APENAS FUGINDO DO FRIO

De tanto bater na janela, fez com que eu acordasse de um sono profundo no meio da tarde de um sábado bolorento.

Era o vento querendo fazer uma visita inesperada,sem ser convidado, ou dando uma de despertador.

Chuva somada ao tempo feio, um nada lá fora, pessoas entocadas como raposas em suas tocas, apenas fugindo do frio, as árvores apesar de não demonstrarem estavam mais pesadas, não haviam apenas seus galhos folhas e frutos.

Existiam em sua composições aves de pequeno e grande porte; impuleiradas em seus galhos, como árvores de natal.

Estavam as mesmas apenas fugindo do frio.

O mundo parecia parado mas não estava; apenas mais lento como coração de urso hibernando.

As vezes temos que dar uma pausa da vida, como as noites de sono.

Se agasalhar e se envolver num cobertor que lhe proteja do insistente encômodo da mudança brusca de temperatura, idêntica a vida com suas mudanças repentinas , não aceitáveis por nós, então nós protegemos na nossa concha particular alheios ao que nós cerca.

Uma pequena pausa do acelerado cotidiano.

E nada mais, talvez apenas fugindo do frio.

( George Loez Escritor)

( Do meu livro: Textos Avulsos)

George Loez
Enviado por George Loez em 12/07/2023
Código do texto: T7835027
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