A Solução
Abstração do senso piegas que possa encerrar, de esmola, a Caridade é a lei que o Espírito vem a conhecer à medida que se purifica, vencendo a influência animal, atavismo de que se subtrai ou sublima.
Sendo lei natural e perfeita, não contraria o senso de justiça, e a justiça promove infalivelmente a paz.
É mover-se em círculo, demandar outras fórmulas a equacionar a problemática humana e social, excluindo o tripé vinculado: caridade-justiça-paz.
Os imperadores de Roma, devotos a seus deuses, não podiam compreender por que modo um povo se submetia às diretrizes divinas que prescreviam amar e perdoar a inimigos. Inadmissível.
É que as virtudes do Espírito e as do homem animal caminham em razão inversa.
Coragem moral corresponde à covardia, atonicidade para o homem que somente trabalha, reproduz, nutre-se e tem residência fixa.
Sob lei, o aguardo de procedência não isenta a infração por seu não cumprimento.
A Caridade, estando inscrita indelével na consciência, feliz será o autêntico cidadão que VIVE a cumpri-la. Onde esteja associado: à família, ao trabalho, ao templo de fé e outros interesses.
Naturalmente goza dos seus efeitos suaves.
Não tem angústia, sem espera futura de melhor, porque o melhor já possui e vive em seu estado de paz.
Que importa a guerra, a opressão, a violência?
Em qual tempo de humanidade terrestre houve ausência de conflitos existenciais?
Entretanto, em nenhum de seus capítulos históricos se fez ausente o heroísmo de homens fidelíssimos, famosos ou não, ao princípio da Caridade, e que atravessaram tranquilos o corredor das convulsões sociais, ditosos e semeando pelo exemplo, arrastando consigo adesões, firmando e fortalecendo ainda mais a proposta da fraternidade sem limites e que tem por máxima expressão o (amor do) Divino Mestre Cristo Jesus.