O emprego que consome
Num cubículo cinzento e sombrio,
Onde a luz mal alcança o chão,
Passo os dias, sem um só alívio,
Neste emprego que me consome em vão.
A rotina é um peso, uma corrente,
Que me arrasta sem dó nem piedade,
Num labirinto de tarefas inertes,
Sem cor, sem vida, sem verdade.
O chefe é um tirano sem compaixão,
Que nos trata como meros peões,
E cada dia parece uma prisão,
Onde sufoco em frustrações.
Mas sonho com a liberdade, distante,
Onde não haja chefe nem algemas,
Onde possa ser livre e radiante,
Longe deste emprego que me consome em dilemas.