A FARSA

Quando criança a gente acha graça em tudo, talvez seja pela descoberta das novas coisas que surgem uma atrás da outra como bolhas de sabão num brinquedo infantil, bolhas brilhantes numa leveza flutuante, que depois explode pela própria e frágil constituição.

E que a pressão vindo de fora é maior no princípio, então juntos naqueles milésimos de segundos encantamos também rapidamente, na mesma velocidade, depois vem a frustração do cotidiano a tirar a beleza; antes adquirida pelo olhar.

Vem a adolescência e a ideia de sabermos de tudo, de uma pequena sapiência a nós querer reafirmar em tão pouco tempo num diálogo falso sobre o que é ou não e real; para uma soberba ridícula em acreditarmos num conhecimento de algumas horas, se comparado com o quantitativo do tempo que ainda virá.

Viramos adultos, e ainda somos ludibriados com nossas ilusões, criadas pelas distrações de nossos vícios, estas artimanhas quase naturais pela repetição, onde a mente aceita pela incapacidade da verdadeira aceitação da realidade e das imperfeições existentes em tudo.

Desde então; vem outros coadjuvantes desta história.

A bebida traz um sorriso sem alegria.

A falsa companhia do cigarro a consumir nosso tempo de angústia.

Um tipo de amigo silencioso e voraz, que se alimenta da juventude existencial de tudo que nos compõe.

Nos é apresentada todo tipo de substância; como grandes amigas, a dizer que está tudo bem, mas no fundo não está.

Então envelhecemos perante toda " a farsa "psíquica"

Toda está enganosa estrutura da decadência social, num palco da história de cada um, encenando uma vida com a "felicidade" entre aspas enfatizando, como protagonista, e a tristeza vem como a vilã, matando nossa inocência, e desvendando a verdadeira imperfeição.

Alguns por sorte não terão contato com estas mentiras, mas sempre existirão outras muito bem boladas.

Se não são os jogos de azar são a promiscuidade exacerbada, vídeo games a criar para a juventude um mundo de lutas e várias vidas .

Ou o remédio nosso de cada dia, tirando nossas ansiedades e nos dando algumas horas de sono dormência e paz.

A legalidade vem de acordo com os protocolos de faturamento mútuo, daí tudo se torna legal, e a ilegalidade desaparece na fumaça do que e queimado a nossa frente, provas que viram pó mesmo frente a descarada decadência.

E a moderação será " o rótulo "uma desculpa sobre a desculpa do uso de tudo.

E só o amadurecimento nos mostrará bem lá na frente perante o final, em formato da dor individual, e veremos a nossa real e fugaz condição humana como ela é.

( Do meu livro: Textos Avulsos)

( Autor: George Loez)

George Loez
Enviado por George Loez em 21/06/2023
Código do texto: T7818711
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