ENCONTRO DE AMIGOS - CASA DO ISIDORO - 03-FEVEREIRO-2024

Querido Isidoro, nosso anfitrião;

Queridos colegas do DER-MG e da COOPEDER;

Demais amigos aqui presentes.

Peço licença para começar esta reflexão, lembrando-me do dia em que conheci o Isidoro Afonso de Araújo Lima, amigo do mais alto nível que, generosamente, nos convidou para estarmos hoje aqui presentes.

Antes de dar prosseguimento à minha fala, não posso deixar de dizer que o Isidoro para mim é um exemplo de generosidade, de alegria, respeito e descontração. Através de seus exemplos, muito aprendi nesses longos anos de amizade.

Isidoro, foi exatamente no ano de 1967, quando estava em minha doce juventude, sob a chefia do saudoso Jair Marques Penido, me dispus a fazer serviço extra no Serviço de Protocolo e Arquivo do DER-MG, a fim de ganhar algum dinheirinho a mais, já que, como Contínuo, menor de 18 anos, recebia apenas meio salário mínimo. Você, com seu estilo, sempre educado e gentil, me dirigiu a palavra: “Luiz, sei que você é Contínuo, e está estudando. Que curso você está fazendo e que série.” Respondi: Estou na segunda série do Ensino Médio, Curso Clássico. No Colégio Municipal de Belo Horizonte. Você, naquele instante, me parabenizou e me elogiou, me valorizando. Quem diria, há mais de 57 anos, estava começando uma amizade tão sincera e duradoura. Sempre em contato, meu amigo, seguimos, juntos, nossa trajetória no DER e na vida. Fiquei orgulhoso quando você, ao entrar de férias, como Assessor do Vice-Diretor, Dr. Otto Lopes de Figueiredo, aqui presente, grande amigo, me indicou para substituí-lo, no período de suas férias. Com os olhos arregalados, meio assustado, perguntei a você se eu daria conta do recado, ainda mais trabalhar com o 'Chefe Otto' que era muito enérgico e exigente. Você, imediatamente, me respondeu. “Acha que eu te indicaria. Claro que dá conta.” Não me esqueço disso. Fiquei muito orgulhoso de tê-lo substituído e trabalhado com um dos profissionais mais inteligentes e dedicados que o DER teve em seu quadro de trabalhadores.

Pessoal, acho que a ideia do Isidoro de nos chamar para esta confraternização foi muito oportuna. A alegria que cada um de nós traz dentro do coração está sendo manifestada de forma sincera e acolhedora: através de um sorriso, de uma conversa agradável, ao trazer à tona lembranças que ficaram no passado, mas que marcaram nossas vidas. E tantas coisas que unem os verdadeiros amigos.

Acredito que o motivo mais importante desse encontro se baseia em um dos pilares tão significativos de nossas vidas: a amizade. Ao nos reunirmos, demonstramos o quanto é valiosa a amizade e o tanto que ela nos faz bem. Julguei por bem, para reforçar o tema, transcrever um texto de Fernando Pessoa, do grande poeta português, por quem tenho grande apreço:

"Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos. Nem tão longe e nem tão perto. Na medida mais precisa que eu

puder. Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida. Da maneira mais discreta que eu souber. Sem tirar-te a liberdade,

sem jamais te sufocar. Sem forçar tua vontade. Sem falar, quando for hora de calar. E sem calar, quando for hora de

falar. Nem ausente, nem presente por demais. Simplesmente, calmamente, ser-te paz. É bonito ser amigo, mas

confesso é tão difícil aprender! E por isso eu te suplico paciência. Vou encher este teu rosto de lembranças. Dá-me

tempo, de acertar nossas distâncias…"

Pois bem. Continuando minha reflexão, emocionado, creio que cabe aqui, também, uma expressiva palavra: Gratidão. Não é somente uma palavra, mas um sentimento que, tenho certeza, está no coração de cada um de nós. Por tudo que somos, pela alegria, pelo amor existente entre nós, pela forma com que vamos conduzindo nossas vidas. Temos muito que agradecer a Deus, nosso Criador, por tudo isso.

Há ainda muitos amigos que gostaríamos que estivessem aqui. Muitos mesmo. Há uma lista enorme. Vários não estão porque Deus já os chamou para morar com Ele, na eternidade, já que cumpriram sua missão. Foram embora. Alguns precocemente. Deixaram uma saudade imensa. Há também aqueles que, apesar de convidados, tiveram um motivo justo para não comparecer.

Com um carinhoso beijo no coração de todos, encerro minhas breves palavras com uma frase já conhecida da qual eu gosto muito:

“OS BONS AMIGOS SÃO COMO ESTRELAS: VOCÊ NEM SEMPRE AS VÊ, MAS VOCÊ SABE QUE SEMPRE ESTÃO LÁ.”

LUIZ GONZAGA PEREIRA DE SOUZA

Aos três dias do mês de fevereiro de 2024.