CIDADÃO COMUM

Sou este no meio de tantos outros.

Não sou o que vocês deduzem pela sua distante observação.

Eu sou eu e nada além disso, não me construirá!

Minha biografia e curta, e se difere da sua apenas pelo número de pessoa física.

No mais, bem não tem mais nada além do nosso diferente endereço geográfico, talvez no que eu tenha demais, você tenha de menos, ou onde talvez tenho menos você tem mais.

Não sei se este discernimento é sobre eu ou você,mas tanto faz no fundo somos uma soma, ou uma coisa só, histórias repetidas em folhas diferentes, um livro igualitário.

Frustrações, aprendizados alegrias, superações, tristezas, deslumbres e trajedias tudo ao fundo da cortina fechada, estes são os cenários por trás das histórias.

Por detrás dos bastidores, só cabe a cada um de nós.

Até onde vai a tua arrogância ou minha calma ou vice versa.

Estamos no palco do existencialismo,onde a sociedade; é a mesma plateia que nos assiste, somos apenas coadjuvantes numa odisseia que não parece ter fim mas o tem, impossível de ver pela mesma distância do princípio do espetáculo.

Não sou o carro que dirijo e nem a motocicleta que não tenho ou o avião que piloto, estes são meus suvenires quando não caminho ou corro na liberdade dos meus movimentos ou na minha invalidez.

Sou de fácil entendimento sem códigos complexos para decifrar.

Não sou nenhum galã ou ser repugnável que não possa me ver diante do espelho, não sou nenhum mentecapto ou gênio dentro de um comparativo.

Sou um passageiro dentre tantos, não sabendo ao certo onde vou parar.

Ou sei e não quero enxergar o momento de desembarque.

Sou um simples cidadão comum, muitas vezes despercebido entre bilhões de outros possíveis eus, espalhados pelo mundo.

George Loez
Enviado por George Loez em 27/03/2023
Código do texto: T7749886
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