A MORTE E O SOFRER
Faço terapia há aproximadamente três anos e meio.
Em todo esse tempo, pude aprender muito sobre mim e ainda me encontro nesse processo.
Porém, essa apenas é a introdução do assunto, acredito ainda não ser o momento de falar de mim, e sim do que o título do texto se propõe a dizer.
Depois de muitos anos sem entrar em contato com a leitura, este ano quis retornar com este hábito, e estou lendo o 5º livro, emprestado pela minha psicóloga. O mesmo é, de certa maneira, conhecido, e se chama A Morte É Um Dia Que Vale À Pena Viver.
Estou longe de terminá-lo, mas senti a necessidade de compartilhar uma das visões bem interessantes que ele me proporcionou, que é justamente o fato de, muitas vezes, atribuirmos nosso valor ao cuidado que destinamos aos outros, nos esquecendo, assim, de definirmos nossa própria identidade e autonomia (e nossa validação) pelo nosso próprio prisma e olhar.
Isso significa que, à partir do momento que buscamos o nosso autoconhecimento, por meio de nossas experiências de vida. e priorizamos também nosso autocuidado (o que eu seu que é difícil nos casos de hoje), nós conseguimos impor limites saudáveis ao nosso próprio existir, e, dessa forma, auxiliar quem amamos a viver uma vida com mais sentido e significado.
O livro também evidencia que essa prática é difícil de ser consumada em seu dia a dia. Porém, a autora mostra, de forma pragmática, à partir de sua própria experiência em sua graduação, que à partir do momento que tentamos cuidar de uma pessoa que se encontra em risco iminente de morte, sem nos atermos às nossas próprias necessidades físicas, mentais, e afetivas, estes cuidados não serão endereçados ao outro de forma eficiente e efetiva.
Este ainda é um breve relato sobre o livro, constando apenas uma parte de todo o aparato reflexivo que ele oferta ao leitor.
Conforme for tendo mais divagações acerca do assunto, compartilharei aqui pra quem tiver interesse em ler.