OS EVANGELISTAS DO KONG
OS EVANGELISTAS DO KONG
EM CADA doméstica do lar, uma Vietcongue. Em cada seresta ao luar, uma canção Vietcongue. Em cada banda de rock, guitarristas Vietcongues. Em cada irmão de sangue, um Vietcongue. Em cada namorada, uma Vietcongue. Em cada investidor na Bolsa de Valores, um Vietcongue. Em cada sambista da Marquês de Sapucaí, uma Vietcongue. Em cada porta-bandeira, uma Vietcongue. Em cada político de direita, um Vietcongue. Em cada esquerdista, um Vietcongue.
EM CADA médico sanitarista, um Vietcongue. Em cada dentista dodomita, um Vietcongue. Em cada padre na missa, um Vietcongue. Em cada manifestação de domingo, um Vietcongue. Em cada militar golpista, um Vietcongue. Em cada general bozonarista, um Vietcongue. Em cada pastor tipo Silas Malacraia, um Vietcongue. Em cada evangélico fanatizado, um Vietcongue. Em cada mãe de família polarizada, uma Vietcongue. Em cada suprematista de direita, um Vietcongue.
EM CADA transeunte apressado, um Vietcongue. Em cada motorista de taxi, um Vietcongue. Em cada pecador arrependido, um Vietcongue. Em cada pai de família aflito, um Vietcongue. Em cada paisagem paradisíaca, um Vietnã. Em cada dobra da esquina, um Leviatã. Em cada noivinha da Pavuna, uma Vietcongue. Em cada general de escuna, um Vietcongue. Em cada empresário de supermercado, um Vietcongue.
EM CADA cirurgião Perneta, um Vietcongue. Em cada decreto do Faraó, uma mensagem Vietcongue. Em cada Pedra da Roseta, um hieróglifo Vietcongue. Em cada seresta romântica ao luar, uma canção de coração Vietcongue. Em cada conquista ao luar, um namoro Vietcongue. Em cada passo do astronauta na lua, um salto da humanidade Vietcongue. Em cada discurso congressual, um recado Vietcongue. Em cada programa da CIA, uma agressão Vietcongue.
EM CADA incursão nazifascista, uma jornada Vietcongue. Em cada escola de samba, uma academia Vietcongue. Em cada faculdade, um professor Vietcongue. Em cada universidade, um agrupamento Vietcongue. Em cada cantão de boteco na cidade, uma casamata Vietcongue. Em cada lupanar de subúrbio, uma baiuca Vietcongue. Em cada comissão do Congresso, um refúgio Vietcongue. Em cada apartamento familiar, um lar doce lar Vietcongue. Em cada maternidade, uma mãe Vietcongue.
EM CADA erupção cintilante, uma ameaça Vietcongue. Em cada sistema solar, há planetas Vietcongues. Em cada música romântica, há uma afeição Vietcongue. Em cada Templo religioso, um pagode Vietcongue. Em cada Em cada Igreja a rezar, fieis de joelhos Vietcongues. Em cada aluno vestibular, um futuro universitário Vietcongue. Em cada solo de guitarra, um som de banda Vietcongue
EM CADA blitzkrieg, militar, um preso Vietcongue. Em cada caravela aportada, colonizadores Vietcongues. Em cada fornalha de pão, padeiros Vietcongues. Em cada foguete da NASA, cientistas Vietcongues. Em cada satélite lançado ao espaço, conquistas Vietcongues. Em cada canção de amor, há romances Vietcongues. Em cada editora de autor, um Coelho Vietcongue. Em cada discente leitor, um Vietcongue.
EM CADA “rachadinha” que um político faturou, um deputado Vietcongue te lesou. Cada uma das bombas que matam crianças no massacre em Gaza, um exército Vietcongue covarde, de anjos sem asas, atuou. Em cada cidade avassalada pelos descendentes de Catariana, a Grande, um sociopata Vietcongue. Quanto mais Voluntários da Pátria, mais guerrilheiros Vietcongues. Quanto mais patriotas de farda, mais militares Vietcongues de exército Brancaleone.
QUANTO MAIS se repete o slogan: “deus, pátria, família e liberdade, mais se alimenta um fanático Vietcongue de extrema direita. Quanto mais pessoas sodomizadas, mais legiões de Vietcongues do pátria amada. Quanto mais Alienígenas do Passado, mais astronautas Vietcongues. Quanto mais fascistas de extrema direita, mais fanatismo Vietcongue na evangélica seita. As sociedades secretas estão cheias de "SS" Vietcongues. Em cada Cristo Redentor, um Vietcongue. Em cada declaração de amor, um Vietcongue.
DOMINGO, 25, legiões de evangélicos da “Bíblia das Tretas” estarão na Avenida Paulista ocupada por capetas. — A vida que depende da vontade de dominação do Rato (das joias), está vulnerabilizada pelas hostes do danado. — O Recruta Zero, que virou o Capitão Brancaleone expulso do Exército, caiu no “conto do vigário” do Silas Mala Falho. Não vá no trem do domingo 25, depois não diga que eu não avisei.