O desafio da escolha entre viver como um humano-produto do sistema ou como um autêntico ser constituído de livre pensamento crítico.

Introdução:

Antes de abordar o assunto em epígrafe, espero que fique esclarecido o conceito de “sistema” que adoto quando faço referência à existência de um ou mais sistemas controladores da vida humana. Para isso, a fim de manter conciso o presente assunto, deixo aqui o link de referência para um texto em que explico qual é o meu conceito sobre o sistema: “O Sistema - um conceito elementar e autocrítico do autor”, disponível no link "www.recantodasletras.com.br/discursos/8151507".

Assunto central:

Os mecanismos do sistema para padronização e controle dos humanos se tornaram tão fortes que aqueles que, enxergando além das doutrinas desses mecanismos e buscando estabelecer uma vida autêntica adequada aos seus próprios discernimentos e capacidades intelectuais, que rompem mentalmente com os paradigmas e crenças aprisionantes do sistema, veem-se, geralmente, isolados e perplexos. E os motivos são vários, que implicam severas restrições em aspectos socioeconômicos e culturais, em relações humanas, na vida social, na aceitação de legislações e políticas, dentre outras coisas mais.

Desde o nascimento somos programados e doutrinados para pensarmos, agirmos e nos comportarmos de acordo com os sistemas estabelecidos. Enxergar isso e procurar viver segundo a genuinidade do seu autêntico ser, que pode se desenvolver a partir de estudo, lógica, puro raciocínio e livre pensamento crítico, é uma decisão que pode se tornar profundamente atormentadora tanto quanto é libertadora. A maior parte das pessoas que vive sob o controle do sistema, sem nem mesmo perceber isso, não consegue sequer compreender essa perspectiva, considerando que os que assim enxergam possam estar sofrendo de alguma alienação mental, ou talvez sejam idiotas, agitadores ou meros subversivos anarquistas com algum tipo de trauma. Isso se dá porque o sistema programa seus humanos-produtos para rejeitarem pensamentos destoantes com toda a força de oposição, de modo que enxergar outra realidade se torne motivo de angústia, espanto e pavor, fazendo com que os pensamentos destoantes sejam desmerecidos e ridicularizados, como uma eficaz estratégia de enfrentamento aos que se opõem ao sistema.

Poucos humanos conseguem enxergar isso, destes poucos, menos ainda conseguem aceitar uma nova realidade a ponto de romperem com suas amarras mentais que os subordinam ao sistema. Mas quem consegue enxergar e passa a experimentar a profunda liberdade do pensamento, geralmente, está num caminho sem volta, não por um novo aprisionamento, mas porque a mente descobriu conhecimentos e sabedorias das quais o sistema não conseguirá lhe privar nunca mais; e além disso, passa a descobrir as inúmeras grandes farsas que lhe foram apresentadas como verdades absolutas, que são baseadas em histórias científicas, culturais, religiosas, em probabilidades estatísticas falseadas, em declarações universais e falácias de autoridade, e muito mais coisas que são criadas pelo sistema com a exata finalidade de manter o controle sobre o comportamento e a mentalidade humana.

Os que cruzam essa linha do conhecimento precisam descobrir uma nova maneira de viver, precisam de novas motivações e de novas pessoas para estabelecer vínculos fortes, porque verão a falsidade de muitas das motivações, regras e explicações que os sistemas lhes empurravam como verdade, o que trará a princípio muita frustração e angústia. É um caminho para poucos e não há uma recompensa especial para os fazer acreditar que esse seja o melhor e o verdadeiro caminho, porque essa história de ganhar uma recompensa por abraçar uma crença e viver por ela só existe na fantasia de um sistema, para manter seus produtos sob controle e motivados a não desistirem da vida que levam. Aos que decidem viver uma nova e autêntica história de vida pautada no pensamento crítico, as únicas recompensas que podem ter são tudo aquilo que eles mesmos produzem de satisfatório para as suas próprias identidades, coisas que estejam em sintonia com seus novos valores e princípios que desenvolveram por si próprios.

Há muito do que se discutir sobre esse tema, muito a se argumentar, esse texto é apenas uma abordagem superficial. Quem desejar aprofundar esse assunto, entre em contato comigo aqui pelo site.