TRUCO
Não citarei nomes, não me é permitido sacrilégios,de agora em diante estarão em sigilo quardados na minha memória.
É acreditem que já levei este tipo de notícia desagradável pra muita gente.
Existia até um certo euforismo no falar, para ser eu o primeiro a levar a notícia como um tipo de vantagem.
Hoje não! Apenas guardo o fato de um conhecimento destes dentro da memória.
É comum notas de falecimento nos jornais e rádios, e maís comum ainda nos encontros de bares, e em salões de beleza ,etc...
Qualquer lugar que aglomerar mentes vazias ou cheias do que não é preciso ser dito.
Mas eu não, não mais levarei estas fúnebres notícias.
Não direi como foi a morte de fulano nem beltrano, se a causa, foi trágica ou calamitosa, sinistra ou não.
Antigamente diziam:
" morreu que nem um passarinho" numa forma de amenizar a ida.
Há bem da verdade está frase nos chega quase todos os dias, e ela é imposta pela proximidade da pessoa entre o locutor e o ouvinte.
E quando vem de uma figura pública a representatividade e enorme, traz uma ênfase sem igual comparativos...
Primeiro vem o aspecto da notícia, depois
cria- se uma comoção.
Impactante dentro da importância de cada um, para cada um.
Ontem mesmo encontrei com um velho conhecido meu; que me trouxe um fato de infortúnio, e por mais que se surpreendam, hoje tive a notícia sobre este amigo, sim o mesmo que passou o questionamento mortal, também tinha ido.
E nem sabia esta pobre alma que iria a menos de 24 horas da notícia dada sobre a morte do outro, ele também tinha virado notícia.
Deus nos livre daqueles 15 minutos de fama funibre.
Carregamos a ideia da eternidade sobre o assunto da morte, criando um distanciamento, uma espécie de realidade inventada, a morte nunca esteve longe, nascemos com ela como um sinal na pele da existência.
Sempre será uma lamentável notícia!
Em outras culturas são festejadas, talvez estejam superiores perante a evolução sentimental.
Sofremos por conta do apego, esta forma de amor doentio.
Sabemos que um dia chegará a nossa vez, e alguém a dirá sobre nós,:
Sabe quem morreu?
Somos peças de um jogo de baralho da vida, não importando se somos um rei ou rainha, dama,valete, copas enfim.
A hora derradeira chegará, a hora e o momento da nossa vez de sermos lançados na mesa.
A carta que finalizará o jogo.
Será o destino jogando com a vida e com a morte, e a morte traiçoeira, que nunca perde. Retirará a carta escondida na manga esperando o seu desfecho final.
Dizendo :
Truco!
Bati!