Recreio
O recreio, aquele momento de liberdade e descontração que marcou nossas infâncias, agora ecoa em nossos corações como uma canção distante. Corríamos sem rumo, construíamos castelos de areia que as marés insistiam em desfazer, e a vida se desenrolava diante de nós como um infinito tabuleiro de possibilidades.
Aquele pátio, palco de tantas aventuras, se tornou uma metáfora da própria existência. A infância, com sua inocência e espontaneidade, era um reino onde o tempo parecia não existir. Cada dia era uma nova descoberta, uma nova emoção. Mas, à medida que crescemos, o tempo acelerou seu ritmo e as responsabilidades nos cercaram.
O sino que antes anunciava o início do recreio agora soa como um lembrete da passagem irreversível do tempo. Os jogos de rua deram lugar às reuniões de trabalho, e a construção de castelos de areia foi substituída pela construção de carreiras. A vida adulta, com suas alegrias e desafios, nos oferece experiências únicas, mas também nos rouba um pouco daquela magia da infância.
No entanto, a nostalgia não é sinônimo de tristeza. É um sentimento que nos conecta com nossas origens, com quem somos e de onde viemos. Ao relembrarmos os momentos de alegria e descontração da infância, resgatamos uma parte essencial de nós mesmos.
O recreio, assim como a vida, é um ciclo. Nascemos, crescemos, envelhecemos e partimos. Mas as lembranças que carregamos conosco são eternas. E é justamente por meio delas que podemos encontrar sentido e propósito em nossa jornada.
E você, o que mais sente falta do recreio? Quais lembranças te fazem sorrir e suspirar ao mesmo tempo?