Pensamentos e reflexões em geral

Análise histórica

A história gira em torno de um eixo, o eixo não se modifica, a base é a

mesma. Observando telas de pintores medievais, por exemplo, vemos

hábitos, costumes e conhecemos um pouco da estrutura social daquele

período. Observando um dia crianças brincando numa parque de diversões

comecei a pesquisar sobre as brincadeiras e os brinquedos das crianças ao

longo da história. Descobri que as brincadeiras se modificaram, mas a

essência é a mesma. O objetivo das brincadeiras e dos brinquedos é divertir

ou educar, mas principalmente divertir. Crianças romanas brincando com

espadas de madeira estavam imitando a vida adulta, se divertindo e

aprendendo também como manejar uma espada. Crianças dos nossos dias

lutam em seus videogames contra personagens imaginários, também estão

se divertindo e canalizam a violência de um modo aceito pela sociedade e

pelas leis do mundo contemporâneo. Descobri que esse fato se aplica a

quase tudo. O trabalho tem como principal objetivo garantir a subsistência

da própria vida, ele se modificou ao longo dos séculos, mas de modo geral

sua essência é a mesma. As instituições são necessárias a vida em

sociedade e também evoluem com novas ideias, elas devem estar adaptadas

ao momento histórico, o mesmo ocorre com as leis. O que provoca os

acontecimentos não são apenas os conflitos entre exploradores e

explorados, estes também provocam os acontecimentos, de fato as

principais causas dos acontecimentos são os novos inventos, as inovações

tecnológicas e as novas ideias em todas as áreas da vida humana como na

politica, na arte, economia etc. Essas inovações, geralmente, são

consequências do grau de desenvolvimento de uma dada sociedade

humana, por exemplo, a Europa se apoderou do conhecimento de povos

árabes e os desenvolveu ainda mais. Esse conhecimento dos árabes estava

resumido no trabalho de grandes estudiosos como Muhammad ALKhwarizmi,

do físico Al-Hazen e do médico Avicema dentre outros. É

difícil explicar como surgem ou onde vão surgir novos inventos e novas

ideias, mas existe uma relação entre desenvolvimentos socioeconômico de

uma sociedade e o progresso. Sociedades com graves problemas sociais e

econômicos tendem a evoluir menos que outras com maior nível de

desenvolvimento socioeconômico. A estrutura socioeconômica se modifica

com as revoluções tecnológicas porque as novas gerações serão

decisivamente influenciadas, as gerações posteriores a um invento já vão

ser diferentes de modo geral. Certamente que as gerações que nasceram

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depois da invenção da imprensa por Johann Gutenberg são diferentes das

gerações da idade da pedra ou da alta idade média. No eixo da história

verifica-se um movimento de expansão dos inventos, por exemplo, a

invenção da roda se espalhou pelo mundo provocando mudanças, o mesmo

ocorre hoje com a popularização dos computadores e da internet. Os

inventos nascem, se desenvolvem, se popularizam, em sua maioria, se

expandem e as modificações se constituem em novos inventos, a maquina

de escrever evolui a partir de um “ancestral” que foi a imprensa de

Gutenberg. Uma pequena aldeia de um povo primitivo ao longo dos séculos

evoluiu para uma civilização gigantesca. A estrutura se modificou e se

expandiu, os membros da aldeia praticavam uma religião, tinha um

conjunto de regras, viviam em comunidade, verifica-se a mesma estrutura

nas civilizações porém de modo mais sofisticado. O ato de transmitir

mensagens evolui de gestos para a fala, o homem passou a organizar as

palavras e isso evolui até a escrita, hoje enviamos e-mails. O eixo gira, o

movimento de expansão é continuo, ele gira em torna da necessidade. A

evolução é constante, mesmo na idade média o homem evoluiu, os

normandos inventaram o leme para os navios no século XII e o canhão foi

inventado na atual Alemanha por volta de 1.320. Se a Europa evoluiu

menos que outras civilizações como a chinesa, não foi apenas porque a

Igreja monopolizou o conhecimento e a educação, é preciso lembrar que

após o ultimo imperador romano no ocidente ser deposto em 476, a Europa

foi sucedida por governos de povos bárbaros. Nesta época não havia um

povo francês ou alemão, isso só aconteceria com a chegada das monarquias

absolutistas, com a formação dos estados nacionais. A Igreja manteve a

Europa unida pela religião católica, grandes pensadores e estudiosos eram

monges, até as universidades surgiram na idade média para atender

religiosos. As criações humanas se modificam porque surgem novas

necessidades. Quando houve um aumento da população durante a

revolução industrial houve a necessidade de produzir mais alimentos, isso

fez surgir novas técnicas de produção agrícola melhorando a eficiência do

sistema, evitando uma fome geral. As previsões de Malthus não se

confirmaram porque a tecnologia se expande, aumenta, modifica e

revoluciona. O homem não está totalmente condicionado as leis da

natureza, ele é o único animal que tem poder para modifica-la ainda que

não possa modifica-la totalmente. Por isso as leis da natureza não se

aplicam totalmente ao ser humano. Os acontecimentos são provocados por

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vários fatores, entre eles como foi dito, as invenções. As invenções são

geralmente provocadas pela necessidade. O homem tinha a necessidade de

alimentar-se, quando começou a acontecer a escassez de frutos e carne,

desenvolveu a agricultura e a pecuária. O homem abandonou

gradativamente a vida nômade e passou a ser sedentário, passou a cultivar

alimentos, começou a alterar sistemas naturais para obter a abundância de

espécies, este fato é conhecido como revolução agrícola. A utilização de

alimentos transgênicos faz parte da continuidade dessa revolução que se

iniciou na pré-história. O homem passou a observar as estações do ano,

quais plantas se desenvolvem melhor em cada estação, começou a

selecionar sementes, inventou o arado e este evoluiu até os modernos

tratores. Os alimentos transgênicos são apenas uma continuação dessa

evolução. No futuro o homem levará a agricultura e a pecuária para outros

planetas para subsistência da população terrestre que crescerá ainda mais.

O homem tinha a necessidade de defender-se e por isso criou armas que

hoje evoluíram para os misseis nucleares. O desenvolvimento da

agricultura permitiu a expansão humana na terra e seu próprio

desenvolvimento e no futuro não será menos importante. Tinha a

necessidade de se vestir, desenvolveu a tecelagem, tinha a necessidade de

transporte por isso também domesticou animais, criou carros com rodas

que evoluíram para aviões e ônibus espaciais. Todos estes fatos provocam

acontecimentos que alteraram a ordem socioeconômica. A revolução

agrícola, por exemplo, dinamizada ao longo dos séculos pelo

aperfeiçoamento das técnicas e dos instrumentos provocou mudanças

socioeconômicas. Tentar provar que os acontecimentos são o resultado de

mudanças e movimentos provocados pela inovação tecnológica e pela

inovação social como o aperfeiçoamento das leis e das instituições e

também por fatos sociais como a guerra e suas consequências nos leva a

muitos exemplos. Utensílios simples feitos de pedra pelo homo habilis são

o começo da estrada que nos leva até os computadores dos dias atuais. O

uso de instrumentos de pedra por povos primitivos pode ter tido um

impacto e provocado mudanças na sociedade humana tão importante

quanto a revolução industrial. A invenção do machado de punho há cerca

de 1,5 milhão de anos, não foi menos importante do que a descoberta da

eletricidade. Veja que as lutas de classe nem sempre são responsáveis pelos

acontecimentos, e perto das inovações tecnológicas elas tem um papel até

secundário. O que caracteriza o ser humano é sua habilidade para

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confeccionar instrumentos que o auxiliam nas tarefas diárias, na luta por

alimento e espaço, as lutas de classe são uma consequência de uma luta

maior que teve inicio junto com a espécie humana, as lutas de classe social

são uma evolução da luta pela sobrevivência que a espécie humana

enfrentou desde que surgiu.

Os pilares do desenvolvimento do mundo contemporâneo

Quatro fatores permitiram o desenvolvimento contemporâneo, a invenção

da escrita, o domínio da metalurgia que teve inicio no período neolítico

com as primeiras ferramentas de cobre, o desenvolvimento da agricultura

no fim da idade do gelo e a descoberta e popularização da eletricidade no

século XIX. A escrita permitiu ao homem registrar fatos, sistematizar os

ensinos religiosos, criar leis e ao mesmo tempo fazer a manutenção delas. A

escrita permitiu ao homem criar instituições para organizar melhor a vida

em sociedade, dentre muitos outras inovações que surgiram a partir de sua

invenção e desenvolvimento. O domínio da metalurgia se iniciou antes

mesmo da escrita, utilizando moldes de barro, ferramentas primitivas de

cobre eram produzidas, milênios depois os metais estão em quase tudo na

nossa vida, gradativamente os plásticos tem substituído os metais, mesmo

assim a importância deles cresce. A metalurgia é sem dúvida um dos pilares

do desenvolvimento do mundo moderno. A agricultura permitiu que o

homem se fixasse na terra, abandonando a vida nômade. Os agrupamentos

humanos se tornaram maiores e mais complexos e deram origem as

civilizações. A eletricidade é sem dúvida o sustentáculo da vida moderna.

Ela está em todos os lugares, direta ou indiretamente, nos automóveis,

aviões, maquinas, computadores etc. Ela permitiu o surgimento de

maquinas eletrônicas que parecem ter saído de filmes de ficção cientifica,

de trens urbanos, de maquinas que produzem em grande quantidade e em

grande velocidade. O capitalismo se diferencia dos demais sistemas

econômicos porque este é alavancado pelas inovações tecnológicas. O

mercantilismo não seria suficiente para dar continuidade ao

desenvolvimento do capitalismo. Quando James Watt aperfeiçoou o motor

a vapor, por volta de 1.769, começou a solidificação do sistema capitalista.

O vapor, no entanto, não seria o suficiente para manter o desenvolvimento

econômico por muitos séculos. O carvão é muito poluente, muito

trabalhoso até sua finalização como uso prático, como combustível de

maquinas ou locomotivas. Não seria possível um avião movido a motor a

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vapor, nem mesmo o automóvel a vapor inventado por Cugnot em 1.769,

teve sucesso. A eletricidade mudou os rumos da historia humana para

sempre. Destas quatro inovações tecnológicas derivam quase tudo. O

capitalismo é dependente das inovações tecnológicas, ele é impulsionado

por elas. Já o socialismo não teve futuro porque não criou mecanismos que

permitissem as inovações tecnológicas. As inovações tecnológicas não

devem ficar apenas no uso militar devem se expandir para toda sociedade

criando riquezas, gerando emprego e renda. Veja, por exemplo, a internet

que foi criada por militares americanos e se popularizou a partir de 1.995

para o mundo inteiro. Nenhum sistema econômico pode ser detalhadamente

planejado. Os sistemas econômicos são estruturais “naturais” que evoluem

junto com a sociedade e também se modificam junto com ela. Devemos

lembrar um invento que não teve tanta importância para a produção e o

desenvolvimento de modo geral, as armas de fogo. As armas de fogo

mudaram completamente o equilíbrio do poder, espadas e escudos eram

obsoletos diante do novo invento, elas também serviram de base para a

invenção do motor a combustão interna, provocando o surgimento dos

automóveis. Elas foram inventadas pelos europeus e aperfeiçoadas ao

longo dos séculos, o domínio estava assegurado. Como fatos marcantes na

historia humana temos vários, mas, principalmente, a invenção da escrita, o

desenvolvimento da metalurgia, da agricultura, da eletricidade e das armas

de fogo.

A origem da pobreza e das desigualdades

Enquanto alguns povos viviam na idade da pedra lascada ou período

paleolítico outros como os egípcios e os povos da Mesopotâmia como os

sumérios conheciam a escrita e constituíam uma civilização. Por que povos

diferentes estavam em diferentes estágios de desenvolvimento? O homem

primitivo estava totalmente a mercê das forças da natureza, o relevo, o

clima, a hidrografia, a vegetação dentre outros fatores foram em parte

responsáveis pelos diferentes estágios de desenvolvimento. Povos de clima

muito frio ou que habitavam florestas muito fechadas ou ainda um relevo

muito elevado tiveram mais dificuldades para se desenvolver. As primeiras

civilizações surgiram próximas a grandes rios, onde geralmente o solo é

fértil e permite a pratica da agricultura. Quando os povos mais

desenvolvidos tomaram contatos com outros povos estes quase sempre

foram dominados, massacrados e escravizados. Quase sempre houve

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mistura entre populações dominantes e as dominadas, a mistura ao longo

dos séculos foi provocando o surgimento de novas populações, mais

adaptadas as novas realidades. Se um povo primitivo se se misturou com

outro mais evoluído foi benéfico porque as características de adaptações

foram transmitidas aos descendentes, isso também inclui o conhecimento

de um povo que passou para as novas gerações produto da mistura. Os

romanos se misturaram com povos bárbaros como os godos, os celtas, os

saxões dentre outros formando um novo povo, os europeus e estes se

misturaram alguns séculos mais tarde com negros da África e indígenas

americanos formando novos países e nações. A mistura é benéfica, e não

maléfica, é algo natural. A mistura entre etnias não enfraquece a

humanidade de modo algum, as novas gerações devem estar adaptadas às

novas realidades. As origens das desigualdades não estão apenas

relacionadas ao ambiente e suas características, fatores sociais como a

guerra e a escravidão, também epidemias de doenças nas populações

primitivas e a fome provocada por vários fatores como a guerra são as

causas das primeiras desigualdades entre povos e pessoas. Com o

desenrolar da historia outros fatores como o poder militar e a tecnologia

foram causas de desigualdades de modo decisivo. Os conflitos como a

guerra não trazem desenvolvimento de modo geral, porque os homens

deixam as atividades na agricultura, indústria e comercio para guerrear,

assim uma das consequências da guerra é a fome e a outra é a escravidão.

Geralmente povos que perdiam a guerra eram escravizados pelos

vencedores. A guerra e a escravidão foram causas da pobreza, as

desigualdades se acentuaram ainda mais com o desenvolvimento

econômico. Os povos vencedores para amenizar os custos da guerra

despojavam os derrotados. A escravidão é uma das principais raízes da

pobreza e das desigualdades sociais. Quando os europeus passaram a

colonizar a maior parte do mundo, as armas de fogo asseguravam um

domínio maior. A escravidão do negro africano durou mais de quatro

séculos, sendo o Brasil o último pais a abolir oficialmente a escravidão. No

século XIX e inicio do século XX a África foi mais duramente afetada pelo

imperialismo, de modo que as consequências deste somadas a guerras

internas ainda vão permanecer por muitos séculos na história da África. É

difícil comparar a escravidão do negro e do índio já na idade moderna com

aquela que ocorre em outras épocas históricas como na antiguidade, as

consequências para os escravos da idade moderna foram maior porque a

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revolução industrial já tinha se iniciado, aumentando ainda mais as

desigualdades, o aumento da tecnologia e o melhor desenvolvimento das

armas de fogo asseguraram um domínio quase total, que só teria fim com

uma mudança na mentalidade dos colonizadores. A escassez de alimentos

provocada por fatores naturais como mudanças climáticas ou pela guerra

foram causas da fome, hoje em dia a fome e é resultado de guerras, do

passado histórico de um povo e da má distribuição de renda, o capitalismo

moderno, em alguns casos aumenta ainda mais as desigualdades. A riqueza

de um dado grupo social é resultado do desenvolvimento histórico, poder

militar, grau de tecnologia, poder econômico e poder politico dentre outros

fatores. Com a revolução industrial as desigualdades se acentuaram em

quase todos os países, em poucos a situação entre os 20% mais ricos e os

20% mais pobres não é absurda. As desigualdades sociais extremas é a

causa dos conflitos entre exploradores e explorados e não de modo geral os

acontecimentos. Os acontecimentos são provocados por novos inventos,

novas ideias, aperfeiçoamento das instituições, guerras que podem ter

origem politica, econômica ou religiosa dentre outros fatores. A história

não se resume a uma guerra social porque o ser humano é uma pluralidade.

As desigualdades se acentuaram com o advento da revolução industrial e

do capitalismo moderno. O capitalismo não é causa da pobreza e das

desigualdades, estas tem como origem o ambiente com clima, relevo,

hidrografia, vegetação, depois guerras, escravidão, inovações tecnológicas,

poder militar, poder econômico dentre inúmeros outros fatores. Formas

inferiores de organização social marcadas pela guerra e pela escravidão se

acentuaram com a industrialização, a industrialização é benéfica para a

sociedade com o tempo os inventos se popularizam e todas as classes

podem usufruir dos benefícios, ainda que demore. Pensar que povos menos

evoluídos nunca vão gozar dos benefícios da tecnologia não tem

fundamento, o problema do capitalismo é que ele aumentou as

desigualdades sociais, mas ele não é a raiz do problema social, as raízes da

pobreza são anteriores a ele. As invenções e inovações tecnológicas são

uma locomotiva, uma alavanca para o desenvolvimento, abre fronteiras,

por exemplo, a invenção da roda permitiu que muitos outros inventos

fossem feitos, do mesmo modo a invenção da escrita, novas técnicas de

produção agrícola, a invenção do motor a vapor, da eletricidade e assim por

diante. Os inventos e novas ideias na politica causam mudanças nos

hábitos, nos costumes, na arte, na economia, na politica, na geografia

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porque o homem transforma o espaço natural em espaço geográfico. O eixo

da historia gira, a cada ciclo a história se reinventa pelo poder da natureza e

principalmente pelo poder da mente humana. Observando os

acontecimentos históricos é possível tentar antecipar os próximos

movimentos? Talvez sim, através de uma analise técnica da historia, por

exemplo, sempre houve mudanças de movimento populacional causado por

vários fatores, bem como de colonização ao longo dos séculos. Podemos

dizer que do mesmo modo que povos primitivos colonizaram a Europa,

depois os romanos, mais adiante os europeus colonizaram boa parte do

mundo moderno, também assim, analisando a tendência do movimento,

podemos acreditar que o homem irá colonizar outros planetas, a estação

internacional espacial o primeiro passo, a NASA, corresponde a escola de

Sagres, fundada pelo infante D. Henrique em 1.417, ambas são centros de

alta tecnologia, existem vários pontos em comum entre a NASA e a escola

de sagres. O eixo da historia está girando. A invenção das caravelas, o

aperfeiçoamento da bussola e do astrolábio podem ser equiparados com a

invenção do veiculo espacial reutilizável em 1.981, com os satélites e com

os robôs utilizados pela NASA.

