz que "o ouvido é o caminho do coração", já por outro lado dizemos que o que os olhos não vêem o coração não sente, salvo os tiroteios nas comunidades e metrópoles do Brasil e do mundo dizendo aos poderes públicos constituídos o que querem, que podem e que mandam.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 23/11/2024
Reeditado em 23/11/2024
Código do texto: T8203546
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.