Existe uma relação interessante entre o “complexo de inferioridade” e o “complexo de superioridade”. Com muita frequência, as pessoas oscilam entre essas duas experiências do eu. Trancados em um mundo interior de auto-ódio, eles compensam demais saltando para a pretensão de elitismo.
Infâncias traumáticas e extremas tendem a nos catapultar para um terreno muito polarizado. Somos isso ou aquilo, mas nunca somos os tons de cinza intermediários.
A maioria de nós ja passou por isso quando criança. Em um momento somos autodiminuído, em outro momento, colocamos uma capa imaginária de um falso super-herói e espertinhos pronto para conquistar o mundo. E fato que esse mecanismo nos serve por um tempo, mas o tempo e as fases de despertar para o autoconhecimento, nos faz de forma até natural, perdendo esse mecanismo "imaginário" de heroísmo. Afinal, existe um ponto de equilíbrio sagrado: um ego saudável que reconhece seu significado sem se imaginar “tudo isso”. Chegar a esse lugar exigi que fizéssemos anos de trabalho terapêutico preenchendo o meio. Para construir um senso de identidade até que seja forte o suficiente para admitir nossas imperfeições e honrar o nosso valor.
Percebe. Este é o trabalho de nossas vidas. Parar de oscilar entre autoidentificações sem fundamento e abraçar cada parte de nós. Imperfeito e perfeito. Não é horrível e nem belo. É apenas, Humano.