Hipoteticamente

No futuro podemos encontrar diversas civilizações no espaço, que vivem

em um estagio inferior da evolução e outras em um estagio superior da

evolução em relação a nós, seres humanos. Talvez as formas de vida que

estão na terra tenham surgido de formas primitivas de vida que vieram de

outros planetas e foram se adaptando e evoluindo aqui na terra. Nossos

ancestrais podiam ter sido alienígenas, criaturas que vieram de regiões

distantes do universo, que por uma razão desconhecida vieram parar aqui.

Talvez nossa origem esteja em algum lugar do universo. Talvez o ancestral

comum entre homens e macacos não fosse um habitante natural da terra.

O desenvolvimento do cristianismo

As religiões são fundamentadas na escrita elas evoluíram a partir da

mitologia de povos antigos, essa mitologia evolui para uma sistematização.

As religiões continuam a evoluir, o protestantismo pode ser considerado em

muitos aspectos uma evolução do catolicismo. O cristianismo evoluiu a

partir do judaísmo, o mesmo poderia ter ocorrido com o hinduísmo. A

invasão europeia interrompeu o desenvolvimento natural e impôs o

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desenvolvimento do colonizador. Verifica-se também que a evolução de

uma religião é proporcional ao seu grau de desenvolvimento intelectual,

como o cristianismo desenvolveu-se na Europa e a partir da riqueza cultural

dos romanos, verifica-se que seus sermões são ricos e em muitos aspectos

intelectualizados até demais para uma religião. As doutrinas religiosas

cristãs misturam fé com o uso da razão e grau de escolaridade dos lideres

religiosos demonstram essa sofisticação. O desenvolvimento do

cristianismo é diferente de outras religiões em vários aspectos, ele surgiu a

partir de crenças judaicas em um salvador da humanidade. É provável que

os familiares de Jesus fossem essênios, os essênios tinham vários pontos

em comum com os primeiros cristãos, viviam em pequenas comunidades

afastadas, essa é também uma característica dos monges, muitos dos

essênios conservavam-se solteiros e isto pode ter evoluído para a doutrina

católica do celibato, eram adeptos da não violência, assim como Jesus, os

bens pessoais eram colocados à disposição de todos, o mesmo também

faziam os primeiros cristãos. Havia pontos de divergência como no caso da

ressurreição dos corpos. É provável que até mesmo Jesus na infância

pertencesse a uma comunidade de essênios, certamente ao menos foi

influenciado por eles. Também os discípulos de Jesus podiam ser essênios.

As raízes do cristianismo estão de certo forma ligada aos essênios. Com a

pregação de São Paulo o cristianismo deixou de ser uma seita judaica e

gradativamente tornou-se uma religião universal. No ano 325, no concilio

de Nicéia, o cristianismo passou a ter uma organização formal, foram

fixadas datas como a páscoa e o bispo Atanásio de Alexandria foi o

responsável pela escolha dos 27 textos que formam o Novo Testamento,

mais de 60 evangelhos foram excluídos e considerados apócrifos. Com o

avanço do cristianismo para as regiões barbaras da Europa a Igreja foi

sendo corrompida. Isto não foi proposital, a Igreja também foi vitima das

invasões barbaras. É incorreto afirmar que o catolicismo misturou-se com o

paganismo romano e por isso ele se tornou viável. Doutrinas sem

fundamento bíblico foram sendo introduzidas na Igreja gradativamente ao

longo dos séculos, mas de fato, a Igreja Católica é a primeira Igreja

organizada e sistematizada que permitiu a unidade da fé cristã, sem ela o

cristianismo teria se fragmentado em centenas de milhares de seitas, não

teria a importância que tem. Nos três primeiros séculos anteriores ao

concilio de Nicéia o cristianismo estava disperso, a Igreja Católica deu

forma ao cristianismo. O imperador Constantino concedeu liberdade de

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culto aos cristãos em 313 d.C, com o édito de Milão e Teodósio

transformou o cristianismo em religião oficial do Estado Romano setenta e

oito anos depois, por volta de 391 d.C. Estas porém não são as únicas

causas da decadência doutrinaria e moral da Igreja. A Igreja a partir da

queda da civilização romana no ocidente, quando em 476, o ultimo

imperador romano do ocidente, Romulo Augústulo foi deposto, passou para

a influência dos bárbaros. A Europa foi dominada pelos bárbaros, os godos,

ostrogodos, saxões, lombardos e visigodos dentre outros, este fato marca o

advento da idade média. O rei ostrogodo Teodorico reinou sobre a Itália, a

Igreja passou para a influência pagã. Reis bárbaros como Tótila, que reinou

sobre os ostrogodos de 541 até 552, passaram a fazer parte da Europa. Os

lombardos eram bárbaros de origem germânica que invadiram a Itália na

segunda metade do século VI estabelecendo uma dominação que durou até

774, quando foram submetidos por Carlos Mano. Ao poder bárbaro se deve

a corrupção da Igreja, esses povos eram geralmente violentos como os

bárbaros arianos, que destruíam Igrejas, cemitérios, mosteiros e torturavam

padres e bispos com o objetivo de conseguir ouro ou prata. Conforme estes

povos foram assumindo cargos dentro da Igreja sua decadência doutrinaria

e moral ia aumentando. A Igreja passou a ser controlada por um povo sem

muita cultura se comparados aos romanos. A reforma de Lutero pretendia

corrigir os erros da Igreja e não exatamente criar uma nova religião. As

religiões evoluem, se modificam e precisam estar adaptadas ao novo

contexto socioeconômico. A Igreja Católica é uma instituição que teve sua

origens na antiguidade e perdura até os nossos dias, essencialmente ela é a

instituição mais antiga do mundo, ela carrega consigo parte da historia da

humanidade. Ela presenciou a Europa surgir como povo e nação, bem

como a formação de outros países, sistemas políticos e econômicos

passaram, a Igreja tem permanecido, ela é, sem dúvida, parte viva da

historia da humanidade. Querer destruir a Igreja Católica é querer destruir a

história. Outro erro atribuído a Igreja Católica é o fato de o conhecimento

ter sido relegado ao esquecimento. A Igreja não foi a causa da chamada

idade das trevas. A Igreja também estava sob influência dos bárbaros. O

fato dos povos bárbaros terem dominado o que sobrou do império romano

foi a principal causa da chamada idade das trevas. Somente com o

renascimento, o conhecimento científico teria a importância que tem hoje.

Grandes estudiosos eram religiosos como os monges, santo Cirilo e são

Metódio levaram o cristianismo aos eslavos, os textos litúrgicos foram

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escritos em língua eslava com letras que depois se chamaram cirílicas, o

alfabeto cirílico derivado do grego é hoje utilizado por muitos povos de

origem eslava como os russos. O pai da genética, Gregor Mendel, era

monge, o pai da reforma, Martinho Lutero, também era monge, Nicolau

Copérnico era padre, e ainda dizem que a Igreja vivia nas trevas da

ignorância! E isso só para citar alguns dos mais famosos, que obtiveram na

Igreja a estrutura intelectual para desenvolver seus estudos. Inclusive

muitos religiosos participaram do movimento chamado renascimento. As

invasões dos povos bárbaros e o fim do império romano no ocidente

tiveram consequências tão grandes para a época quanto as duas grandes

guerras do século XX, que de modo geral foram guerras europeias,

reorganizando o poder. Depois dos bárbaros a Europa se transformou em

uma civilização poderosa. Com a evolução cultural desta civilização com

características romano-germânica a Europa se tornaria nos séculos

seguintes, a colonizadora do mundo. O domínio dos romanos nunca se deu

de modo completo, os bárbaros gozavam de certa liberdade e chegaram a

ter cargos na estrutura do império romano, por isso conseguiram algum

progresso. Os europeus progrediram porque absorveram a cultura romana,

os romanos eram mais mediterrâneos do que propriamente europeus, neles

estava resumida a evolução grega e nos gregos se resumia a evolução dos

egípcios e dos povos da Mesopotâmia.

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A clonagem não traz evolução

A reprodução assexuada fundamenta-se exclusivamente na

mitose, promovendo, como consequência, a produção de cópias

idênticas, ou seja, indivíduos geneticamente iguais. É o tipo mais

simples de reprodução, na qual um único ser origina outros sem a

necessidade da formação de células especiais. Essa reprodução

ocorre em vegetais, em organismos unicelulares, em

pluricelulares como poríferos, celenterados e vermes, o corpo se

parte em dois ou mais pedaços e cada um sofre regeneração,

originando um novo ser. Temos ainda a reprodução assexuada de

brotamento ou gemiparidade ou ainda gemulação. Percebemos

que as copias idênticas ocorre em seres vivos menos complexos.

A reprodução sexuada permite a recombinação gênica, aumentado

a variedade dos indivíduos da mesma espécie e o poder de

adaptação ao meio ambiente. Podemos dizer que um clone é um

ser não muito evoluído e com menos poder de adaptação ao

ambiente. A evolução da espécie humana está ligada a

recombinação gênica, por exemplo, se fôssemos clones de nossos

pais nós não teríamos evoluído do mesmo modo e até poderíamos

estar extintos. A recombinação gênica é um milagre da natureza,

ela permite o surgimento de novos seres mais adaptados. As

mutações são as alterações das características, ocorrem

naturalmente e quando benéficas serão transmitidas aos

descendentes. Podemos então afirmar que um clone não é um ser

perfeito e está fora do ciclo natural da evolução e pode interferir

no ciclo natural. O número de descendentes é menor na

reprodução sexuada, porém, os descendentes não são clones dos

pais. Quando cientistas clonaram a ovelha Dolly em 1.997 as

pessoas se escandalizaram, aquilo fez bem para a vaidade de

alguns cientistas, só que a clonagem já existe na natureza através

da reprodução assexuada e ela se dá em seres primitivos como

bactérias que se reproduzem por cissiparidade. A clonagem é

fenômeno, se assim podemos chamar, dos seres primitivos que

não aumentam a variedade de indivíduos e consequentemente sua

evolução é mínima. A clonagem quer inferiorizar a espécie

humana ou outras espécies como no caso da ovelha Dolly,

reduzindo a variedade de seres, ela não tem fundamento cientifico

e serve apenas para a vaidade de cientistas. Quando em 26 de

Junho de 2.000, o então presidente dos Estados Unidos, Bill

Clinton, juntamente com os lideres do Projeto Genoma e

representantes da empresa privada Celera anunciaram o primeiro

esboço do sequenciamento completo do DNA dos seres humanos,

a maior parte da população não compreendeu esse fato, alguns até

comparam com a descoberta dos antibióticos, não concordo. A

natureza não produz clones em seres mais desenvolvidos porque é

exatamente a recombinação gênica que permite a evolução. A

clonagem não tem fundamento porque um número menor de

indivíduos poderia ter causado a extinção de uma dada espécie. A

natureza é sabia e sabe que os clones não seriam tão adaptados

quanto novos seres. A evolução da genética trouxe também

benefícios como a clonagem de células-tronco e até os alimentos

transgênicos que acabam com a necessidade do uso de

agrotóxicos. A reprodução assexuada ocorre em vegetais e por

isso também é denominada reprodução vegetativa, nos quais a

propagação por galhos ou mudas é bastante comum, os

transgênicos, porém, precisam ser cultivados com estudos mais

avançados e dentro das leis. A genética é benéfica e precisa ser

usada para o bem, respeitando a natureza e em proveito do

homem. Qual a utilidade de clonar pessoas ou animais, sendo que

a ciência já oferece métodos eficientes para casais que não podem

ter filhos e a pecuária e medicina veterinária oferece soluções

para o cuidado e aumento dos rebanhos? O que podemos concluir

é que a variedade de espécies que permitiu a expansão da vida na

terra em diferentes climas e em diferentes eras. O sucesso da

espécie humana é a sua variedade e não cópia, a evolução provou.

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Ciência particular

Existe no Brasil uma ditadura do ensino superior

particular. O governo constrói poucas faculdades

públicas por ano ou décadas porque é pressionado

por empresários do ensino particular. Os jovens

brasileiros em sua maioria pagam para estudar e

esse dinheiro vai para as contas das universidades,

ou melhor, dos seus donos e seus sócios, enfim, as

universidades são empresas. O conhecimento é um

patrimônio público que foi criminosamente

privatizado. A Fatec no estado de São Paulo é uma

excelente iniciativa de popularizar o ensino. O

Prouni do governo federal não resolve o problema

porque o governo está pagando para uma empresa

de educação, fortalecendo o ensino particular,

quando o correto seria construir novas

universidades públicas e garantir que futuramente

os jovens estivessem livres de pagar uma faculdade.

Faculdades particulares jamais apresentaram a

mesma qualidade de uma pública. Escola pública e

gratuita foram conquistas da revolução francesa. O

Prouni é um aluguel de uma vaga numa

universidade, faculdade pública é casa própria. A

ciência é um patrimônio público do mesmo modo

que rios, fontes, nascentes. Não deveria ser uma

mercadoria que serve de status social. Quando

Diderot editou a enciclopédia ele procurava

popularizar o conhecimento porque o conhecimento

é de todos, do agricultor simples até o mais

inteligente dos doutores, não é apenas um meio

para se enriquecer. É verdade que muitas

universidades particulares trabalham de forma seria

oferecendo cursos de qualidade a preços populares,

mas em sua maioria o objetivo é a exploração dos

alunos e até mesmo dos professores. As pessoas se

preocupam tanto com um diploma e se esquecem

de como foram criados os cursos de ensino superior,

eles foram criados a partir da divisão da ciência em

matérias que quais foram frutos do trabalho de

grandes homens. Henry Ford nunca cursou

engenharia na faculdade tinha apenas o curso

primário, dificilmente um engenheiro formado

construiria um automóvel como o Ford T.

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Monopólio contemporâneo

As maiores invenções humanas são a escrita, o desenvolvimento

da metalurgia, o desenvolvimento das técnicas agrícolas, a

eletricidade, a imprensa, as embarcações capazes de cruzar os

oceanos, o avião, o motor de combustão interna, as armas de fogo

dentre outras. O poder do computador é que ele está em uso pela

sociedade atual. O capitalismo cria dependência. Hoje precisamos

do computador. Se uma pessoa fosse dona de uma embarcação no

período das grandes navegações seria rica. Naquele período as

embarcações como as caravelas tinham um grande valor. Este é o

momento histórico do computador. O que Bill Gates fez foi fazer

com que o sistema criado por ele fosse vendido junto com o

computador. Podemos comparar esse fato a uma empresa que

fabrica antenas de televisão, imagine que cada televisão vendida

já viesse com a antena. Digamos que a antena não pudesse ser

vendida separadamente da televisão e mais não tivéssemos

liberdade de escolha sobre o modelo de antena. Grandes

inventores como Richard Trevithick morreram na pobreza porque

não tinham bons advogados e nem sequer havia um sistema capaz

de defender as patentes de modo mais justo. Um conhecido meu

comparou o programa Microsoft Word com a invenção da

imprensa por Gutenberg. Durante séculos o ser humano escreveu

a mão. Os monges copistas fizeram obras sem igual. A invenção

da imprensa foi uma revolução comparada à invenção do dínamo

para gerar a eletricidade. Se Gutemberg tivesse ganhado por cada

livro impresso seria tão rico quanto Bill Gates. Já pensou também

se os familiares de Thomas Edison ganhasse uma porcentagem

sobre cada lâmpada vendida? As patentes são uma forma de poder

e não apenas de capacidade intelectual. O monopólio é o resultado

do poder politico e econômico não apenas de capacidade. O

computador e o Windows se fundiram numa coisa só. Não há

como separar os cadarços dos sapatos. Foi uma fusão. Existe uma

mensagem subliminar “sistema Microsoft e computador não

podem ser vendidos separadamente.” Se Michel Faraday ou seus

familiares ganhassem com cada quilowatt usado no mundo estaria

muito rico talvez mais até do que o próprio mundo. É isso foi

feito com o computador. Existe uma empresa que ganha em todos

os lugares do mundo. O sistema Microsoft é um decreto lei. O

computador será substituído por outros inventos no futuro foi

assim com os blocos de barro, com o papiro, com as caravelas e a

máquina de escrever. O computador é um meio para o

conhecimento, ele não é a base.

Reféns da internet

A internet também parece estar fundida com o computador.

Devemos lembrar que o computador é uma máquina e a internet é

um meio de comunicação. A internet é como a televisão, o rádio

ou telefone só que com mais recursos. As pessoas depositam uma

confiança muito grande na internet. Através dela acessamos quase

tudo como lojas, bancos, entretenimento etc. O conhecimento se

tornou acessível ainda que de modo vulgar, a meu ver sites e

enciclopédias eletrônicas ainda não tem a mesma qualidade dos

livros. A internet é ainda um meio de entretenimento e

comunicação como as redes sociais. O problema é que confiamos

muito na rede. Imagine que todo o conhecimento e informações

humanas estivessem em um único local e este local fosse

destruído. O conhecimento é também físico e não apenas virtual.

