Mundo parasitário, depressivo, de relações vazias

Vivemos em tempos líquidos, de relações e vidas vazias.

A única necessidade de nossas limitadas e contraídas mentes é da nossa auto satisfação, do prazer próprio, da elevação do próprio ego.

E para que?

Para termos pessoas, coisas e momentos que só nos conduzem ao mais Profundo abismo de solidão dentro de nós mesmo.

Ao ponto de não suportarmos a nossa própria companhia.

Tudo o que se busca é em prol dos próprios, líquidos e vazios interesses, os quais, por sua vez, conduzem-nos a nossa própria (e cada vez maior) solidão.

Nunca tivemos tanto

Nunca nos satisfazemos tanto

Nunca fomos tão realizados

Nunca tivemos tantas amizades

(e ao mesmo tempo, não temos ninguém)

Mas também nunca fomos tão vazios.

Me pergunto, aonde estão os heróis desse século? Será se a vida é isso mesmo?

É viver para nossos próprios interesses, trilhantes da solidão?

Ser bom não custa muito.

Viver pra nossos próprios interesses, pode custar a própria vida.

Penso que essa inanição dos gestos heróicos e do altruísmo deliberativo, se justificaria, como se justifica a fase de crescimento das plantas, que primeiro e timidamente faz crescer suas raízes sob o solo, para após despontar altruística e heroicamente sobre a terra.

Não somente existindo parasitariamente, consumindo os recursos da terra, mas nos salvam com suas respectivas existências.

São belas, liberam oxigênio essencial à vida, são filtros de impurezas, não fosse já o suficiente, pode curar males, como depressão, pela simples e singela presença.

suellen campel
Enviado por suellen campel em 23/09/2023
Reeditado em 23/09/2023
Código do texto: T7892653
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