Confraria divina (1)

"Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?" (Mateus 12:46 a 50)

Há duas posições que situam o Espírito humano.

Uma, absoluta, a outra, relativa de contexto e conforme a sua sexualidade, esta entendida como energia criadora pela qual ele se relaciona de modo específico com o outro e as suas necessidades, dosagem de intimidade, enquanto irmão parental, primo, filho, tio, sobrinho, neto, avô, consorte etc.

A posição absoluta é a de criaturas geradas por um único Ser, "causa primária de todas as coisas".

Esta revelação no-la dá a religião, pela impossibilidade, por enquanto, de alguma ciência humana o fazer.

A sabedoria está em, uma vez compreendida a revelação psíquica, não perder o foco, assumindo a atitude moral que a ética preconiza, nas relações das posições relativas travadas na sociedade intrafísica, ou seja, a de sermos criaturas irmãs que se devotam afeição sincera, respeitosa e justa, sem contrariar antes ao encontro da caridade, para que reine a paz com o lucro havido por todos!

Por vezes, ativar a ciência da posição absoluta é um piloto automático que auxilie na melhora das relações sofríveis, frenando reações de permanência de conflitos. Mesmo que uma criatura não se perceba divina, a outra sabendo-a assim, por isso ou por conta desta procedência, não investe contra ela. Tem analogia à passagem evangélica que considera ser preciso discernir e ter por inimigo o mal do homem não o homem.

Você como meu irmão parental é crocodilo, mas é meu irmão em Deus; (...) minha sogra, cascavel, mas é minha irmã em Deus! Eis o desafio de ver o Criador e a Sua obra em tudo e todos, reverenciando-O.

O espírito fraternal é uma lição a ser demonstrada em vivência pela entidade divina de modo a educar-se integralmente.

É um problema que cada uma traz, frutos de suas posturas atitudinais com as outras nos tempos vividos de existências pretéritas ou mesmo atual.

Ela pode estudar cada relação que trava com as outras enquanto irmã, irmã de ideal esposado, prima, filha, mãe, colega de trabalho etc.

Verificada a glacialidade que estabeleça a distância por motivo de animosidade, principalmente, eis que surge a necessidade de acolher o problema e buscar equacioná-lo. Embora respeito devido às decisões de cada ser humano, postergar, adiar talvez não seja uma melhor estratégia.

Neste sentido, a vida é pura matemática, é por esta que a ponta do segundo quirodátilo da criatura pode vir a tocar o do Criador!

Ao Espírito humano são propostos problemas genéricos, diversos, não necessariamente maus, incentivando-o a soluções, das quais ele é dotado, tem condições e aptidões, múltiplas inteligências estão em seu DNA (divino).

É preciso encarar, tomar a si, se o que o anime seja progredir e ser ditoso.

O Cristo, na persona de Jesus, Mestre entre nós, tendo ralado certamente ao curso de n existências, para perfazer todo o caminho e galgar o grau máximo de 'doutorado', com razão e autoridade moral espiritual, asseverou-nos que amar verdadeiramente em todas as condições é coincidir com a sua atitude, estando no mesmo caminho que Ele vive(u) a percorrer permanentemente e sem desvio, cansaço ou desistência.

Confraria divina (2)

"Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?" (Mateus 12:46 a 50)

Família é a palavra que converge ao consenso como solução, até mesmo permanente, para inúmeros problemas humanoexistenciais.

Certamente que encerra atitudes que se espera, em expectativa, no binômio dar-e-receber.

Também pode se lhe aditar ao conceito descomplicado, noções de sociedade assim como consórcio.

Nessa empresa informal há, para a sua mantença, coparticipações de auxílio, amparo, defesa, quando se pretenda auferição de lucros de felicidade, bem-estar, segurança, dentre outros.

Entretanto, os propósitos para associação familiar importam e merecem análise face a múltiplas ocorrências sociais.