Um contrato é contrato porque tem carimbos e está num meio

físico que é o papel. Além disso, pessoas mal intencionadas

podem obter vantagens com informações conseguidas de modo

ilícito. Edward Snowden revelou ao mundo parte do sistema de

espionagem do governo americano. A espionagem é a falta de

capacidade. É um meio sujo e nojento de obter vantagens. Nunca

antes um meio de comunicação se tornou tão perigoso quanto a

internet. O excesso de virtualidade é quase sempre prejudicial.

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Especulando o futuro: Marte e o futuro da espécie humana.

No futuro o ser humano obrigatoriamente terá de expandir a agricultura

para Marte. É isto ou a morte. A população irá crescer e expansão terá de

continuar. Os planetas que aparentemente estão vazios não foram criados a

toa. Eles já foram preparados para a expansão da espécie humana. Se o

homem não expandir haverá uma guerra. Talvez os Estados Unidos se

aliem Rússia para dominar todo o mundo com os arsenais nucleares. A água

doce da Amazônia será conquistada pela força. A Europa talvez represente

uma ameaça e o mundo seja divido entre apenas dois países. A China será

pilhada bem como o resto do mundo. No mundo natural os mais fortes

sobrevivem. Para evitar que os extintos primitivos venham à tona é preciso

levar o desenvolvimento para Marte. Maquinas gigantescas vão arar o solo

de Marte. Semeadeiras vão plantar. Trens de cargas espaciais trarão os

produtos agrícolas para a terra. Marte será uma colônia agrícola do mesmo

modo que foram as colônias americanas. Levaremos um pouco do húmus

(camada fértil da terra) para Marte. Árvores e seres vivos em decomposição

fará surgir, com a passagem do tempo, também em Marte a camada de

húmus. A vida é expansão: nascer, crescer, reproduzir e morrer. A retração é

contra a vida e a natureza. A economia tende sempre a crescer no longo

prazo. Expansão é a característica principal da vida. Com a evolução

também indústrias vão surgir em Marte. Se o homem não evoluir o

suficiente para criar maquinas capazes de irem para Marte haverá guerra.

No campo da genética as sementes deverão ser modificadas para o solo e

clima de Marte. Caso isso não ocorra provavelmente os Estados Unidos e

Rússia com seus arsenais nucleares submetam o mundo a mais dura

servidão. A Rússia seria apenas um suporte militar porque o mundo seria

governado de Washington. Verifica-se tal fato semelhante quando os

pequenos países da Europa fizeram a partilha colonial. Portugal, Espanha,

França e Inglaterra dentre outros dividiram o mundo entre si. A escravidão

de índios e negros durou séculos. Os povos conquistados sofreram muito. A

diferença é que no futuro só tenha espaço para apenas uma ou duas nações.

Levar o desenvolvimento para a Lua e Marte será decisivo na historia

humana foi assim nas grandes descobertas da idade moderna.

Os trabalhadores de Marte serão assalariados e não escravos. Grandes

empresas vão investir nas fazendas marcianas. A bolsa de valores estará em

alta. Robores e maquinas farão o trabalho pesado. O ser humano cuidará

das máquinas e equipamentos. A terra será regada por um sistema de

irrigação enorme. A água será um bem precioso em Marte por isso as gotas

vão cair em cima da semente. As fazendas marcianas serão tão valiosas

quanto a Microsoft ou General Motors. Em Marte será plantado quase tudo

necessário ao ser humano. Desde o café até arvores frutíferas. Haverá

pastos para o gado bovino. Naves frigoríficas trarão carne para a terra.

Haverá eucaliptos e outras árvores com sementes geneticamente

modificadas para a produção de celulose e o papel será beneficiado aqui na

terra. Serão florestas marcianas para a produção do papel em escala nunca

antes imaginada. O governo de Marte será escolhido por uma comunidade

de países aqui na terra. Todos os países do mundo precisam investir agora

na expansão da espécie humana para outros planetas ou terão de enfrentar

uma guerra no futuro e neste momento a vantagem é daqueles que detém os

arsenais nucleares. É provável que o ser humano alcance Marte e não haja

guerra. O bem vence o mal. A historia humana é uma historia de conquista

e não de derrotas. Nossa espécie enfrentou o frio, a fome, a sede, animais

selvagens. Criou a escrita, descobriu a fazer uso do fogo e da metalurgia.

Evoluiu a ponto de atingir o espaço. Não atingimos o espaço a toa. O ser

humano teve o desejo de atingir o espaço porque tem um extinto de

sobrevivência. Foi pensando nas gerações futuras que Deus criou esse

desejo no coração humano. Deus não faz nada a toa e esses planetas não

foram criados toa. O motivo pelo qual foram criados é: garantir a expansão

e evolução da espécie humana. Não há outro motivo. Caso contrário,

teremos que enfrentar a extinção como qualquer espécie. Não há

alternativa. Devemos expandir ou então entrar em extinção pela guerra e

pela fome. O espaço deve ser colonizado. O espaço não pertence a um

único país ou a alguns países, mas a todos os seres humanos. Ele é um

patrimônio publico. Porem os países que investiram mais do que os outros

e investiram primeiro devem ter alguns direitos maiores. Todo trabalho é

digno de salario.

Verifica-se no passado a migração de seres humanos por diferentes fatores,

mas principalmente por fatores climáticos e econômicos. A engenharia

genética deve evoluir muito para que todas as sementes de tudo o que há na

terra seja levado para Marte e outros planetas. O homem através da

tecnologia aumenta a oferta de alimentos disponibilizados pela natureza, é

isto ou a morte e a guerra. A tecnologia é expansiva em todos os sentidos

ainda que aparentemente pareça retroativa. A robótica deve evoluir muito

para a construção das maquinas e tratores espaciais. É provável que a

engenharia espacial seja uma área muito promissora com nos salários para

os jovens. É preciso atrais jovens para o campo de estuda da engenharia

genética, engenharia robótica, agricultura e ciência espacial. O ser humano

depende daquilo que come. Comer é um prazer e principalmente uma

necessidade. Os Estados Unidos precisam dar espaço para todos os outros

países investirem na colonização de Marte, não apenas a Rússia e a Europa.

O aumento das populações exige que o homem colonize Marte. Não

adianta verticalizar as cidades para ter espaço, isto é colocar os seres

humanos em apartamentos como sardinha em lata. É preciso pensar em

como essas gerações futuras vão viver. A migração e colonização de

regiões por seres humanos é uma característica da evolução. Nossos

ancestrais colonizaram diferentes lugares em diferentes épocas e de

diferentes modos para não serem extintos. Temos que ter tanta capacidade

quanto eles. As máquinas do futuro serão muito sofisticadas e complexas

que farão o computador parecer um brinquedo. A eletrônica precisa de

indivíduos jovens com disponibilidade para criar. As grandes empresas

também precisam investir na colonização do espaço direcionando criações

de maquinas e equipamentos para esse futuro. Máquinas não surgem da

terra, não são naturais, precisam ser criadas. Se nós pensarmos em quantos

empregos serão criados com uma gigantesca colonização termos motivos

para acreditar que a colonização trará um bem comum. A economia vai

crescer a ponto de os números do PIB ou PNB não caberem na calculadora.

Precisamos expandir nossa espécie. É natural crescer e se desenvolver.

FIM

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O mecanismo da repetição

Soldados fazem exercícios físicos em um quartel. Acordam todos

os dias no mesmo horário. O próprio exercício físico é a repetição

do movimento. Abdominais e flexões são repetições. A vida é

uma rotina. Nosso dia é repetitivo. Acordar e lavar o rosto. Tomar

café e ir trabalhar. A vida humana é limitada. A vida em parte se

resume ao trabalho e a família. A acusação de que as orações

católicas são formulas pagãs não é verdadeira. Quantas vezes não

repetimos a mesma coisa sem perceber? Dizemos varias vezes por

dia que amamos nossa esposa, marido ou filho. A repetição não é

uma formula mágica. Cantar a mesma musica varias vezes

também é uma repetição. Certo dia eu fui verificar se havia cartas

caixa de correios e encontrei propagandas de gás e água, ímãs de

geladeira. Havia frases do tipo “Deus é fiel” resolvi analisar essa

frase. A frase é um código social, que indica que um dado grupo

protestante se apresenta. Quem lê a frase logo pensa: é coisa de

protestante. É um anuncio da religião. Quase uma mensagem

subliminar. Pode até ter um valor de uma formula mágica. Quem

coloca a frase pode pensar em prosperar porque Deus é fiel, pode

ser uma forma de pedir as bênçãos de Deus. A frase não é

maliciosa, é algo espontâneo. Essa frase “Deus é fiel” muito

utilizada pelos evangélicos em adesivos, propagandas, em suas

casas e até automóveis. É um símbolo. A maioria das seitas

evangélicas não admitem símbolos, mas a frase tem o mesmo

valor de um símbolo. Talvez um católico utilizasse uma cruz. são

símbolos modernos. Também é repetitivo colocar a frase “Deus é

fiel” em tudo que for lugar. A repetição é algo humano porque a

vida humana é repetitiva. Se uma pessoa lê o mesmo salmo todos

os dias sem meditar é uma vã repetição, mas se o individuo

medita na palavra e de algum modo, dentro da sua fraqueza

humana, tenta viver a palavra de Deus, não é uma repetição, é

uma vitória.

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O poder

Quando pensamos em poder pensamos em dinheiro,

conhecimento ou beleza. Estes de fato são poderes. Porém o

maior poder é o governo. Um homem rico não tem poder para

retirar os filhos de uma mãe diretamente, o governo tem. Um

homem não pode legitimamente prender alguém, mas o governo

pode. O governo pode fabricar o dinheiro ou emitir a moeda. Não

foram os brancos que escravizaram os negros, isso é uma

acusação falsa. A maioria da população europeia nem sequer sabia

ler e muito menos sabia o que se passava nas colônias. Eles

também foram escravos durante as primeiras décadas da

revolução industrial basta lembrar as crianças nas minas de carvão

inglesas. Para se ter escravos é preciso captura-los, é preciso um

sistema militar para mantê-los no regime da escravidão. Os

senhores de escravos tinham homens armados para manter seus

escravos e efetuar suas ordens. Os senhores de escravos tinham a

autorização de um rei que nada mais é do que um governo. A

república ainda mantém certa semelhança com a monarquia

como, por exemplo, um presidente pode escolher os generais e os

ministros sem nenhuma restrição direta. Governar é um poder

maior, o governo cria leis para todas as situações sociais. Escolas,

hospitais, trânsito, meios de comunicação, resumindo tudo da

emissão da moeda até de normas técnicas para a fabricação do

papel higiênico. Governar não é uma brincadeira. Todos nós

devemos pensar em que votar. Os poderes legislativo, executivo e

judiciário são exercidos por pessoas e somos nós quem

escolhemos essas pessoas. Quando uma empresa fecha as portas

todos perdem, porém essa é uma perda reversível. Empresas

nascem e morrem. A economia é dinâmica e não estática. Quando

um país é governado por homens violentos ou corruptos são

percas tão grandes que podem demorar décadas ou séculos para

que a situação se normalize.

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Posição social, salário e classes sociais.

O que é miséria?

Miserável é o individuo que tem uma renda incapaz de satisfazer

suas necessidades básicas como alimentação e vestuário. Vive em

moradia precária. Quase sempre são pessoas que não tem

emprego fixo, vivem de trabalhos temporários. Considerando o

desemprego uma forma de exclusão social, essas pessoas são

excluídas e marginalizadas pela sociedade como os boias-frias e

catadores de recicláveis como alumínio e papelão. Não acumulam

capitais.

O que é pobreza?

Pobre é o individuo que tem uma renda capaz apenas de satisfazer

suas necessidades básicas como alimentação, vestuário, moradia

simples com pouco conforto e dependendo do desenvolvimento

da economia de seu país pode ter um automóvel. Geralmente faz

serviços braçais como pedreiro, mestre de obras, padeiro,

açougueiro. Sem nível superior, os pobres são a classe

trabalhadora. Os pobres não conseguem acumular capital.

Classe média

É uma imitação vulgar da burguesia. Sua mentalidade é a de

quem tem os bens matérias porque trabalha como se os pobres e

os miseráveis não trabalhassem. Pensam que porque estudaram

um pouco mais são dignos dos bens que possuem. Exercem

geralmente profissões não braçais. Médicos, advogados,

engenheiros e outros. Quase sempre possuem nível superior.

Conseguem acumular algum capital.

Classe alta

São os donos dos meios de produção da riqueza material, ou seja,

fábricas e fazendas. São os acionistas das grandes empresas.

Exercem seu poder e influencia de modo direto nos meios de

comunicação, na politica e na economia. Os ricos além de

acumular o capital conseguem investir seu capital fazendo com

que o mesmo se multiplique, ou seja, seu capital é dinâmico e não

estático.

Salário

É geralmente um valor em dinheiro pago a um trabalhador. O

salario não é apenas um mérito é antes disso um valor social, por

exemplo, uma psicóloga ou um advogado ganham mais do que

uma faxineira ou um cortador de canas porque o valor social de

suas profissões é maior. Ainda que não contribuam para a

produção da riqueza concreta. A riqueza concreta para mim é a

produção direta dos alimentos, vestuários, maquinas e

equipamentos, veículos e outros. A sociedade pode viver sem um

psicólogo ou um advogado, mas não pode viver sem comer,

vestir, sem as maquinas para produzir os itens de higiene e

construção civil. Se considerarmos que a maioria dos

trabalhadores da indústria e da agricultura não recebe um salario

digno descobrimos que salario não é uma questão de justiça, é um

valor burocrático e é uma posição social. O salario que o príncipe

de Gales recebe, por exemplo, sem ter de trabalhar é fruto de sua

posição social patética, uma vez que o príncipe é apenas um

símbolo ridículo.

Quais são as causas da miséria?

As causas da pobreza estão no passado como guerras, sistemas de

escravidão, revoluções politicas e atos criminosos e corruptos do

governo. Nossos ancestrais decidiram pela espada quem seria

senhor e servo. A origem dos latifúndios é remota. Na Roma

antiga os patrícios eram os donos da terra. Quando a revolução

industrial chegou a pobreza já existia, ela só mudou de forma. Os

senhores de engenho do Brasil foram uma “extensão” dos

senhores feudais da Europa. Os capitalistas ingleses e

proprietários das minas de carvão também foram uma “evolução”

se assim podemos chamar dos senhores feudais. Os senhores

feudais foram uma “evolução” dos latifundiários romanos. Os

operários ingleses do século XVIII e XIX foram uma continuação

social dos seus ancestrais, ou seja, os servos do feudalismo. A

escravidão foi também um fator que muito influenciou na

formação da pobreza e da miséria. Durante séculos seres humanos

foram escravizados. Revoluções politicas quase sempre

privilegiaram os ricos e atos do governo quase sempre são

pensados do ponto de vista dos mais abastados. Suponhamos que

de cada cem dólares produzidos em 1.700 os pobres tivessem

apenas cinco dólares, ou seja, cinco por cento. Agora digamos que

em 1950 o mundo produzisse uma riqueza equivalente a 1.000

dólares e desses mil dólares os pobres tivessem apenas 50 dólares,

ou seja, cinco por cento. O que aconteceu no mundo foi que o ser

humano se apropriando das riquezas minerais da terra passou a

produzir mais riqueza o que causou uma ilusão de melhor

igualdade. O PIB dos países cresceu, porém na maioria dos casos

a desigualdade aumentou e não diminui. Países como os Estados

Unidos, a França e o Reino Unido tem uma desigualdade social

marcante, a pobreza não desapareceu em países ricos. A evolução

aumentou a riqueza de alguns e criou novos ricos. Desse ponto de

vista o capitalismo é um sistema medíocre e de baixo nível

intelectual, se tivesse sido projetado por um engenheiro teria de

ter sido projetado por um homem medíocre e sem muita

capacidade intelectual.

Como solucionar a miséria?

Aumentar a renda de serviços considerados vitais, mas que não

são valorizados porque não são exercidos pelas classes alta e

média. O serviço braçal é uma necessidade. É necessário um

açougueiro ou um padeiro. Imagine que se todos os brasileiros

fossem médicos ou engenheiros? Quem iria varrer as ruas ou

plantar frutas? Imagine se todos tivessem curso superior? O a

palavra superior é ridícula porque a ciência é um patrimônio

publico e não está divida em níveis. Qualquer pessoa pode obter o

conhecimento mesmo sem cursar uma faculdade. Se todos

estudarem quem vai trabalhar? Ou melhor: como serão

produzidos os alimentos? Construídas as casas? O trabalho braçal

é tão digno quanto o intelectual um é o complemento do outro. Se

o salario braçal não é valorizado é porque a sociedade foi

ensinada pelas classes mais altas a não o valorizarem. No passado

o trabalho braçal era indigno para um homem livre porque era o

trabalho dos escravos. Salários maiores podem evitar que falte

mão-de-obra em setores essências como a coleta de lixo, um

serviço tão digno quanto o trabalho de um engenheiro porque

imagine uma cidade como São Paulo sem a coleta de lixo durante

um mês apenas? Imagine o caos e a imundície! A diferença de

salários também está nos mecanismos exploradores de mercado,

por exemplo, um jogador de futebol vende serviço que é o ato de

jogar bola não apenas para um clube, mas para milhares de

torcedores e também para os patrocinadores. O jogador de futebol

tem vários patrões ao mesmo tempo e seu salario é uma soma de

muitos salários. Imagine que se cada habitante do planeta te desse

um dólar, você seria bilionário. Claro que eu teria custos com

transporte, segurança e outros. Esse mecanismo de exploração do

mercado é um fato curioso. Para explorar um mercado grande é

preciso fama e também investimentos. Um engenheiro ganha mais

do que uma empregada doméstica também porque pode exercer

diferentes atividades em diferentes locais. A empregada domestica

vende apenas um tipo de serviço, ela não pode limpar dez mil

casas ao mesmo tempo, porém, um produto como o cimento de

certa empresa pode estar sendo usado em milhões de casas ao

mesmo tempo ou jogo de futebol pode estar sendo visto por

milhões de pessoas. De fato, o tamanho do mercado consumidor

pode determinar o salario de uma empresa ou dos seus acionistas.

