A beleza abstrata de uma louca

Sócrates me faz pensar, me faz existir de forma menos densa nessa idade contemporânea e sociedade de como é de costume sempre limitada. "Só sei que nada sei", oque nós sabemos? De nada. Eu prefiro conhecer-me do que conhecer as alegorias e ideias dos outros, prefiro vivenciar esse meu universo paralelo que dança com o meu elo alternativo e neutro de emoções, mas cheio de pensamentos singelos, sem muitas protuberâncias e saliências, mas vivo de cores e liberdade. "Conhece-te a ti mesmo", outro fragmento de Sócrates. Isso me diz oque eu já descobri há muito tempo, sou eu a máscara das minhas "perfeições" e atrás dela há a aparência de um ser fraco que se esconde do saber. Mas não, não tenho relutância em aprender, não temo a morte e procuro viver intensamente, isso se tornou perigoso, pois a morte busca por almas simples e que brilham mais forte do que sua própria luz. Me vejo no espelho, penso nas multidões e esqueço de mim, quantas vezes não esqueci de mim. Esquecer-se é um exercício transcendental, sinaliza a minha busca pelo sonho perfeito ou a fuga das inutilidades desse mundo. Entretanto, não é o mundo que é cheio de inutilidades e sim eu e você... Nós. Eu necessito a solitude como arma e defesa, para pensar e amar a mim mesmo, porém não é isso que preciso agora, eu quero acender, enriquecer-me de conhecimento e saber para alternar a minha e mente careta que me prega peças o tempo inteiro. A vida é sim uma causa perdida, e tudo aquilo que é uma causa perdida merece aplausos e comemorações, pois aquilo que vem de mão beijada requer muita coisa em troca. Talvez você e sua vida, sua criança, sua racionalidade e seu poder de pensar e exercer ele em suas ações e causas. O autoconhecimento me deixou tão louca, que logo todos o inícios se resumiam primeiro ao "eu".

Ágatha Ternurie
Enviado por Ágatha Ternurie em 11/08/2024
Código do texto: T8126708
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