Recordações familiares
Casa de ferreiro, o espeto é de pau. Esse pensamento revela um certo padrão das nossas relações familiares. Dificilmente alguém de uma família é reconhecido pelos seus, por aquilo que revela. É muito comum familiares de escultores ou filósofos, expressarem admirações sobre pessoas de fora da família, quando aquilo que eles criam é esquecido. Lembro do pai que chamou os seus filhos e pediu que cada um quebrasse um ramo qualquer, era fácil. Mas quando ele pediu que fosse quebrado uma junta do mesmo ramo, ficou muito difícil. Então o pai disse, mantenham-se sempre unidos, pois enquanto estiverem juntos nada os quebrantará. Mas quando as crianças crescem e conhecem as suas afeições, esquecem esse ensinamento e passam a defender apenas as vontades de seus amores, esquecendo-se que os afetos passam, mas a família permanece. Devemos ensinar aos nossos filhos, os valores da família e isso só podemos ensinar se agirmos com propriedade com a nossa família, mesmo que distante. Espiritualmente falando, quando alguém é esquecido, por ser execrado na família, por questões políticas, policiais, drogas e muitas outras, algum descendente, assume as propriedades daquele foi condenado familiarmente. E isso acontece de forma bem sutil, no inconsciente coletivo familiar. Daí vem aquilo que popularmente se chama, as maldições familiares. Se você ama seus filhos, ame primeiro os seus parentes, por que é através deles que você vai mostrar para os seus pequenos, como é que você quer ser tratado, quando envelhecer. Na vida nada é por acaso, tudo tem um motivo. Se você quer ser feliz, faça feliz outras pessoas. Ouço a canto da graúna e já sei que está amanhecendo. Sento e rogo a Deus por todos que eu vejo e sinto. By Rick Steindorfer - 06/03/2024 17:03