Um salário maior para os pobres diminuiria a sensação de

inferioridade. O salario mínimo deveria ser indexado ao salario de

um deputado federal, por exemplo, 10% do salario de um

deputado federal. Nenhum deputado é melhor do que um

trabalhador e para quase nada serve e, além disso, quem paga os

salários deles são os trabalhadores. Para fazerem leis ridículas e

patéticas não são necessários salários exorbitantes. Se o salário de

um parasita desses é de R$ 27.000,00 o salário mínimo deveria de

ser R$ 2.700,00, ou seja, 10%. Claro que as empresas não iam

querer aumentar o salario de seus funcionários porque o dinheiro

deve corresponder a produção e consequentemente o aumento do

consumo poderia causar a escassez. O fato é que um executivo de

uma transnacional tem de estudar muito para ter um salario

destes, ter um doutorado e até mais do que isso. Isso prova que o

salario é fruto de uma posição social e não de capacidade ou do

trabalho. Um operário pode morrer trabalhando que nunca

conseguirá acumular capital porque seu salário é suficiente apenas

para sua subsistência.

Sobre as grandes e pequenas cidades e do poder centralizado

O oceano atlântico significou para os europeus no período

colonial o que o mar mediterrâneo significou para os romanos. O

mare nostrum se modificou por causa de uma mudança no eixo do

poder politico e econômico. Hoje em dia o mare nostrum é o

capital. Se pensarmos que na Europa medieval o templo ou igreja

era o centro da comunidade e era em torno dela surgiam ideias ou

até mesmo em torno de suas muralhas surgiam feiras e comercio.

Dentro e fora da igreja nasciam ideias a própria musica ocidental

evoluiu a partir do canto religioso. Hoje em dia o dinheiro é o

centro de tudo: as pessoas estudam pelo dinheiro e a ciência se

tornou uma mercadoria, bem como a musica e a religião. Cidades

pequenas com uma expressiva população católica ainda tem uma

vida em torno da igreja. Mas, a tecnologia dos meios de

comunicação como a televisão e a internet faz com que as pessoas

dessas cidades tenham um modo de falar e pensar como os

habitantes das grandes cidades. É uma colonização cultural. Não

precisávamos gastar milhões em tuneis, viadutos, trens etc. se não

se formassem cidades tão grandes sem necessidade. Em países tão

prósperos como a França e a Alemanha a maioria das cidades é de

tamanho médio. A população é bem distribuída. As grandes

cidades não apresentam uma qualidade de vida tão boa apesar de

o governo gastar milhões em obras. Dadas as características das

metrópoles pode se dizer que são países, pelo gigantismo e

opulência. As metrópoles são indícios de um poder centralizado.

Os conglomerados urbanos frios e fétidos com forma de luxo em

lixo custam caro, muito mais caro do que se a população estivesse

distribuída e não centralizada. A grande cidade é um desperdício

porque ela torna dependentes as pequenas fazendo com que suas

economias dependam dela. Os habitantes de uma cidade pequena,

por exemplo, tem de se deslocar para as grandes quando precisam

de serviços médicos avançados porque a tecnologia foi

centralizada lá. Os salários maiores nas metrópoles provoca uma

migração doentia de trabalhadores fazendo com que as

necessidades surjam como imensos meios de transporte urbanos e

vias que parecem querer engolir a cidade. Uma ditatura de

automóveis. Grande qualidade de vida para um mundo que se diz

desenvolvido! Apesar de tudo, penso que a revolução industrial,

de modo geral, foi benéfica e ela não é a causa da miséria. Nossos

ancestrais dividiram o mundo em classes antes de nós, por

exemplo, os gregos estavam socialmente divididos em Esparciatas

(soldados, militares), Periecos (comerciantes, artesãos) e Hilotas

(escravos). Com a evolução o ser humano pode atingir melhor

equilíbrio ainda que não sejamos socialmente iguais. A miséria

precisa acabar e isto só se dá pelo esforço de todos: do governo,

dos empresários, da classe média e dos trabalhadores.

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Sobre a arte e a economia

Algum tempo atrás eu estava comparando a fotografia de uma empregada

domestica com uma pintura de uma camponesa medieval colhendo feixes

de trigo. O mundo não mudou nada. Surgiram novas formas de riqueza e de

pobreza. Pouca diferença existe entre uma camponesa medieval e uma

empregada domestica. O progresso social e tecnológico, no entanto, é

melhor para a empregada domestica do que para a camponesa medieval,

que pode ir a um dentista, tomar banho quente e calçar sapatos

confortáveis. Nossas ancestrais sofreram muito sem o conforto tecnológico.

A riqueza e a pobreza continuam iguais só que de maneiras diferentes. Um

fato que se observa nas economias mais desenvolvidas é o aumento do

numero de indivíduos que pertencem a classe média. Riqueza e pobreza são

condições humanas, não são condições naturais. A pobreza é uma criação

humana do mesmo modo a riqueza. A arte também é uma criação humana,

criada por todos os seres humanos. É ridículo e patético querer dividir a

arte em classes sociais. Se eu escrever a palavra beijo a minha mente

processa e me remete automaticamente ao ato de beijar. Seu fizer uma

musica sobre o beijo ou que fale de pessoas se beijando do mesmo modo

minha mente remete ao ato de beijar. Se eu fizer um desenho ou fotografar

pessoas se beijando do mesmo modo também a imagem me remete ao ato

do beijo. Pessoas de diferentes níveis sociais falam do mesmo assunto de

modos diferentes. Musicas populares como o chamado funk carioca carrega

em suas letras o tema da sensualidade, de acordo com o nível de instrução

dos indivíduos que a escutam e a compõem. A sensualidade está presente

na pintura e escultura é só analisar e pesquisar. Além disso, a sensualidade

é algo caracteristicamente humana. Talvez o nível de estudo influencie na

criação artística, mas isto traz como resultado apenas formas de

interpretação distintas e não diferenças na essência. A arte não deve ser

interpretada como o resultado do trabalho de classes econômicas. Arte é

algo tão humano quanto o ato rir ou chorar. Não devemos confundir

sentimentos, que são atributos naturais de todos os seres humanos com

economia que é a ciência que estuda a produção, a distribuição, a

circulação e o consumo dos bens materiais.

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Vetores sociais e econômicos

O trabalho é uma relação social. O trabalho é um vetor porque ele

tem módulo, direção e sentido. Módulo é qualquer quantidade que

se toma como unidade de medida. O salário é um módulo.

Trabalhamos em quantidade e em equipe, ninguém trabalha

totalmente sozinho porque em materiais a serem usados já foi

aplicado o trabalho de outras pessoas. Direção é o objetivo do

trabalho, todo trabalho não é à toa, tem um objetivo. Sentido é o

motivo que justifica alguma ação, é razão e o sentimento. O

trabalho é racional, é uma atividade humana. Quando a

industrialização chegou já havia uma estrutura de desigualdade

formada. A indústria não é culpada pela miséria, muito pelo

contrario, os países com menor industrialização sofrem muito

mais com a miséria e a exploração do que os mais

industrializados. Todos os seres humanos trabalham porque o

trabalho é uma atividade humana. Sendo o trabalho uma relação

entre seres humanos e considerando que o ser humano tem

imperfeições e tenta levar vantagem em cima do seu próximo.

Dizer que o mundo é fruto do conflito entre exploradores e

explorados é muito romântico, por exemplo, “ele é mau e eu sou

bonzinho”. O capitalismo não é humano, é um sistema, uma

estrutura do mesmo modo que o socialismo. Quando uma criança

está para nascer, geralmente, os pais se preparam compram o

berço e as roupas e a criança nasce numa família já formada com

pais, tios e avós. A criança não escolhe seu nome, não escolhe

seus pais, muito menos o lugar onde vai nascer. O mesmo se pode

dizer do sistema capitalista que surgiu num ambiente de

desigualdade e violência, morte e escravidão, e a indústria surgiu

dentro do sistema de economia capitalista. Evidentemente o

sistema não é perfeito, assim como nenhum outro. Imagine

também querermos instalar um sistema operacional e um

computador com o hardware danificado, de nada vai adiantar o

novo software, é preciso primeiro concertar o hardware. Para mim

foi o que aconteceu com o socialismo soviético, tentaram instalar

um novo sistema em um país com graves problemas de

infraestrutura e tecnológico, pensaram que o próprio sistema era

capaz de resolver e não foi. Outro fato é que as pessoas produzem

mais no capitalismo porque o trabalho delas tem sentido e

sentimento, ninguém trabalha porque simplesmente é bom para a

sociedade, pensamos em nós mesmos. A indústria libertou o

homem de serviços mais pesados, máquinas abrem estradas e

cavam túneis. Um trabalhador braçal do século XIX podia pensar

que Karl Marx não trabalhava porque só ficava estudando o

tempo inteiro. Cada trabalho tem seu valor e todo trabalho é

importante. O que aconteceu na revolução industrial foi que ela

surgia numa estrutura de desigualdade, como já foi dito,

construída desde os romanos com os latifúndios e mais tarde com

os senhores feudais. Se considerarmos que países eram

governados por pessoas despreparadas do ponto de vista humanointelectual

como reis crianças e adolescentes, por exemplo, no

século XIV, durante a guerra dos cem anos, enquanto Eduardo III

governava a Inglaterra seu filho o príncipe negro administrava o

País de Gales, um adolescente de 16 anos. E hoje a sociedade se

questiona se um adolescente de 16 anos pode dirigir um

automóvel, imagine governar um país! Imaginemos um presidente

dos Estados Unidos ou Brasil com 16 anos de idade! Um fato

completamente irracional para nós hoje. Um adolescente do ponto

de vista humano-intelectual ainda não tem condições de governa

um país. Nós sabemos que o adolescente é um ser humano em

desenvolvimento e muitas das suas ações são emotivas por estar

descobrindo a vida. Além disso, o contrato social era regulado

pela lei da violência ou da espada, por exemplo, um escravo tinha

de trabalhar se não era espancado ou até mesmo morto. Isso é

uma relação social regida pela violência, e às vezes é difícil de

acreditar, mas aconteceu assim por séculos. As leis no tempo da

primeira revolução industrial eram corruptas e beneficiaram os

patrões. Porém nem todas as empresas que exploram se dão bem

porque os trabalhadores fazem seu serviço com ódio. Uma

empresa que cuida de seus funcionários merece crescer e os

trabalhadores vão fazer o melhor que puderem para manterem

seus empregos nela. Empresas e relações sociais de trabalho são

reguladas por leis. A exploração se dá via leis e é só pensarmos

nas leis que o parlamento britânico aprovava naquele período da

primeira revolução industrial como a proibição dos sindicatos. E

havia a falta de leis para regularem a jornada de trabalho, as

condições de higiene, o trabalho infantil. Na verdade os donos do

poder econômico compraram o poder politico e estavam fazendo

com seus irmãos europeus aquilo que fizeram com os negros e os

índios nas colônias. A corrupção politica pode trazer tantos

prejuízos quanto à guerra. Muito antes das ciências sociais

pessoas perceberam que não era racional o luxo de alguns e a

miséria de muitos. Os irmãos Tibério e Caio Graco realizaram

reformas sociais para atenuar o sofrimento dos cidadãos pobres de

Roma. A lei agrária limitava o crescimento dos latifúndios e

permitia a distribuição aos pobres de terras pertencentes ao Estado

e a lei frumental permitia o fornecimento de pães dos armazéns do

Estado ao povo, a um custo menor que o do mercado. É

impressionante a inteligência de Tibério e Caio Graco, podemos

comparar suas ideias com o New Deal no século XX. O trabalho

é uma relação social e são as leis que garantem os direitos e

deveres dessa relação. Toda relação deve ser proveitosa. Patrões e

empregados tem muito a ganhar. Um patrão que vê seus

funcionários como pessoas inferiores não está preparado para

administrar. Numa empresa todos tem o mesmo objetivo de

ganhar sua vida com dignidade. O objetivo do patrão é o mesmo

do empregado, que nada mais é do que um colaborador. A

humanidade é uma associação mista, não é uma associação em

série ou paralela. Por isso o sistema socialista soviético não

prosperou porque desejava que a humanidade fosse uma

associação em série, e isto só se aplica em produtos e não em

pessoas. As pessoas têm duas naturezas: uma social e a outra

pessoal e se fossemos apenas sociais seriamos muito menos

complexos. Empresas exploradoras quase sempre desaparecem e

não prosperam. Ricos e pobres são parte da sociedade humana.

Este fato não pode ser negado. Mesmo que todos os meios de

produção fossem estatizados as classes sociais não

desapareceriam, apenas se dividiriam em governantes e

governados e teríamos de ser muito ingênuos para acreditar que a

classe governante não teria privilégios sobre a classe governada.

Quando uso a palavra “pobre” me refiro ao individuo que tem

uma casa, vestuário, alimento e dependendo do grau de

desenvolvimento da indústria de seu país tem um automóvel. O

que não é licito é haver miséria, ou seja, pessoas que não tem

alimentação, vestuário ou onde morar. Com um nível de

desenvolvimento que temos a miséria é inadmissível.

Estudos dos vetores

O trabalho é um vetor porque por que provoca mudanças na

sociedade, por exemplo, o trabalho de funcionários de uma

indústria automobilística, o que eles produzem irá beneficiar toda

a sociedade. A religião é um vetor e também provoca mudanças

sociais. A guerra é um vetor porque provoca mudanças sociais,

quase sempre negativas. A ciência e a tecnologia também são

vetores. Os acontecimentos são provocados por vetores e não

apenas pelo conflito entre exploradores e explorados. Um grande

acontecimento foi a invenção da imprensa por Gutenberg em

1.454. Veja que isso mudou o mundo mais do que qualquer guerra

ou conflito. A invenção dos dínamos para produzirem eletricidade

foi um vetor, do meu ponto de vista a maior invenção humana, já

que a eletricidade movimenta quase todos os tipos de máquinas e

equipamentos. Observe que o progresso humano é fruto de

invenções benéficas e desenvolvimento e quando consigo

melhorar minha situação sem prejudicar o outro. A guerra é um

vetor maléfico porque quase sempre o perdedor será pilhado. A

boa administração pública é também o vetor, ou seja, governar é

um vetor politico. Quando analisamos que Mauricio de Nassau foi

um administrador colonial excepcional comprovamos que em sua

gestão houve melhorias. Mauricio de Nassau permitiu ampla

liberdade de culto religioso. Trouxe para o Brasil cientistas para

estudar a fauna e a flora. Incentivou o cultivo da mandioca e do

caju o que beneficiou a população, diferentemente dos senhores

de engenho que só pensavam nos lucros da cana-de-açúcar. Nesse

ponto desvendamos porque num país tão rico e solo fértil muitas

pessoas passaram fome e ainda passam, porque as monoculturas

eram valorizadas ao máximo, por exemplo, a cana-de-açúcar, café

e soja. Grandes extensões de terra foram e ainda são ocupadas por

esses produtos agrícolas, diminuindo a área para alimentos como

o feijão, o arroz e mandioca, por exemplo, fazendo com que esses

alimentos se tornem mais caros e ainda o agricultor perde o

interesse em planta-los porque se plantar a soja ele recebe um

pouco mais, vendendo-a no mercado internacional. Foi assim

desde tempos coloniais. Essa é uma das causas dos altos preços

dos alimentos e da expansão das commodities, essa é uma das

causas da fome. Mauricio de Nassau pensou diferente por isso

começou a se desentender com alguns senhores de engenho. De

fato, nenhum administrador colonial português teve a metade da

capacidade administrativa de Mauricio de Nassau, o que eles fez

em menos de uma década os administradores portugueses não

fizeram em três séculos. Foi triste para os pernambucanos

perderem Mauricio de Nassau por culpa da companhia das índias

ocidentais, que visava apenas a exploração total e cruel da

colônia, mas não era como eles que pensava um homem nobre e

bom administrador como Mauricio de Nassau. Vemos como é

importante a politica para um país, ela pode decidir o destino de

milhões ou bilhões de pessoas. Para mim o principal vetor é o

poder governamental. Governo é sempre governo e o poder de um

governo não pode ser equiparada a outra coisa, como uma

empresa, instituição etc. só pode ser equiparada ao poder de outro

governo. Um home rico não pode matar ou prender em

quantidade do mesmo modo que pode fazer um governo, dentre

outros poderes, o governo é o poder maior. A maioria dos

conflitos foi causada por decisões governamentais. Os vetores

podem aparecer juntos, por exemplo, a invenção da bomba

atômica se deu dentro da segunda grande guerra mundial. A

historia humana pode ser estudada a partir de vetores, por

exemplo, no fim da idade homem começou a cultivar cereais,

surgiu a agricultura. Uma atividade que mudou a humanidade,

logo o desenvolvimento da agricultura é um vetor. Um livro que

um intelectual escreveu não é um vetor de modo direto mais de

modo indireto, por exemplo, os livros escritos por Karl Marx e

outros socialistas influenciaram milhões de leitores que se uniram

em torno de sindicatos e depois partidos políticos que ao

chegarem ao poder mudaram leis e beneficiaram milhões de

trabalhadores. Penso que o socialismo como pensou Marx não

seja possível por que tira a competitividade, um mecanismo que

permite o ser humano evoluir. A competitividade é um vetor.