Congregar-se é necessário, sem dúvida, porém importa definir por que propósito, qual finalidade.

A sociedade primeira, que é biológica, suscita o exercício e o aprendizado, prognosticando a natureza do membro social atuante além cercania parental.

Pela crítica possível e permitida às atitudes do cotidiano, obtêm-se três resultados, na falta de um critério melhor, que acarrete entendimento.

No primeiro, poder-se-ia agrupar os membros ou células da família biológica que atuam justamente, valorizando a moralidade.

No segundo, os de comportamento antiético, resumidamente.

Finalmente, os terceiros, denunciados na condição de sociopatas.

Neste estudo provisório, mas fincado sobre o chão da realidade humana e social, a proporção da finalidade ideal dos agrupamentos familiares é superada, em posição desconfortável, de um/terço.

Retirado o véu da ideia superficial, conquanto válida, de família, revela-se a importância do propósito das associações parentais biológicas.

Terá sido válido aprender e ensinar, do berço, segregação, discriminação, dissimulação, avareza, difamação, impiedade, sectarismo, omissão, glacialidade, feminicídio, misoginia, racismo, enfim, muitas ações que compõem o quadro do ir e vir da e na macro sociedade?

De bom alvitre evocar a sentença de ser, a família biológica, a célula do (organismo do) mundo.

Seria o laboratório oportuno a que se aproveite o ensaio para a atuação no macro encontro social.

Perpassa a ideia de dependência sempre, gregarismo.

Deveras, o ser é dependente e agrega-se à sua família genética, abstração da orfandade e similares.

Mas a família biológica por sua vez faz-se dependente, urgindo agregar-se, por diversos interesses.

São círculos concêntricos que se vão desfazendo, para que somente um, o último, gigantesco predomine, e encerre no seio todas as famílias provisórias, iniciadas acanhada limitadamente na consanguinidade.

Dos líderes espiritualistas, o Mestre Jesus aludiu ao tema, fazendo observar da urgência em cada ser humano abraçar moralmente sua família universal, tendo em vista proceder(mos) de o único, inigualável Criador, o qual cognominou de Pai.

Confraria divina (3)

"Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?" (Mateus 12:46 a 50)

A família, via de regra, é uma associação garantida pela sintonia necessária, com pendores semelhantes, de seus congregados.

Não encerra o propósito de união hermética, por quaisquer motivos, ainda que dentre eles, houvesse o da autossuficiência, em todos os aspectos.

Por enquanto soe utopia, afirmar excelência da educação holística no seio das famílias mundo afora.

Em razão de obra inacabada, perfeição relativa por atingir, todo grupamento biológico primeiro urge a interação, abertura de portas à entrada de recursos externos de modo a preencher lacunas que edifiquem para melhor o caráter dos entes familiares congênitos.

Assim é que nos janeiros da existência, o homem mirim é remetido a cuidados da escola de ensino formal, que nele semeia noções científicas sob neutralidade do estado laico, na maioria dos casos, nada obstante ser lícita a associação para fins religiosos, quando o permita o regime democrático da nação a que esteja vinculado.

Evidente que outros cuidados são somados aos citados anteriormente, alargando o círculo da sociabilidade a que fica suscetível o ser familiar que se associa multiplicando os seus contatos, ensejando-lhe atitudes e aprendizados, para consolidação de seu patrimônio que o defina quem é, o qualifique homem bom.

Isto posto, o grupamento familiar de origem comum biológica, com janelas ou portas cerradas à assistência adventícia e sempre bem-vinda, poderia causar estagnação quando não progresso negativo a pendores descabidos para a harmonia social e mesmo fatores de desventura pessoal, divergindo à meta primordial que é o brilhantismo do ser que gere a existência focado em amar a si mesmo e a todos, sem falsidade nem intenções censuráveis que firam o senso da ética humana ideal.

Seraphim
Enviado por Seraphim em 13/10/2023
Código do texto: T7907565
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