O corpo foi feito para o prazer da alma

Costumo dizer que o corpo foi feito para o prazer da alma. Nas rodas de amigos eu sempre digo: eu não busco viver com o corpo, é óbvio, claro e evidente que necessitamos dele. Se pegarmos uma analogia religiosa, eles falam que aqui, na terra, nós somos testados todos os dias. Não que eu acredite e torne isso um fato, ou um fardo, mas é necessário viver a vida com a alma, com a profundidade, com intensidade. Eu me prendo muito ao corpo hoje, porque estou passando por uma dificuldade infeliz e totalmente efêmera, algo que pensando no futuro, lembrarei que eu perdi tempo e que não acrescentei nada novo em mim. O corpo é o mecanismo da alma e a alma é oque o faz mover-se. A alma são os nossos olhos enquanto vivos, é necessário permanecer com ela jovem e madura. Eu desprezo totalmente uma pessoa que vive presa em seu corpo, a alma está lá teoricamente, porém quando falo em prisão, é porque ela está ofendida lá dentro. O corpo não a corresponde, não a obedece, não a faz sentir prazer, gozar... É como a alma de um incubado. Mas eu sei oque vai me fazer melhorar, e estou lutando por isso, entretanto não me deixo de viver por conta de uma dor amarga e impura, eu gozo da vida, como também gozo da morte.

Eu perco horas do meu tempo alimentando-me de saber, de autoconhecimento e de paixões indevidas. Se olharmos bem à nossa volta, perceberemos como o mundo anda, isso porque o homem ainda é jovem e faz muitas besteiras! Temos apenas 200 mil anos de existência! A cegueira ainda habita em nós. Alguns ainda até tentaram evoluir, porém foram mortos, esquecidos, atacados, por serem quem são. Hoje em dia a arte tenta mostrar, mesmo sendo pobre é da pobreza que ela gosta. Da guerra também, pois a guerra nos coloca onde devíamos estar. Elke Maravilha disse em uma entrevista, que a guerra nos põe no nosso lugar. Não existe preto, gay e nenhum preconceito tosco, pois ela nos une. O homem precisa batalhar contra ele mesmo e respeitar à sua alma, só assim teremos a tão querida e inalcançável paz, aquela inexistente em que todos tentamos encontrar e criamos as versões dela para sustentar nosso egoísmo barato.

Ágatha Ternurie
Enviado por Ágatha Ternurie em 20/10/2024
Reeditado em 12/11/2024
Código do texto: T8178008
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