Devemos tomar cuidado quando falamos em competitividade,

esta nada tem a ver com exploração dos mais fracos, alias como

os mais fracos não podem competir com os mais fortes é que

surgi a exploração. A competitividade deve ser regulamentada por

leis, ela é regulada por normas para que seja uma luta justa. Em

um jogo de futebol existem regras, o melhor time vence, assim

deve ser na economia, todas as empresas competindo dentro das

regras o país cresce. Precisamos ficar atentos ao neoliberalismo

porque ele não tem fundamento, não respeita governo afirmando

uma economia livre, sendo que liberdade não significa a ausência

do Estado, ausência do Estado pode ser terrível e as

consequências devastadoras. Não existe sistema de economia sem

o Estado. Imagine se cada um fabricasse seu próprio dinheiro,

isto é, se cada um tivesse em casa uma máquina de fazer dinheiro.

O Estado não é um simples prestador de serviços, ele é um

mecanismo humano de poder delegado, precisar ser respeitado,

mesmo que existam alguns governantes corruptos. A lei não é

particular, não é uma empresa que faz e regula as leis. É o poder

delegado pelo povo ao Estado. Foi a falta de leis que prejudicou o

capitalismo e permitiu a exploração dos mais fracos. Dentro das

regras se uma empresa vende mais que outra é por sua qualidade e

satisfação dos seus clientes e consumidores. Precisamos entender

que a plena igualdade social é uma utopia ou um delírio porque

somos humanos, é a nossa condição ser humano. A economia não

é uma ciência exata, é humana. O que não podemos aceitar é a

miséria, pessoas que vivem mergulhadas numa pobreza

desumana. É um direito do ser humano ter o que comer, vestir e

onde morar. Sabemos que não é normal uma pessoa desfalecer por

não ter como manter sua própria vida. Uma pessoa na miséria se

entrega ao desprezo e perde a vontade de viver, isso é cruel

demais. Estudar o vetor governo, o vetor trabalho, o vetor

tecnologia, o vetor ciência, o vetor guerra e muitos outros nos

levam a conhecer melhor a sociedade humana e entender como

modifica-la para uma autentica democracia. É preciso conhecer o

passado para evitar os mesmos erros no futuro. Eu estava

estudando a desigualdade social comparando-a em países que

houve escravidão com aqueles em que não houve, por exemplo,

Estados Unidos e Canadá e Brasil e Argentina. Os Estados Unidos

tem uma produção muito maior que a do Canadá, porém tem uma

desigualdade social muito maior, uma das raízes dessa

desigualdade foi a escravidão. Do mesmo modo se compararmos

Brasil e Argentina, a Argentina apesar de ter um PIB muito menor

que o do Brasil não tem níveis de miséria tão absurdos e

vergonhosos como o Brasil. Podemos dizer que a escravidão é um

vetor, porque provocou mudanças profundas na sociedade

humana.

A indústria mudou a sociedade humana de modo definitivo

Durante milênios o sistema econômico foi baseado na escravatura

e no latifúndio, a industrialização mudou esse sistema surgindo o

sistema atual, indústria trabalho assalariado, ou, comercio e

serviço e o trabalho assalariado, ou ainda, agricultura e trabalho

assalariado. Não foi o parlamento britânico que teve a iniciativa

de libertar os negros escravizados como pensam alguns, foi a

tecnologia quem os libertou, porque com as máquinas que

surgiam não era mais necessário o trabalho escravo. Além disso,

as empresas e fazendas não podiam competir em igualdade com a

escravidão e ainda mais era necessário criar um mercado

consumidor para as mercadorias produzidas criando uma

dependência, temos que vender nossa mão de obra em troca de

um salário e com esse salário compramos alimento, vestuário,

moradia ou um carro e o ciclo se repete. A indústria propiciou

uma melhor qualidade de vida ao ser humano, melhores hábitos

de higiene o que provocou um aumento na população humana. A

indústria é fruto da tecnologia que é fruto da ciência que é fruto

da educação. Nada modificou a historia humana como a indústria,

nem mesmo epidemias, guerras, revoluções ou qualquer outro

fato. Devemos nos industrializar ainda mais, com máquinas que

poluem menos, a energia solar está chegando para terminar com o

poder das distribuidoras de energia elétrica, ao menos, nas

residências. O carro elétrico está chegando para destruir a

dependência do petróleo e a indústria da reciclagem precisa

destruir os resíduos produzidos transformados em materiais

novos. A indústria e a tecnologia, de certo, modo são

democráticas, vejamos como se popularizou os televisores,

computadores, celulares e até o automóvel! São tão democráticas

quanto o maior sistema politico e econômico que possa ser criado.

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Distorções da realidade comuns ao seres humanos. Além do efeito

de Halo, que é uma distorção das pessoas por generalizá-las. É

comum que nossa posição social, religião, sexo, idade, cultura da

família nos leve a erros de interpretação do próximo. Nenhum ser

humano pode ter um visão total do outro somos muito pequenos

para entender o mistério da vida. Se não nos atentarmos a estes

detalhes podemos cair no preconceito - a imagem automática que

nossa mente cria do outro. Gente é tudo igual porque a natureza é

comunista, o corpo humano é comunista – todos são iguais. Se

diferenças existem é por causa da educação e cultura de cada

povo. Caráter é algo individual, a única coisa que não tem haver

com a religião da pessoa, a educação, idade ou cultura. Tem gente

preguiçosa, tem gente invejosa, tem gente que gosta de trabalhar.

Tem pessoas que são comunistas até começarem a trabalhar daí

elas viram capitalistas. Gente é gente.

Modelo de comportamento mental – cada povo tem seu modelo de

comportamento mental – no Brasil talvez seja a “malandragem”

todo brasileiro é malandro, até é uma forma de enfrentar a vida.

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O trabalho é um hábito. O trabalho é um hábito

cultural. Os índios não tinham a cultura de trabalhar

porque trabalhar envolve disciplina, educação e muito

treinamento. Caçar e pescar sem ter uma

sistematização (horários regulares, padronização das

atividades) e organização não são atividades de

trabalho.

O centro da vida humana reside no trabalho.

Estruturamos nossos horários a partir do trabalho. Os

antigos dividiam as horas do dia de acordo com o

trabalho. As horas iniciais do dia, primeira hora ou

sete horas da manhã, mas na verdade eles se

levantavam bem antes disso. Geralmente bem antes do

por do sol para trabalhar na agricultura.

A eficiência econômica

A eficiência econômica reside no fato de que as

empresas organizam e sistematizam o trabalho

humano. Muitas vezes elas bagunçam e desestruturam

o trabalho, cansando o trabalhador por tarefas

extremamente repetitivas ( como Call center), deixam

pessoas desempregadas. Criam a desigualdade social e

a violência urbana.

Se todos trabalhássemos em casa o trabalho não seria

tão produtivo. Há a necessidade de se ter um local

onde possa me concentrar no trabalho. Disciplinar e

treinar a mão de obra são fatores importantes para a

produtividade. Como explicar a alta produtividade dos

trabalhadores americanos? Em primeiro lugar a

cultura anglo-saxônica, depois a educação, depois a

elevada cultura da empresas que organizam e

sistematizam o trabalho - direcionam o esforço

humano para algo produtivo.

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Estudo da vadiagem humana suas origens e causas

Para os antigos o trabalho era a própria essência da vida,

levantavam antes do nascer do sol por volta das quatro ou cinco

horas da manhã. Ver o nascer do sol era sagrado para eles.

Também os religiosos levantam de madrugada para celebrar a

liturgia das horas. Hoje em dia muito raramente em qualquer lugar

do mundo um jovem levanta-se cedo. Os jovens levantam nove ou

dez horas da manhã. A maior parte do jovens da cidade vivem uma

vida mais noturna do que diurna. A preguiça é algo do corpo

humano. Todos somos preguiçosos. Se você levantar-se de

madruga vai ver as ruas do bairro desertas. O mundo moderno é

assim. Nosso corpo se adapta naquilo que estamos habituados a

fazer.

Mendigos

Porque há tantos mendigos nas cidades? Por que não há muitos

deles nas florestas? Na mata atlântica? Por que o extinto de

sobrevivência faz com que eles permaneçam nas cidades. Os

mendigos gostam de serem vistos pelos outros. Eles despertam em

nós o sentimento de piedade. Andando pelos canaviais do interior

de São Paulo percebemos que lá não mendigos. Os mendigos são

uma criação urbana. Eles são frutos do abandono familiar,

problemas mentais, uso de álcool e drogas.

Delinquentes

os delinquentes são também fruto de um comportamento.

Ninguém é criminoso por questões genéticas, por causa da raça ou

do tamanho do crânio. Os Criminosos desenvolveram aquele

comportamento desde a infância ou durante a juventude, durante a

adolescência principalmente. A música que o marginal houve, suas

roupas, modo de falar, modo de pensar e agir é tudo um

comportamento.

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Estudo da religião cabocla e mestiça no Brasil

o Brasil não está se tornando um país protestante, está se tornando

um país neopentecostal e os neopentecostais não são igrejas da

reforma. As igrejas que participaram do movimento conhecido

como reforma foram as igrejas de Lutero. João Calvino e outros

lideres são protestantes mas não “reformistas”. As igrejas

tradicionais como a batista, a presbiteriana e a luterana são

exemplos de igrejas cujo o objetivo era a palavra de Deus. A

religião brasileira está aos poucos sendo dominadas por igrejas. O caboclo, mestiço que antes iria

para Aparecida do Norte agora frequenta os templos

neopentecostais. O protestantismo brasileiro é neopentecostal.

Protestantes históricos (batistas e presbiterianos) são cerca de 5%.

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O psicopata ( o doente mental) é geralmente um

frustrado com a vida e consigo mesmo. Seu

comportamento é infantil. Sua mente é infantil.

Ele pensa que os outros são culpados por sua

situação ou que os outros tem total obrigação de

ajudá-lo. Ele não é realizado em seus afazeres, é

invejoso, preguiçoso e mentiroso. Ele pensa que

merece mais do que os outros.

Ele é infantil, seu modo de pesar, seus medos,

seus anseios, suas frustrações, suas birras, ele

precisa se sentir protegido, suas atitudes, seu

comportamento é infantil. Ele não amadurece,

não encara a vida de um jeito normal. Não

assume a responsabilidade no trabalho. Não

consegue administrar sua família. Sempre coloca

a culpa nos outros. Sempre se faz de vitima.

O vitismo - uma arma poderosa

Se fazer de vitima é uma técnica muito eficiente.

O texto da vitima é bem elaborado, bem

estruturado, bem construído. A vitima é indefesa,

frágil, ingenua, quase um anjo, precisa ser

protegida. Todo o vilão tem esta técnica bem

elaborada. O vitismo não foi estudado até hoje

por psicólogos ou psiquiatras. O vitismo leva a

todos a terem pena dele. Pobre dele, coitado dele,

que indefesa. Temos de encarar as coisas de

modo real e maduro. A maestria do criminoso é o

vitismo. Na maior parte dos casos é um acréscimo

ao ocorrido. A técnica do vitismo é mais

desenvolvida na mulher do que no homem.

Caso do batida de carro

Uma mulher bateu no carro de um sujeito e fugia

sem pagar e sem assumir a responsabilidade.

Ao ser abordada pela policia ela disse

“ Este homem está falando alto comigo, pelo fato

de eu ser mulher...já disse vou chamar meu

marido...”

homem que teve o prejuízo: “ Ela bateu no meu

carro e fugia sem pagar. Não tem nada a ver o

fato de ela ser mulher...”

repórter “ Seu carro está amassado, a senhora

costuma bater o carro?”

Quando a pessoa se faz de vitima ela pensa que

está isenta de sua responsabilidade, ou que

falando com uma voz meiga e tremula, poderá

enganar algum babaca. O vitismo é uma forma

sem igual de se isentar da responsabilidade, por a

culpa nos outros.

Na psicologia de uma pessoa doente , a mulher pode sempre ser a

vitima. Sou mais frágil, sou vitima. Na hora de

querer direitos somos iguais. Na hora de assumir

responsabilidade – sou mais frágil. Isto está

errado é preciso conscientizar a mulher sobre isto.

Se a mulher é um ser angelical, não é preciso

presidio feminino. Mulheres não precisam da

salvação, nem da misericórdia de Deus, porque

não tem pecado.

Mulheres não sofrem as fraquezas da carne,não

tem desejos, não fazem aborto, nem fazem xixi

ou cocô.

A alienação mental do homem por parte do

vitismo sem fundamento, é ridículo.

Existem mulheres criminosas sim,

esquartejadoras, roubadoras, traficantes,

assassinas, mentirosas etc. Sua fragilidade não lhe

isenta de culpa, não lhe retira a responsabilidade,

nem lhe torna um ser perfeito. A natureza

feminina é do mesmo modo que a natureza

masculina pecadora e violenta, devido também ao extinto de sobrevivência. Dizer que por ser frágil, sou

isenta do pecado – é alienação mental.

é preciso ser um homem racional e uma mulher racional.

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A construção de um mito – o mito do computador

Mais do que o mito de que o homem nórdico era superior as

demais raças é o mito atual da tecnologia. Pior do que os

mitos das religiões é o mito da computação. Colocaram nas

cabeças das pessoas de que a computação resolverá todos

os problemas da pessoas e de que quem estuda computação

é melhor e mais inteligente do que os outros. Todos os

trabalhos humanos são tidos como inferiores, a medicina

tem se curvado a computação, a engenharia e toda a ciência

para resumir de modo mais prático. Todo trabalho é

humano, e nenhum ser humano pode ser considerado

melhor e mais útil do que os outros. Se como pão de manhã

é porque o padeiro levantou-se cedo para fazer, se ando nas

estradas é porque homens asfaltaram a rua, se bebo água é

porque imensas tubulações foram criadas para abastecer a

cidade. Não sou melhor do que os outros,tampouco sou

dono do mundo.

É incrível como as pessoas se rendem ao patético, ao fútil e

ao inútil, ao lixo improdutivo, ou menos do que lixo – lixo

ainda pode ser reciclado.

O facebook não mais é do que um software de vaidade,

afirmação do ego. O facebook deve ser mais objeto de

estuda da antropologia, do que algo útil. Mais é incrivel

como as pessoas deixam de comer para pagar a conta da

internet e ter banda larga em casa, desde os mais

afortunados até os miseráveis todos queremos ser

modernos.

O mais incrível é a futilidade desse lixo eletrônico.

Nenhuma tecnologia está acima da gestão da empresa. A

palavra de ordem hoje é a tecnologia resolve tudo. A área

de tecnologia de informação deve substituir os gerentes da

empresa. O SAP administra melhor do que Warren Buffet,

mais do que Fayol, mais do que Peter Drucker.... Mais

devagar amigo ! Estamos colocando todo a nossa confiança

numa máquina mais do que um judeu colocaria em Deus,

mais do que um monge colocaria em Cristo. A informática

não é Deus, e não resolverá todos os problemas da

humanidade. O marketing feito pela indústria da

computação leva a saturação do mercado de trabalho

criando vagabundos cibernéticos. Falta padeiro,

açougueiro, caldeireiro, metalúrgico, marceneiro,

costureira, destrói-se a indústria têxtil levando ela para a

China. Tudo agora é computação. Ela é agora nesse

momento a coisa mais importante do mundo. Ela agora é a

grande sensação do momento. É a ditadura da tecnologia,

adeus privacidade. Adeus profissões. Não comemos mais,

nem vamos mais ao banheiro – somos seres do facebook.

Seres virtuais. Só que não.

A computação é uma tecnologia e como qualquer outra

tecnologia ela nasce, cresce, se expande e morre. A

computação como qualquer outra coisa humana terá seu

fim. É glamoroso saber computação. É mais do que se

formar em Engenharia Mecânica, mais do que criar o motor

de combustão interna, mais do que a invenção da pólvora,

mais do que a roda, mais do que a celulose, mais do que a

descoberta do fogo. É tudo. Sim é tudo. É o status máximo.

Só que não. É uma modinha estudar computação. O mito de

a computação resolve tudo. A tecnologia é um produto, bem de consumo, não é necessariamente para melhorar a vida das pessoas. é comercio. além de estudos mostrarem que excesso de tecnologia faz mal ao cérebro.

Desocupados ficam o dia inteiro na internet bisbilhotando a

vida alheia, querendo ganhar dinheiro fácil. É

impressionante que os artistas da internet são os piores

possíveis. A internet vive pelo fato de você poder acessar

conteúdos de artistas e escritores consagrados ou conteúdo

cientifico. Vídeos com músicas de Fred Mercury cantando

Love of my life, por exemplo tem milhões de visualizações.

Entregar a administração da empresa a área de TI é afirmar

que profissionais de outras áreas são menos qualificados. O

TI como qualquer área da empresa deve estar subordinada a

administração. Seja a área de manufatura, infraestrutura,

limpeza e manutenção, recursos humanos, é preciso colocar

as coisas no seu devido lugar. Porque quem nunca produziu

quer usurpar o que é dos outros? Querem ganhar dinheiro

fácil com vídeos de internet, ir numa siderúrgica e produzir

o aço, o cobre e alumínio ninguém quer. A bíblia diz

“aquele que não trabalha, que também não coma” mito de

que toda a ciência humana deve estar subordinada a um

produto da ciência – o computador.

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Análise econômica

Capitalismo, socialismo, trabalho e neoliberalismo

Analise dos sistemas econômicos contemporâneos, capitalismo e socialismo, economia do trabalho e neoliberalismo

Davy F. Almeida

1

Sumário

Introdução, 2.

Definição de economia, 3.

Sistemas econômicos, o comunismo, 3.

Principais problemas, 4.

Crescimento econômico, 5.

O que poderia ter sido feito, 7.

O capitalismo, 9.

A morte do capitalismo, 11.

O trabalho, 12.

