O militar Joaquim José da Silva Xavier, que tinha a patente de alferes, também era dentista e, por esse motivo, ganhou o apelido de “Tiradentes”. Ele viveu na época do Brasil colonial, no período conhecido como “Ciclo do Ouro”, naquele tempo, século XVIII, de toda a extração aurífera (mineração de ouro), a quinta parte (20%) era devida ao erário, ou seja, era enviada aos cofres da voraz coroa portuguesa, cujo “apetite” pelo “vil metal” era praticamente insaciável. Como o clima na colônia era muito quente, e esse imposto era muitíssimo impopular, ganhou o carinhoso apelido de “O Quinto dos Infernos”.
Nesse ambiente de injustiças e exploração, os abusos foram tantos que culminaram em uma insurreição, ou seja, tanto o povo como as elites mineiras se revoltaram contra a exploração e os desmandos dos portugueses. Não obstante a união das pessoas em torno de um objetivo único, qual seja, livrar-se da opressão portuguesa, desde aquela época, havia também os canalhas, os velhacos e os delatores de plantão, mais preocupados com os seus interesses pessoais, sempre em detrimento do bem-estar da maioria da população. Por esse motivo o movimento ficou conhecido como Inconfidência Mineira, haja vista o famoso delator e velhaco de plantão, o sr. Joaquim Silvério dos Reis, que denunciou os principais membros do movimento em troca de vantagens pessoais.
Ironicamente, a maioria dos líderes era composta por pessoas pertencentes a famílias ricas e influentes, menos o nosso querido alferes, que fazia um “bico” de dentista. Dessa forma, adivinhem só o que aconteceu: Já que não tinha as "costas quentes", Tiradentes foi o único condenado à morte! Ele foi o bode expiatório, o boi de piranha, pois foi enforcado e depois esquartejado! Nesse "show de horrores", partes de seu corpo foram espalhadas pela região e ficaram expostas a fim de servir de exemplo e desmotivar o surgimento de novos movimentos revolucionários!
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