A QUEDA
No tropeço compreendi!
Foi aí que evolui para a segunda etapa do jogo; haviam muitas coisas entre eu e o objetivo, obstáculos invisíveis, totalmente imperceptíveis a olho nu.
Esbarrei em alguma coisa ou alguma coisa esbarrou.
O encontro entre a causa e a consequência, um abraço entre a sinergia do impacto na casualidade.
Sendo mais claro; estava caminhando e não prestando atenção pelo caminho, mirando apenas o objetivo, distrai sobre um ressalto, bati "tropiquei" e fui ao chão.
Além de ficar assustado, fiquei também chateado e desconfortável com a situação.
Reerguido, me limpei, e por sorte não sofri nenhum dano material, nem um rasgo mínimo que fosse nas vestes, resvalou a pele e com ela aquelas pequenas dores no joelho e na palma das minhas mãos, no reflexo da proteção salvara de algo pior.
Depois do fato, fiquei mais alerta e terminei meu caminho mais seguro, e isto me fez pensar que seguir em frente era o melhor caminho, e que era mais fácil continuar.
Ficar ali parado não ajudaria e retroceder só iria atrasar o inadiável compromisso.
Descobri que a desistência é a escolha antecipada do fracasso.
E que existe um aprendizado e beleza na queda, se cair fosse sinônimo de derrota, não existiria a beleza nas cachoeiras, e que independente logo após o rio continua o fluxo mais forte ainda.
Segui o exemplo das força e determinação do caminho das águas.
Enfim...
( Do meu livro: Textos Avulsos)
( Autor: George Loez)