Analise do trabalho na história, 15.

As civilizações e a atividade econômica, 16.

A institucionalização, 18.

O eixo da história, 19.

Dicotomia, 21.

O mercado de trabalho, 21.

O neoliberalismo, 23.

Conclusão, 24.

Bibliografia, 26.

2

Introdução

O termo economia vem do grego oikos (casa) e nomos (costume ou lei), de modo geral quer dizer administração doméstica ou regras da casa. Economia é a ciência social que estuda a atividade econômica, ela é parte essencial da história e da geografia, conhece-la é fundamental. Quando lemos o jornal, a revista, um livro de história ou geografia, quando assistimos à televisão ou navegamos na internet, sempre a economia está em destaque. Através dos sistemas econômicos a sociedade determina a propriedade, direção e alocação dos recursos econômicos e nos sistemas econômicos analisamos as respectivas trajetórias de desenvolvimento dos países. Neste estudo, procuramos conhecer os sistemas contemporâneos seus principais problemas. Analisando o desenvolvimento econômico da antiga União Soviética detectamos alguns dos problemas do sistema socialista e através de exemplos atuais identificamos os principais problemas do capitalismo. Através da economia do trabalho procuramos entender a origem e função do trabalho, sua dinâmica e vemos que ele está relacionado à própria história da humanidade. De caçadores e coletores passamos a operadores de máquinas eletrônicas, percebemos que o trabalho é o mais importante fato social. Fazendo uso da economia positiva tentamos explicar os fenômenos econômicos observados como o neoliberalismo e através da economia normativa fizemos algumas criticas e demos algumas sugestões simples que podem ser um inicio de uma possível solução. A mudança e os movimentos da história são principalmente provocados por fatores econômicos, já que a atividade econômica é para o próprio sustento e bem estar do ser humano.

O autor.

3

Definição de economia

Economia é a ciência social que estuda as leis da produção, da distribuição, da acumulação e do consumo dos bens materiais. A economia inclui e destaca-se em seu campo de estudo o comportamento dos preços em diferentes mercados consumidores, análise das forças e fatores que determinam a renda e o emprego, bem como a operação dos mercados consumidores. A essência da atividade econômica é mudança e movimento ao longo do tempo. As mudanças são provocadas por fatores políticos, religiosos, sociais e avanços na tecnologia. A economia precisa identificar as causas e tentar prever as consequências dos movimentos, a tendência do movimento se é estático ou dinâmico, identificar os fatores.

Sistemas econômicos, o comunismo.

O comunismo é um sistema de economia em que os meios de produção e distribuição pertencem ao Estado. Originalmente o termo significa um sistema se sociedade no qual a propriedade pertenceria à comunidade e a riqueza seria dividida pelos cidadãos de acordo com suas necessidades. Com a evolução da doutrina socialista desde o século XIX, o tremo perdeu seu significado original. Uma das características do sistema comunista é o fato da economia ser planificada, isto é planejada ou programada. Os principais tópicos dessa lista são os seguintes:

 O que será produzido,

 Como será produzido,

 Em que período será produzido,

 Em que região se dará a produção,

 A quantidade que será produzida,

 Quais fábricas executarão o serviço da produção determinada.

É feita uma definição programada e obedece a um período pré-estabelecido que pode ser anual, bienal, trienal; geralmente são quinquenais. No capitalismo, o mecanismo da livre-iniciativa permite ao capitalista investir onde puder obter lucro, não há uma preocupação com a necessidade da população. A economia planificada não permite um livre movimento de capitais muito menos uma mudança de comportamento no mercado-consumidor.

4

Principais problemas

O sistema de economia planificada não visa o lucro, ele também não cria também mecanismos através dos quais a conjuntura de produção possa ser melhorada. Sem um aumento gradual e aperfeiçoamento da capacidade produtiva ocorre a longo e médio prazo a estagnação. As maquinas que produziam tecidos em 1.960 não eram as mesmas de 1.860 e estas não eram como as de 1.760, que não eram como as antigas rocas e teares medievais. A cor e a qualidade dos tecidos também evoluíram ao longo dos séculos, houve aperfeiçoamento técnico. Se compararmos as maquinas que produziam tecidos em 1.925 na União Soviética, Estados Unidos, França e Inglaterra e depois compararmos as maquinas da indústria têxtil dos respectivos países em 1.985, vemos que a União Soviética estava atrasada em relação aos ocidentais no que diz respeito à tecnologia aplicada a indústria civil. O sistema comunista não criou dispositivos que garantem o progresso cientifico e tecnológico. As máquinas e equipamentos necessários à produção industrial superava em qualidade, quantidade, eficiência e desempenho as do bloco comunista. A qualidade dos tecidos produzidos também era superior. Quando vemos fotografias da década de „80 de automóveis, ônibus, caminhões e outros veículos como tratores dos E.U. A e da U.R.S. S, vemos que o design dos veículos americanos era superior e também é provada a eficiência e desempenho melhor em relação aos veículos soviéticos. O crescimento populacional, a deficiência da indústria pela não modernização da capacidade produtiva e uma agricultura frágil, mecanizada com máquinas e tratores ultrapassados levaram a União Soviética á uma crise econômica que explodiu no inicio dos anos ‟90.

Principais elementos para a produção industrial

Elementos fundamentais

 Capital

 Unidade de produção, fábrica

 Aparelho produtivo, máquinas e equipamentos

 Tecnologia, know-how

 Matéria-prima

 Mão-de-obra

Elementos complementares

 Transporte

 Energia

Finalidade da produção

 Mercado-consumidor

5

Analisando a economia soviética em cada um dos itens citados acima podemos constatar que as unidades de produção eram ultrapassadas de modo geral, em relação aos ocidentais. O aparelho produtivo era superado em quantidade, qualidade e eficiência. A tecnologia, ou seja, o conjunto de conhecimentos de uma ciência prática, isto é a ciência aplicada à produção industrial também apresentava problemas. A mão de obra não se qualificou como em outros países. Estes fatores citados são apenas alguns dos problemas, isto porque não analisamos o setor primário, que é a agricultura e o setor terciário, comercio e serviços.

Exemplo da China

Após a morte de Mao tsé tung em 1.976, a China foi adotando gradativamente práticas capitalistas no campo econômico, embora tenha mantido o regime socialista de partido único. Na década de ‟70 o mundo entrou na crise do petróleo, as reformas econômicas garantiram que a China superasse a crise econômica, porque flexibilizou parcialmente sua economia. Vemos depois que na segunda metade da década de ‟80, a União Soviética estava em crise e a China estava em crescimento econômico, embora ela tivesse um índice de desenvolvimento humano menor que a União Soviética, explicado em parte por causa de sua superpopulação.

Crescimento econômico

Vamos analisar agora o processo de estagnação da União Soviética através do PIB ou GNP. Na década de ‟70 a União Soviética tinha um PIB de aproximadamente 500 bilhões de dólares, a China de aproximadamente 250 bilhões de dólares, a Alemanha ocidental de 370 bilhões. O país mais rico, os Estados Unidos tinha um PIB de aproximadamente um trilhão de dólares. Vemos que a União Soviética era a segunda maior economia do mundo e dividia o status de superpotência militar com os Estados Unidos. No inicio da década de ‟90 o Japão já superava a U.R.S. S, a revolução tecnológica tomou proporções fenomenais no Japão, um país que tinha um PIB de cerca de 200 bilhões de dólares em 1.970, no ano 2.000 seu PIB era mais de quatro trilhões de dólares, ocupando a posição de segunda maior economia do mundo. A China em 2.010 passou a ocupar o lugar do Japão, segunda maior economia do mundo com um PIB acima dos cinco trilhões de dólares. Na década de ‟90 os

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países emergentes como Brasil, Argentina e México superavam ex-republicas socialistas da Europa oriental como Ucrânia, Polônia, Hungria, Cazaquistão, Republica Tcheca e Eslováquia, alguns emergentes estavam entre as dez maiores economias do mundo no ano 2.000, como Brasil e Argentina. O Brasil é exemplo de crescimento econômico em longo prazo. Em 1.970 nosso PIB não chegava a 40 bilhões de dólares, mas em 1.999, quase trinta anos depois, tínhamos um PIB de 778 bilhões, tendo superado o Canadá, país que faz parte do grupo dos sete países mais ricos e industrializados do mundo conhecido como G-7. Em 1.999 o Canadá apresentou um PIB de 608 bilhões de dólares aproximadamente. Em 30 anos o Brasil cresceu cerca de 20 vezes, na mesma proporção que o Japão. Só que no Brasil e em vários outros países não houve uma melhoria nas condições de vida da maior parte da população, não houve crescimento com distribuição de renda e a situação da população mais pobre pouco se alterou, reflexo disso é a violência urbana e a criminalidade generalizada nos centros urbanos. A Rússia, que é a sucessora legal da União Soviética, em 2.010 tinha um PIB de quase um trilhão e meio de dólares, ficando atrás no ranking para países como Canadá e Brasil. A defasagem tecnológica foi sem dúvida uma das principais causas da estagnação soviética, já que o avanço da tecnologia permite uma melhor e maior produção.

Projeto socialista

Um grupo social é caracterizado em primeiro lugar pelo fator econômico, de modo que o fenômeno social é determinado pelo fenômeno econômico, cultural e politico, isto é sistema de governo e sistema jurídico das leis, dentre outros. Países como Angola e Moçambique chegaram a adotar sistemas socialistas, só que Karl Marx pensou em primeiro lugar nas nações industrializadas da Europa como França, Alemanha e Inglaterra, não em países que se quer tinham iniciado o processo de industrialização, onde a maioria da população era analfabeta e sequer podia compreender o que é socialismo ou capitalismo ou ainda tinham acabado de receber sua independência politica. Sem dinheiro para manter o Estado do bem estar social o regime não progrediu. Um país precisa de certa estrutura para abrigar uma forma de governo complexa e sistemática como o socialismo. O sistema de economia planejada precisa de uma

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operação bem estruturada caso contrário, além de não trazer progresso pode até piorar a situação do povo.

O que poderia ter sido feito

Os russos deveriam ter cooperado com intelectuais e políticos de outras correntes socialistas. Alguns meios de produção podem pertencer ao Estado porque são fundamentais a necessidade do povo, mas a estatização completa da economia trouxe consequências irreversíveis para a União Soviética. A privatização de indústrias leves, de mercadorias comuns de uso civil, as indústrias de bens de consumo e o comércio varejista teriam amenizado os efeitos da crise e melhorado um pouco a economia do país. Em março de 1.921, Lenin implantou a Nova Política Econômica, NEP, que permitiu o retorno de algumas atividades capitalistas como o comércio varejista, reconheceu os direitos de propriedade privada, os quais tinham sido anteriormente abolidos, ofereceu atrativo ou incentivo para investidores capitalistas estrangeiros. A operação ou funcionamento da economia retornou para uma base ou estrutura monetária em 1.927. O estado manteve, porém o controle de setores como a indústria pesada, bancos e comércio exterior. A extrema centralização no governo de Stálin trouxe alguns benefícios em curto prazo como a coletivização da agricultura e a industrialização do país e sob seu comando a União Soviética tornou-se uma superpotência. A mesma centralização excessiva, em longo prazo foi o que impediu o desenvolvimento econômico do país e sua futura crise. Uma economia formada de elementos diferentes, tanto princípios socialistas como capitalistas para ser mais flexível às crises seria uma proposta. A economia mista permite combinar os melhores mecanismos do capitalismo e socialismo respectivamente, visando progresso e desenvolvimento com justiça social. Seria como um alimento transgênico, uma combinação de genes. O capitalismo deve extrair do socialismo tudo aquilo que pode ser proveitoso para uma melhor organização e desenvolvimento social. Não há justificativa para o capitalismo priorizar apenas o lucro, transformando medicamentos, por exemplo, em bens de consumo. Transformando automóveis em bens de consumo barato, esquecendo-se do impacto ambiental, caos urbanos, o custo altíssimo de construção de estradas, uso generalizado de combustíveis fosseis e o trafego caótico das

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grandes cidades. O capitalismo prioriza não a necessidade das pessoas, mas principalmente a vaidade, luxo e conforto de alguns. O comunismo não pode dominar o individuo, a sociedade é composta de indivíduos, ela é o conjunto dos indivíduos. O mérito e a concorrência são mecanismos proveitosos para a sociedade, além disso, nenhum partido politico pode fundir-se com a própria nação como aconteceu em todos os países que adotaram o regime socialista. Um país é mais importante que qualquer ideologia. A pluralidade politica também é benéfica ainda que apenas partidos comunistas ou socialistas fossem permitidos, por exemplo, no caso da China atual. Até as pessoas das quais discordamos podem ter ideias úteis ao progresso social e econômico, isto é ter capacidade de viver em sociedade, respeitar opiniões.

Sistema de economia mista

A economia deve ser aberta a iniciativa privada pra que haja movimentação, circulação da riqueza produzida e haja concorrência trazendo progresso. O acumulo de capital deve ser permitido, sendo considerada uma causa natural. Além disso, permite a mobilidade social, a sociedade não fica paralisada como no comunismo soviético, onde o cidadão nem sobe, nem desce. No capitalismo ocorre que há um aumento na produção, porém a estrutura social não se modifica. Muitas das vezes o progresso aumenta ainda mais a desigualdade. O Estado deve e pode controlar setores considerados estratégicos como energia nuclear, fábricas de medicamentos, hospitais, comércio exterior, dentre outros. O ideal é que o Estado participe da economia, junto com empresas privadas, através de parcerias. Não deve haver uma luta entre o setor publico e privado. Investidores sejam empresas ou governos e até mesmo indivíduos podem investir em empresas publicas ou privadas comprando ações. Uma atenção especial deve ser dada ao trabalho, o emprego não é uma responsabilidade só do governo, mas principalmente das empresas, que enxergam o trabalho como uma mercadoria qualquer. A economia mista deve ser uma parceria entre o setor publico e o privado.

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O capitalismo

O capitalismo é um sistema de economia baseado na propriedade privada dos meios de produção, cujo principal objetivo é a obtenção do lucro. Outras características são que a produção e a renda são distribuídas de acordo com a operação dos mercados. É o sistema dominante no mundo desde o fim do feudalismo no século XV. O capitalismo comercial ou mercantilismo era baseado na politica de acumular ouro e prata vindos das colônias e também se baseava na produção de matérias-primas pelas colônias e na produção de produtos manufaturados pelas metrópoles. Essa primeira fase foi do século XV ao século XVIII, foi o sistema dominante no mundo e foi o responsável pela escravidão de milhões de aborígenes e africanos nas Américas, as quais produziam riquezas para a Europa. O mercantilismo deu como herança a Europa as bases para o desenvolvimento e enriquecimento e a melhoria das condições de vida de sua população como um todo. Também foi, por outro lado, o responsável pelo empobrecimento e miséria de boa parte da população de suas antigas colônias na América, Ásia e, sobretudo no continente africano, onde a miséria é aguda, piorada varias vezes por guerras civis e rivalidades tribais. Afirmar isto é suficiente para provar que o sistema é ineficiente, uma vez que se tirou a riqueza de um lugar, colônias e levou-se para outro, metrópoles. O que houve foi uma transferência de riqueza a custa de suor e sangue alheio. Os reis da Europa não tiveram capacidade administrativa e sim capacidade militar. A eficiência é quando conseguimos melhorar o resultado para alguém sem piorar a situação do outro, nesse caso o capitalismo foi ineficiente. Quando houve o aperfeiçoamento do motor a vapor no século XVIII, não havia mais a necessidade da escravidão, até então o escravo era considerado um instrumento da conjuntura produtiva, um mero mecanismo de produção. Só que a estrutura era tão cruel que o próprio povo europeu sofreu com a desigualdade social e com as péssimas condições de trabalho, as populações mais pobres da Europa ocidental tiveram seus dias de escravo. Surgem nesse momento as primeiras ideias socialistas. No Imperialismo, isto é a nova fase do capitalismo no século XIX, o domínio se deu de maneira ainda mais cruel, porque o objetivo era conquistar matérias-primas para a crescente indústria europeia.

