Padre Antônio Vieira - seu legado poético e espiritual
Antonio Vieira foi um dos grandes discípulos de Jesus, o Cristo. Ele veio a encarnar, talvez para ser um segundo Cristo.
Sua retórica e poética era racional, com culto ao contraste: oposição de ideias.
Polêmico, Vieira foi jesuíta, contrário aos excessos da Inquisição e fez muito sucesso como pregador. Suas habilidades linguísticas impecáveis, sobretudo em retórica e oratória, tornaram-no o pregador oficial da corte portuguesa por um período.
António Vieira, mais conhecido como Padre António Vieira foi um filósofo, escritor e orador português da Companhia de Jesus. Uma das mais influentes personagens do século XVII em termos de política e oratória, destacou-se como missionário em terras brasileiras, em especial no Maranhão.
Foi realmente o maior sábio português que se tem conhecimento a viver como um estoico tal qual Jesus, tamanha a grandeza de tal Espírito.
Gosto de um poema citado por Divaldo, que tem estilo parecido com Vieira:
Goethe, “Anelo”: “Só aos sábios o reveles,/Pois o vulgo zomba logo:/Quero louvar o vivente/Que aspira à morte no fogo (....)//’Morre e transmuda-te’: enquanto/Não cumpres esse destino,/És sobre a terra sombria/Qual sombrio peregrino.//Como vem da cana o sumo/Que os paladares adoça,/Flua assim da minha pena,/Flua o amor o quanto possa!”
Em outras palavras, a intertextualidade é a relação explícita ou implícita entre os textos de quaisquer natureza. Imaginário e intertextualidade funcionam, pois, como conceitos demolidores de preconceitos em qualquer casa ainda não sinodal.
No estudo semântico de Padre Antônio Vieira, mestre em retórica e paradoxo, o leitor tem diante de si uma demonstração da elasticidade e da articulação possíveis entre os conceitos de imaginário e intertextualidade.
Graças aos grandes poetas do Barroco, tivemos traduções incríveis das escrituras sintetizadas em canções e poemas, o quão difícil é verter um poema de uma língua a outra, o que demonstra que Jeová, Deus bíblico, não estava de brincadeira quando misturou as línguas na torre de Babel, conforme ensinou José Saramago em seu último romance, Caim, no episódio da confusão das línguas.
Adaptação e análise - Decimar da Silveira Biagini, poeta metafísico