GIZ
Já fiz tantas coisas do qual não me arrependo, assertivos feitos.
Alguns deram-me mais conhecimento, e quanto mais conhecimento mais abrangente fico sobre a vida.
Algumas dessas coisas,já quis apagar , para nunca mais, e outras quis gravar no quadro da memória para jamais esquecer.
É! A vida com seus desenhos geometricamente corretos e outros totalmente sem direção, rabiscos e garranchos, um abstrato demonstrativo de tentativas.
Não erros!
Os erros são fáceis de reconhecer, eles carregam um invisível peso na balança da vida, e o equilíbrio se esvai.
Há uma certeza apenas, nenhum aprendizado é ruim, por mais que machuque, são eles que nos moldam, como mãos de um grande artesão.
Há também muitas formas de escrever a história:
Com a suavidade do lápis, que se desmancha com a branca borracha na pressão dos dedos das mãos.
Existe também a caneta que marca o papel, ela exprime bem o que queremos, e sendo mais rigorosa, não permite erros.
Entre tantos, gosto do "giz" de louza, que se apaga com o girar da simples esponja.
Lembro desta aprendizagem no colégio, entre uma matéria e outra.
O giz escrevia o aprendizado, e vinha a esponja a limpar um espaço onde não se cabia mais escrever.
Aprendi muito com as coisas que consegui apagar e ver outros apagando nas suas experiências, e existem outras escritas que carrego comigo até hoje, como eternas marcas sobre o que fiz.
( Do meu livro: Textos Avulsos)
( Autor: George Loez)