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A Europa também foi vitima do imperialismo capitalista monopolista que permitiu e criou as condições para que o continente vivesse a fase do capitalismo monopolista. O que permitiu o crescimento da indústria foi que os lucros eram usados para aumentar e multiplicar a capacidade produtiva ao invés de investi-los na construção de pirâmides, castelos ou catedrais como ocorria nos sistemas econômicos anteriores. Algumas instituições capitalistas sempre estiveram presentes em outros períodos da historia da humanidade como na antiguidade e na idade média. O surgimento da classe burguesa também trouxe benefícios como um enfraquecimento dos reis absolutistas na Europa. Mas, o sistema capitalista, de modo geral, não foi proveitoso porque beneficiou alguns grupos sociais na e alguns grupos de países. Mesmo países desenvolvidos têm desigualdades sociais visíveis. Se analisarmos o PIB dos países do G-7 e dos emergentes, nos últimos oitenta anos descobrimos que houve um aumento extraordinário da produção, porém não houve uma distribuição nenhum um pouco justa dos recursos, uma pequena parcela da população concentra a maior parte da riqueza produzida. Por volta do ano 2.000, o Brasil era o país onde havia maior desigualdade na distribuição da renda. A renda per capita dos 20% mais pobres da população era de 578 dólares, equivalente à de países miseráveis da África como Tanzânia. Enquanto isso, a renda per capita dos 20% mais ricos era de 18.563 dólares, equivalente à de países da Europa ocidental. A renda média das camadas mais ricas era mais de trinta vezes maior do que a renda das classes mais baixas. Essa excessiva concentração de renda ocorre em vários países como Rússia, Estados Unidos, França dentre outros, lembrando que esses países citados fazem parte das maiores economias do mundo, inclusive o Brasil. Atualmente vivemos a fase do neoliberalismo, isto é a politica econômica que não permite a intervenção do Estado na economia. Diante disso tem ocorrido uma privatização generalizada de empresas publicas em quase todos os países do mundo, os governos já estão tendo muita dificuldade para resolver problemas sociais, ambientais ou econômicos. O neoliberalismo quer amarrar as mãos e os pés dos governos. Em consequência, desigualdades sociais e desemprego tem aumentado em boa parte do mundo. Em 2.011 a Espanha, país da Europa

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ocidental estava com uma taxa de desemprego superior a 20%. A crise que atinge Europa e Estados Unidos pode ocasionar uma perda no padrão de vida de suas populações, sem dúvida os mais pobres e a classe média serão os mais atingidos. Talvez o principal problema do capitalismo seja a má repartição dos bens e da renda. Certamente existe alimento, roupas e tecnologia para construir moradia para todos. Devemos corrigir os efeitos da má distribuição da renda, mas, principalmente as causas. O direito de comer, vestir-se e ter onde morar, é de todo ser humano, esse direito foi usurpado pelo capitalismo. Existem, sem nenhuma dúvida, recursos e tecnologia mais do que suficientes para eliminar a miséria da face da terra. O sistema parece bom para alguns porque ludibria com o desenvolvimento econômico, causa uma ilusão na maioria, mas, de fato, o desenvolvimento econômico mantém as desigualdades e na maioria dos países ela até aumenta junto com o desenvolvimento. Pais de família, homens, mulheres e jovens pelo poder do capital sentem-se ameaçados de cair na miséria, perder o emprego, passar fome. O desenvolvimento trouxe riqueza de sobra, abundancia de bens materiais e produziu também miséria em excesso. Mesmo nos países capitalistas ricos existe pobreza e desigualdade social, alguns deles estão entre os mais desiguais do mundo. Nem mesmo com a destruição dos recursos naturais da terra inteira para produzir mercadorias será suficiente para acabar com a miséria, dado o modelo econômico atual. A pobreza é o resíduo que sobra da produção da riqueza. Economistas mercenários deveriam saber que a economia é uma forma para atender as necessidades humanas.

A morte do capitalismo

O capitalismo ainda deve permanecer por muitos séculos. Karl Marx errou ao querer construir ou idealizar um novo sistema socioeconômico enquanto o outro estava em pleno vigor. É preciso esperar que o sistema entre em declínio. O que permitiu as revoluções burguesas foi o enfraquecimento do feudalismo causado pelas cruzadas, pela peste negra e pelo esgotamento da terra provocado por técnicas errôneas do uso do solo, dentre outros fatores. Na época de Marx o capitalismo ainda era recém-nascido, estava em plena expansão. Quando o capitalismo não der mais continuidade ao movimento de expansão entrará em declínio. Hoje a China tem de certa forma puxado

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o crescimento econômico, no futuro será o continente africano. Alguns nações da Europa vão perder suas posições no ranking das maiores economias do mundo, os emergentes vão ocupar o lugar delas, isso é um processo natural. Os sistemas econômicos nascem, crescem, envelhecem e morrem. Não sabemos qual sistema virá depois deste, mas que o capitalismo terá seu fim, isto é certo, faz parte da evolução humana. Devemos lembrar ainda que um sistema econômico carrega resíduos do anterior, o capitalismo tem resíduos do feudalismo, por exemplo. O sistema econômico é uma construção social, não é apenas obra de um intelectual, ele não pode ser imposto a sociedade como tentaram fazer os soviéticos, ele se desenvolve com o desenrolar dos séculos juntamente com a sociedade.

O trabalho

No inicio da história humana o trabalho do homem resumia-se a coletar frutos nas arvores e caçar animais. O objetivo do trabalho era atender as necessidades básicas de alimentação, vestuário e moradia. Esse trabalho era ao mesmo tempo autônomo ou coletivo, em pequenos grupos. Com o tempo surgem as primeiras divisões baseadas no sexo e idade. Hoje o trabalho não é livre, ele não nasce mais da espontaneidade humana de criar objetos úteis para si e sua família, não da mesma forma. Até meados do século XVIII, menos de 10% da população vivia nas cidades. A população das áreas rurais produzia suas próprias roupas e utensílios. A maior parte do artesanato era produzida por famílias, com matérias-primas fornecidas pelos burgueses, que depois distribuíam as mercadorias para as demais regiões. O trabalho hoje é institucionalizado e comercializado, não trabalhamos para nós diretamente. Trabalhamos para outros, para empresas ou corporações. Criou-se uma relação de dependência, a totalidade daquilo que consumimos é produzido em fábricas, e para comprarmos o que precisamos vendemos nossa mão-de-obra, o trabalho é uma moeda, nessa troca ele é uma mercadoria barata. Na pré-história o homem lutava com a selva para obter alimentos e manter-se vivo. A caça de animais, a coleta de frutas e a pesca primitiva eram uma constante luta pela vida. No mundo atual, organizações controlam a produção e a distribuição de alimentos, vestuários entre outros utensílios. Essas organizações são em geral empresas, governos ou famílias. Não caçamos mais, contudo, trabalhamos para alguém e com o salario desse trabalho compramos

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alimentos, roupas, construímos nossas habitações e também nos divertimos. Este processo é essencialmente uma troca. Não quero ser repetitivo, quero apenas deixar bem claro o que tem acontecido ao longo dos tempos com um direito e dever de todo ser humano, o trabalho. Itens supérfluos dominam sobre o necessário. A produção é de certa forma voltada para o supérfluo. O trabalho é inerente ao ser humano, ele é uma necessidade natural, o ser humano sente prazer em aplicar sua força em trabalho útil. Na atualidade o trabalho é objeto de consumo das empresas, é uma mercadoria, e se pensarmos na relação custo-benefício, é um dos produtos mais baratos. A exigência de requisitos desnecessários para um determinado cargo, também devemos considerar. Uma boa empresa deve oferecer bom treinamento aos seus funcionários. O ideal seria que a maioria dos cursos fosse feitos dentro das empresas, juntando teoria e pratica, acabando de vez com escolas técnicas que vendem educação e conhecimento como se fosse uma mercadoria qualquer, a maioria dessas escolas visa apenas o lucro e não um preparo adequado de seus alunos. A realidade educacional se distancia da realidade prática do mundo ao separar teoria e pratica. A teoria é a descrição da prática. O trabalho deve satisfazer as necessidades primárias como vestuário, alimento e moradia. O ser humano tem capacidade de aprendizado, sua potencialidade de trabalhar não está restrita a um curso. Não existe “curso para inventar aviões” os inventos nasceram e nascem da livre e espontânea vontade do homem. Mas se Santos Dumont fosse procurar emprego na área de aeronáutica, hoje, provavelmente ficaria desempregado por não ter cursos técnico ou superior na área. O diploma não significa capacidade intelectual, muito menos qualidade profissional. Os indivíduos devem prestar provas para o cargo que desejam ocupar, devem ser avaliados, mas pré-requisitos ridículos como este curso, aquele idioma etc. não medem a competência do individuo. Se para inventar o avião não foram necessários tantos cursos e especializações, por que para ocupar um cargo subalterno são necessários tantos requisitos? As invenções, por exemplo, é uma potencialidade, uma faculdade exclusivamente humana, não dependem de teorias, cursos, o que seja. Digo isso para cargos de menor importância, dentro da conjuntura do trabalho. Existem casos como o da medicina, dentre

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outros, onde o curso é fundamental e essencial. Nesses casos, podemos dizer que de certa forma, o curso é a profissão. O trabalho além de atender o necessário, deve atender um pouco do considerado supérfluo, ás vezes, o supérfluo se faz necessário. O supérfluo também traz satisfação, é o prazer de consumir, porém com prudência. Diversão, por exemplo, pode ser algo supérfluo, porém é necessário. Quando o ser humano não encontra trabalho digno ou por iniciativa própria faz o trabalho marginal, como o tráfico de drogas ou prostituição. Vender drogas ou o corpo não traz benefício direto para a sociedade. Todo trabalho que não traz benefícios para sociedade é trabalho marginal. Nem os próprios indivíduos que trabalham desta forma se beneficiam porque quase nunca são socialmente aceitos. A origem da riqueza de ter fundamentos, por exemplo, uma grande fábrica de computadores, ela explora a mão-de-obra, porém beneficia toda a sociedade e a si mesma. O dinheiro tem fundamento, ele representa a riqueza concreta, tangível, riqueza real, no caso os computadores produzidos. O dinheiro não é inventado, ele precisa sair de algum lugar. Essa relação mútua, empresa-sociedade, onde um beneficia o outro. A origem da riqueza humana é o trabalho aplicado, com uso de tecnologia, para transformar matérias-primas em produtos úteis. Também aplicamos o trabalho na agricultura, cultivando alimentos e ou criando animais. Adam Smith identificou o trabalho, a terra e o capital como os três fatores de produção e maiores contribuintes para a riqueza de uma nação. Hoje em dia acrescentamos também a tecnologia. O trabalho é um dos elementos que cria a riqueza material, sua importância é fundamental e essencial. A tecnologia também é fruto do trabalho intelectual humano. A arte, a ciência, a politica, a cultura tudo é fruto do trabalho. O capital é especulativo por que ele representa a riqueza criada, a atividade econômica também é especulativa por natureza, produtores e usuários de bens e mercadorias dependem uns dos outros para seu próprio suprimento, o risco de produzir, ser suprido e o risco de preço existem, com o avanço do conhecimento em finanças surgem soluções para melhor administração dos riscos. As relações de trabalho durante a evolução humana da pré-história, idade antiga, idade média, idade moderna e contemporânea mudaram por vários fatores, varias vezes ao longo do tempo, no entanto, a

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essência do trabalho é a mesma: criar e transformar objetos, numa relação de dependência mútua, dentro de uma trindade perfeita: produção, distribuição e consumo.

Análise do trabalho na história

A história não é simplesmente o registro dos conflitos entre exploradores explorados, ela é muito mais do que isso. Antigamente os fatos históricos eram interpretados do ponto de vista religioso, a bíblia é um exemplo disso, os fatos históricos como a libertação dos hebreus no Egito ou o cativeiro da Babilônia são fatos históricos interpretados e distorcidos pelo ponto de vista religioso. Augusto Comte no século XIX com o positivismo, foi quem percebeu que os fatos sociais devem ser interpretados do ponto de vista cientifico. A história da humanidade é o registro dos fatos políticos, econômicos, culturais, religiosos, dentre outros sob o ponto de vista cientifico, mas, a história da humanidade é principalmente o registro do trabalho humano ao longo dos séculos, tudo o que existe, com exceção dos recursos naturais, é fruto do trabalho humano. A politica administra a sociedade, e as empresas organizam a divisão do trabalho. A arte também é trabalho como a música, a pintura, a escultura, a religião é também um trabalho, ou seja, o serviço religioso. Um profundo estudo da história nos leva a um estudo geral da economia, politica, religião, arte, ciência e muito mais. As classes dominantes são aquelas que administram a riqueza, elas são proprietárias dos meios de produção e concentram a riqueza. As classes sociais são uma consequência direta, dentre outros fatores, da divisão do trabalho. O trabalho é o maior fato social que existe, porque até mesmo numa teocracia existe diferença social, por exemplo entre sacerdotes e fiéis.

Na pré-história e na idade da pedra

Não é normal alguém viver sem trabalhar, o trabalho é inerente à espécie humana. Durante a evolução os australopitecos, seres que combinavam características de macacos e humanos, utilizando as mãos, construíram ferramentas de pedra e osso. Ao mesmo tempo, a utilização das mãos possibilitou um grande desenvolvimento do cérebro. O homo habilis, com maior inteligência, já era capaz de confeccionar roupas e conhecia o fogo. A evolução comprova que o trabalho é algo necessário à vida e diferencia o homem dos demais animais, de modo que a evolução humana é a evolução do trabalho. Ao longo dos séculos, o ser humano aprendeu a cultivar os

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vegetais em vez de simplesmente colhê-los da natureza. Também aprendeu a domesticar os animais, em vez de simplesmente caça-los, assim, surgiram atividades de trabalho como a agricultura e o pastoreio. A capacidade dos seres humanos de produzir e utilizar ferramentas e objetos são o que chamamos de trabalho, e, isto é uma propriedade natural de todos os seres humanos. A história da humanidade é a história do trabalho humano. Ao longo da história o processo de produção, distribuição e consumo dos bens materiais modificou-se, mas a estrutura não Na idade dos metais, há cerca de cinco mil anos, o ser humano era capaz de utilizar o fogo para queimar cerâmica e assar pães. Ao mesmo tempo descobriu que era possível fundir metais. Utilizando moldes de barro, ferramentas de cobre eram produzidas no período neolítico, última etapa da idade da pedra.

As civilizações e a atividade econômica

A origem das civilizações está também relacionada ao trabalho. As primeiras civilizações surgiram em regiões próximas a grandes rios, onde geralmente o solo é fértil e permite a prática da agricultura. Assim, surgiram os sumérios, na região entre os rios Tigres e Eufrates, na Mesopotâmia, os egípcios, no vale do rio Nilo, e os hindus, as margens do rio Indo. A sociedade e o ser humano se desenvolvem em torno e em força da economia, mesmo a religião e a arte são fortemente influenciadas pela economia. Guerras acontecem, geralmente, por motivos econômicos, religiosos ou políticos. As últimas grandes guerras da humanidade foram, sem dúvidas, provocadas por motivos econômicos. O que diferencia uma sociedade da outra é o seu desenvolvimento econômico e militar. No passado, por exemplo, a posição social dos fenícios estava atrelada a condição econômica. A posição social de pessoas, cidades e países estão atrelados a condições econômicas. Mudanças na atividade econômica de um povo provocam mudanças sociais, por exemplo, os egípcios formavam grupos seminômades que viviam as margens do rio Nilo. No fim da idade do gelo houve um grande crescimento populacional, e os grupos que se dedicavam à caça e à coleta passaram a cultivar trigo e cevada e a criar gado. Observe a mudança na atividade econômica ou trabalho dos antigos egípcios.

Politica e economia

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Existe uma relação de dependência entre politica e economia. Medidas do governo ou a politica econômica de um governo traz consequências ou mudanças na economia de um país. Do mesmo modo mudanças econômicas podem provocar crises politicas ou levar um governo a ter atitudes radicais. Resumindo quero dizer que, crise econômica pode provocar crise politica e crise politica pode provocar uma crise econômica. Essa relação de dependência sempre existiu, ao longo dos séculos. Reis e imperadores misturavam politica, economia e religião. Estes precisam estar organizados para uma melhor eficiência de cada um deles e uma melhor liberdade da própria sociedade. Governo, empresas e trabalhadores estão ligados entre si e um depende do outro. A crise de um pode ser a crise de todos.

Resumo da história

Os livros de história nada mostram além do ser humano trabalhando seja na politica isto é, na administração pública, na economia isto é, na atividade econômica como agricultura, indústria, comércio, serviços e tecnologia; na ciência, na religião e na arte. Até mesmo a guerra é também uma ocupação, os soldados devem ser treinados e profissionalizados, exemplo dos antigos romanos. O registro histórico é o registro do trabalho, de sua evolução, das modificações, da organização e das relações de trabalho. Tudo é fruto do trabalho humano, exceto recursos naturais, sem trabalho nada existe.

O trabalho através da história

Pré-história

Caça, coleta de frutos

Pesca, dentre outros.

Antiguidade

Agricultura

Comércio

Politica

Religião

Dentre outros.

Idade média (na Europa)

Religião

Agricultura

Dentre outros

Idade moderna

Agricultura

Comércio

Politica

Religião

Ciência

Arte

Dentre outros

Idade Contemporânea

Agricultura

Indústria

Comércio

Tecnologia

Ciência

Dentre outros

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Como já dissemos antes religião, arte e ciência também são formas de trabalho. Socialmente só existem duas classes. Podemos considerar ricos aqueles que são donos dos meios de produção e distribuição dos bens matérias. Os meios de produção são as grandes fazendas, fábricas e os meios de distribuição são as grandes redes comerciais. A primeira classe social é proprietária dos meios de produção e distribuição dos bens matérias. Essa propriedade pode ser diretamente ou indiretamente através do controle do capital ou das ações das empresas. A segunda classe em geral, vende sua mão de obra em troca de salário. Dentro desta classe existem subdivisões: classe média, baixa ou em outra classificação mais especifica classe b, c, d, ou e.

A institucionalização

Vivemos em instituições. A sociedade é governada por instituições. A sociedade deve governar as instituições e não ser governada por elas, como acontece. As instituições são para uma melhor vida em sociedade. Tudo é produto natural da curiosidade humana e da mente humana. Grandes estudiosos do passado não frequentaram universidades famosas. Na pré-história não havia faculdade, mesmo assim, o homem inventou a roda e a escrita dando inicio a história documentada. Não existe escola para talento, talento é algo natural. As ciências, a arte, a religião, o trabalho são elementos essenciais e fundamentais, estão dentro de todos os seres humanos. já o desenvolvimento dos mesmos se dá em razão do aperfeiçoamento, neste momento entra a instituição. A instituição não é maior do que o talento individual. Por exemplo, todos nós temos a capacidade de crer em um deus, é algo natural, já a religião é a sistematização de crenças e doutrinas. A fé é institucionalizada através das religiões, embora a fé seja uma faculdade natural do ser humano. O mesmo acontece em todas as áreas. O trabalho é necessário para o sustento da família, para e existência da sociedade e para o sustento da própria vida humana. O trabalho foi institucionalizado. A organização do trabalho pelas classes dominantes se deu de maneira equivocada. O capitalismo que escravizou negros e índios foi o mesmo que piorou as condições de trabalho na europa nos séculos XVIII e XIX, quando a jornada de trabalho era de 12 ou 14 horas por dia, seis dias por semana, recebendo, os trabalhadores, salários muito baixos, sem falar nas condições de higiene e segurança. O trabalho braçal foi considerado, ao longo dos séculos, pelas

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classes dominantes um trabalho inferior, porém a mesma classe social gozava os benefícios do trabalho braçal. O trabalho é algo tão natural quanto o ato de comer, aliás, só comemos porque plantamos e cultivamos. O trabalho dignifica o homem, uma pessoa que não trabalha se sente inútil. É através do trabalho que somos vistos na comunidade humana, trabalho é servir a si mesmo servindo aos outros. A instituição não é maior que a sociedade. O homem não foi feito para a instituição e sim a instituição para o homem. A história nos mostra que instituição é o conjunto de regras para atender a um grupo social, e esse grupo é a classe dominante. O capitalismo desregrado tem transformado atributos naturais humanos em comércio. A arte é um comércio, politica, trabalho, religião e até as leis. As leis, por exemplo, são uma indústria de processos. Advogados defendem seus clientes visando apenas o lucro, em muitos países processos judiciais movimentam mais dinheiro que certos setores da economia. A lei foi descaracterizada do ideal de justiça, virou comércio, ganha quem tiver dinheiro para contratar bons advogados. Igrejas movimentam um volume de dinheiro extremamente alto, sem falar que estas instituições são consideradas pela lei como instituição sem fim lucrativo, ocorrendo um grande engano, permitindo a lavagem do dinheiro sagrado. Um fator determinante no passado para unir os povos foi a religião, no caso dos europeus o cristianismo, no caso dos árabes, o islamismo. Atualmente os povos estão unidos do ponto de vista econômico. A comunidade europeia, com o Euro, a moeda única. O Nafta na América do norte, e de modo geral, as Américas pelo poder econômico dos Estados Unidos. Os árabes estão unidos e divididos pela religião, em xiitas e sunitas, o que os une de fato é a economia, o petróleo. Temos o bloco asiático, onde o Japão perdeu o status de maior economia do oriente para a China. Hoje o que liga os povos é o capital, não importa a religião, ainda que existam grupos radicais religiosos, não constituem uma força social que atinge as massas como o capital, este sim atinge povos, línguas, nações, religiões e todo o resto.

O eixo da história

A história gira em torno de um eixo, ela se repete de modo fundamental, ela se reescreve sobre o eixo. O eixo da história é o próprio ser humano e as instituições criadas por ele. As mudanças e os movimentos da historia são causados pelo aperfeiçoamento das instituições e pelas invenções humanas, como, por exemplo, a máquina a vapor e as armas de fogo. A história, de

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certo modo, é repetitiva. No inicio o homem se comunicava através de gestos e gritos, depois aprendeu a falar, inventou a escrita, a escrita passa a ser mais tarde em tábuas de pedra, papiro, papel, Gutenberg inventou a imprensa, surgiu a máquina de escrever, o telefone, o radio, a televisão e o computador. A essência é a mesma ao longo dos séculos: transmitir mensagens, se comunicar com os outros. A evolução gira em torno de um eixo, o que faz o eixo girar é a necessidade, necessidade de alimentar-se, de vestir-se, de transportes, de transmitir mensagens, de se divertir etc. vejo o exemplo também dos transportes, o homem domesticou animais, inventou a roda, carros de boi, bigas, canoas, caravelas, carruagens, bicicleta, automóveis e aviões. Com o tempo um invento se torna obsoleto, aumenta a necessidade, surgem novos inventos. O ser humano vive em torno de suas necessidades. O que ocorre é uma reestruturação, um aperfeiçoamento das ideias, dos inventos e das instituições ao longo dos séculos. Vamos falar agora da politica e a economia. Na Roma antiga, na reforma Serviana, a divisão social fundamentada na origem pessoal foi eliminada e efetivou-se a divisão social baseando-se no território e grau de riqueza. Veja que na sociedade romana antiga uma decisão politica foi responsável por uma divisão socioeconômica. Nos nossos dias, com o fim da guerra fria, que foi uma decisão politica, iniciadas a partir das ideias da Glasnost e da Perestroika de Mikhail Gorbatchov, o capitalismo tornou-se hegemônico na maior parte do planeta, e os Estados Unidos se firmaram como a única superpotência mundial. Veja como a historia é quase idêntica, no eixo vemos decisões politicas afetando a economia e a sociedade. A nova ordem mundial é caracterizada, principalmente, pela globalização, e esta, é caracterizada pela internacionalização da economia. Para os romanos, a nova ordem era a república, substituindo a antiga, porque antes dessa “revolução” de Sérvio Tulio, Roma, de fato, era um agregado de pequenas aldeias em expansão. Também do mesmo modo que o Império Romano caracterizou-se pela eficiência e precisão bélica e administrativa, assim também se caracteriza qualquer potencia hoje, por exemplo, essas também são características dos Estados Unidos, podemos acrescentar ainda o desenvolvimento econômico como uma das principais características de uma potência. A história se reescreve, seu eixo é imutável. As instituições surgem da necessidade do homem viver em sociedade, elas evoluem no eixo da historia, sua função é fazer funcionar os mecanismos (como a lei, a divisão do trabalho etc.) que permitem a vida em sociedade. A história se

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reescreve provocando mudanças, o conhecimento acumula permitindo avanços espetaculares. Talvez um presidente da república tivesse o mesmo valor, a mesma função social que um chefe tribal no passado, com algumas adaptações. Alguns povos não evoluíram muito como os indígenas brasileiros, para que visemos de onde viemos. Como uma árvore cujas raízes estão amostra, assim são os povos primitivos. Estudar esses povos é conhecer nossa língua, religião, ciência, politica, etc.

Dicotomia

O trabalho braçal não é inferior ao trabalho intelectual ou vice-versa, um é o complemento do outro. Ao longo dos séculos vemos uma grande importância tanto do trabalho braçal quanto intelectual. Não deve haver essa dicotomia entre trabalho braçal e intelectual. Nada tão prazeroso quanto executar com as próprias mãos algo que planejamos ou projetamos com nossa mente. Nossas mãos não foram feitas apenas para segurar os talheres na hora da refeição, foram também projetadas para o trabalho. Muitas pessoas pensam que trabalho braçal é apenas cavar e limpar, estão erradas, com o advento da tecnologia as maquinas cavam e até mesmo limpam, trabalho braçal é também operar essas máquinas, ele mudou um pouco de forma ao longo do tempo. O trabalho de um grande cientista ou descobertas de um novo planeta por astrônomos não vão fazer muita diferença, de modo geral, na vida de uma costureira. Avanços na técnica de costurar ou a invenção de novas máquinas de costura terão um impacto considerável para uma costureira. Trabalho e tecnologia andam juntos, cérebro e mãos também, isto é trabalho braçal e intelectual. As classes altas valorizam o trabalho intelectual e desprezam o trabalho braçal, mas nossas mãos também fazem parte do nosso corpo. Enquanto um operário produz, um cidadão tem roupas, alimentos e tempo livre para estudar, se ele tivesse que produzir suas roupas e alimentos não teria muito tempo livre. Existe uma relação de dependência entre o trabalho feito por grupos sociais. Nada tira o valor do trabalho, levantar todos os dias e lutar por nossa sobrevivência na terra, é uma tarefa natural que surgiu e evoluiu junto com a espécie humana.

O mercado de trabalho

O termo mercado de trabalho significa que a mão-de-obra é uma mercadoria, um objeto ou produto, seu valor é determinado pela lei da

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oferta e demanda, de acordo com a qualificação do individuo. A obtenção do lucro também é um fator que determina a compra da mão-de-obra mais barata e se possível melhor qualificada. Por isso muitas empresas foram para a China como montadoras de veículos, empresas fabricantes de telefones celulares, computadores dentre muitas outras. O termo recursos humanos reduz o ser humano a condição de objeto, ele é um elemento da produção, como os recursos financeiro ou capital, recursos naturais ou matéria-prima, daí temos recursos humanos ou mão-de-obra. O trabalhador é um elemento na cadeia produtiva, não um ser humano que precisa alimentar-se ou vestir-se. O valor da mão-de-obra é determinado pela operação dos mercados, pela lei da oferta e procura. Assim como o mercado do trigo, da soja, das commodities, em geral negociadas nas bolsas de valores do mundo inteiro, o mercado de trabalho é um bem de consumo das empresas. Só lembrando que as modernas bolsas de valores tem sua origem nos antigos mercados de escravos da antiguidade e do período colonial, onde eles, os escravos eram leiloados e seu preço era determinado pelas condições de aprisionamento ou abundancia e falta. Tanto que quando foi proibido o tráfico de escravos no século XIX, o preço da mercadoria subiu no mercado interno, isto fez com que o escravo indígena, geralmente mais barato que o africano tivesse uma valorização. Na Europa colonizadora, o trabalho manual era considerado coisa indigna de um homem livre, por isso as classes sociais mais abastadas puderam dedicar-se a arte, ciência e politica. Vivemos uma ditadura econômica porque o neoliberalismo proíbe a intervenção do Estado na economia. Só que é impossível melhorar as condições econômicas de um povo sem mexer na economia. O congresso dos Estados Unidos declarou o New Deal inconstitucional, por exemplo, e o presidente Franklin D. Roosevelt teve que lutar muito para que o projeto fosse aprovado, ele próprio e até sua mulher foram acusados de derem socialistas. Era necessário, e é, o Estado intervir na economia, para melhorar as condições da vida da população. As difíceis condições enfrentadas pelos trabalhadores no inicio da revolução industrial inspiraram vários movimentos que defendiam uma sociedade mais justa e igualitária. Foi nessa época que começaram a surgir os movimentos socialistas na Europa. Os movimentos socialistas buscavam obter condições de trabalho mais justas e uma sociedade menos desigual economicamente falando. No século XIX durante a segunda revolução industrial Karl Marx concebeu um modelo de socialismo que não era

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baseado apenas na luta contra as más condições enfrentadas pelos trabalhadores, mas na análise e interpretação dos fatos históricos, o trabalho de Marx é chamado socialismo científico. Só que não estamos mais no século XVIII ou XIX, o mundo mudou e o modo de produzir também, as modernas máquinas realizam serviços impossíveis ao homem, ninguém precisa trabalhar mais 18 ou 12 horas por dia como acontecia no século XVIII ou XIX, ao contrário o principal problema hoje é o desemprego ou subemprego. As ideias de Marx precisam ser atualizadas, isto é adaptada para as reais condições de trabalho hoje. É preciso repensar a doutrina socialista, e tirar dela o que for de melhor. Justiça social começa com trabalho digno para todos.

O neoliberalismo

O comunismo de modelo soviético não teve sucesso porque é impossível uma economia progredir com uma centralização e monopólio total da produção e da distribuição dos bens materiais. O governo monopolizou desde a produção de produtos simples até a produção de aviões. A propriedade particular é benéfica ao povo, de modo geral. Contudo, o direito do Estado intervir na economia é inalienável. Setores estratégicos também podem pertencer ao Estado. Com a onda do neoliberalismo empresas publicas prestadoras de serviço foram criminosamente vendidas a particulares. É o monopólio do setor privado, onde o Estado não tem direito a ter nenhum tipo de empresa. O neoliberalismo quer privatizar tudo e limitar totalmente o poder do Estado. No caso das distribuidoras de energia elétrica, só para lembrar, esse setor é estratégico, foram em muitos países privatizadas, sem uma participação popular. O Estado vendeu uma estrutura pronta, completa. Uma empresa desse tipo faz a construção da rede de distribuição e ao longo do tempo a manutenção. O Estado vendeu uma rede de distribuição já construída com dinheiro público. Outro problema é que no caso de uma empresa publica o lucro, teoricamente, vira investimento na comunidade, em escolas, hospitais, habitação etc. a empresa privada não visa a necessidade da população, mas sim o lucro dos acionistas e seu bem-estar. O lucro que fica com os acionistas vira investimentos pessoais como a compra de mansões, iates, aviões etc. somente uma parte do lucro é reinvestido na empresa para garantir a expansão dos lucros futuros. O neoliberalismo nada mais é do que a

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venda do patrimônio público a particulares. Privatizar empresas de setores estratégicos é um crime. A privatização em certos setores pode ser até benéfica, mas isto não significa que vender 100% do patrimônio público será benéfico. Só falta os governos começarem a privatizar todas as escolas, todos os hospitais, delegacias e todo o resto. A privatização dos serviços de telefonia trouxe benefícios para a população, como o barateamento das linhas telefônicas, no governo FHC, mas isto não significa que tantas as privatizações são necessárias ou que trarão benefícios à população. O povo também não é a favor de tantas privatizações basta ver os protestos de centenas de pessoas nas ruas, só que governos corruptos aliados a empresas poderosas não querem saber da opinião pública, só em época de eleição.

Conclusão: A finalidade da economia

O cidadão soviético, Leonid V. Kantorovich ganhou o premio Nobel de economia em 1.975 e dividiu a vitória com um cidadão naturalizado norte-americano chamado Tjalling C. Koopsmans. O prêmio foi importante para que o governo soviético dessa mais importância à economia. Naquele ano cada um recebeu o prêmio Nobel, mas no mesmo ramo de pesquisa, contribuições para a teoria da distribuição ideal dos recursos. A crise na União Soviética teve origem na falta de importância que o governo dava a economia. Os governos devem preocupar-se muito com a economia e devem elaborar bons planos econômicos para o funcionamento dos setores primário, secundário e terciário, respectivamente, agricultura, indústria, comércio e serviços. Os governos jogam dinheiro no lixo com armas que podem destruir o mundo, guerras ridículas, poderosos submarinos e navios de guerra, aviões ágeis para destruir enfim uma parafernália militar. A diferença do sistema econômico atual para o antigo é que, como já foi dito anteriormente, no passado o homem aplicava capital e o trabalho na construção de pirâmides ou catedrais, hoje reinvestimos o lucro para a expansão da produção, usando trabalho e tecnologia. Investir é aplicar o capital, fazer render ainda mais. Guerras só prejudicam, a Europa, por exemplo, perdeu sua posição de influencia e poder para os Estados Unidos após as duas grandes guerras. O conhecimento é fundamental na elaboração e efetivação das mudanças econômicas ou politicas. Os governos

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devem ouvir os economistas. O governo deve ter como prioridade o povo e não os interesses de empresários capitalistas mercenários. Como exemplo, lembro o fato de que o governo brasileiro foi pressionado ao longo de décadas a investir na construção de caríssimas rodovias, priorizando a venda de caminhões de empresas transnacionais. O ideal para o transporte de cargas no Brasil, um país de dimensões continentais, seriam as ferrovias e hidrovias. Estas são mais baratas de construir e também a manutenção é muito mais barata que de uma rodovia e duram muito mais. Transportam maior quantidade de cargas, sem falar que a base do combustível do caminhão é óleo diesel, um derivado do petróleo. O caminhão é útil para a distribuição de mercadorias em nível local, em nível regional e nacional o ideal é ferrovia e hidrovia. Hoje o Brasil tema a maior parte de suas cargas transportadas por caminhões que utilizam caras rodovias para circular. Em países como Estados Unidos e Rússia, que também são países continentais como o Brasil, para o transporte de cargas se utiliza principalmente ferrovias e hidrovias. Lembrando que as ferrovias foram um dos principais fatores para a revolução industrial. As empresas precisam vender seus caminhões e por isso criaram essa dependência que nos prejudicou, porque o preço das mercadorias também é determinado pelo custo do transporte. Devemos sempre considerar os custos, o custo racionaliza e disciplina o uso dos recursos. O governo é quase sempre pressionado pelos empresários a tomar medidas que prejudiquem o trabalhador e o País. Recentemente, sindicalistas da Força Sindical e da CUT, afirmam que uma redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais geraria a criação de mais de 02 milhões de empregos diretos formalmente, isto é com carteira assinada e dentro da legislação trabalhista. Os empresários são contra porque cada empregado contratado é despesa por causa dos impostos e direitos trabalhistas e também, eles afirmam que haveria uma redução geral dos salários, o que é mentira porque com a medida vem um aumento no salário-hora e o salário mínimo também é base de cálculo. A classe dominante não quer gerar emprego, apenas lucrar. O governo não quer reduzir impostos trabalhistas, não quer fazer alterações na legislação trabalhista que vão permite que as empresas empreguem mais. A economia deve ter como objetivo o bem-estar social,

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empresas e indivíduos tem uma relação de dependência, a economia tem competência para auxiliar governos e empresas na busca pela qualidade de vida da população. Economia não é a “ciência de ficar rico” como disse John Ruskin, ela é uma ciência social que estuda a atividade humana e seu bem-estar, tão importante quanto à matemática ou engenharia civil. A felicidade depende, dentre outros fatores, principalmente de saúde, família e trabalho. Com saúde cuidamos de nós mesmos, da família e podemos trabalhar. Com o trabalho sustemos nós mesmos, nossa família e temos recursos para cuidar da saúde. A família é o núcleo, base e origem da sociedade. O dever de todas as ciências é propiciar uma melhor qualidade de vida ao ser humano para que ele possa buscar a felicidade.

Bibliografia

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Dicionário Júnior da língua portuguesa. 2° edição. São Paulo, FTD, 2.001.

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Enciclopédia júnior anglo-brasileira. São Paulo, Editorial Focus Ltda., 1.978.

Mercado de capitais. 6° edição. Rio de Janeiro, Elsevier, 2.005.

Sistema didático de ensino, ensino fundamental e médio. São Paulo, Editora Didática Paulista, 2.001.

Davy Almeida
Enviado por Davy Almeida em 21/03/2024
Reeditado em 21/03/2024
Código do texto: T8024750
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