Ratificando a Política
A Política é o diálogo de resultado eficaz para a concórdia e a paz social. Antídoto à violência pela negação de que a força estúpida faz o direito.
Deve ser plantada no currículo do homem desde pequeno em fase escolar.
Devidamente filtrada do conceito pejorativo e até certo ponto ingênuo, para que seja o instrumento puro, pelo qual o Bem seja exercido e dele se beneficie a coletividade.
Fazer Política deve ser praticar justiça, na assunção do mandato, conforme pacto social.
Alçada à condição de ciência do exercício do Bem, não há exclusão do ato político; todos o praticam, filiado ou não: apolítico ninguém o é. O que muda, conservada a essência, é o método, o caminho ao exercício: do profano ao religioso, intercalado por outros, diversos.
Na Câmara, no Senado, no Sindicato, oficialmente é assegurar o direito e cumprimento das lídimas aspirações conforme demandas emergentes.
Nos degraus do exercício político, o Sindicato situa-se no meio da escada, ligando o trabalhador a instâncias superiores.
Alvo também de conceito depreciativo pelos incautos, o Sindicato procura os interesses da classe trabalhadora contra o patronato, na costura de acordos homologados por Órgãos de justiça trabalhista. O fiel da balança acionado, o equilíbrio estabelecido, a conseqüência é a satisfação bilateral garantida.
A abertura democrática e a sua prática habitual são extremamente salutares, por muitos fatores: conclama e oportuniza a participação espontânea consciente e compromissada; torna o exercício político em campo transparente sob controle de auditorias, investigações; arrefece e elimina a pretensão do mandato vitalício; julga o desempenho de mandato, dentre outros.
No Brasil oligárquico até há pouco tempo, sobretudo de fato, é natural o incômodo e a perplexidade iniciais face à liberdade (negada e reprimida: pra que te quero?) a patrocínio da Democracia, concitando à responsabilidade, à cumplicidade do ato político.
Um sério motivo ao distanciamento é a divulgação da inadimplência e corrupção através da imprensa. Mas tais ocorrências refletem resquícios de um passado podre, sem chances de recuperação ou recrudescimento, à medida da consolidação definitiva da Democracia com aperfeiçoamento dos instrumentos da jurisprudência, suprimindo brechas eventuais que suscitem interpretações convincentes, por ajustes lógicos, à isenção de punição ou até mesmo preservação de direitos: mandatos e/ou bens, por exemplo.
Os escândalos, vexames para uma Nação, tendem a diminuir até a extinção, sob confiança do tempo democrático justo e sério, impossibilitando a farsa, a inadimplência ilesa, o retorno no mandato político em qualquer instância de interesse coletivo público ou privado vinculado. Aduzindo exemplos mundiais afora, recorde-se a limpeza irrepreensível de que sofreu a política italiana, erradicando a máfia que grassou; (...) um político no Japão que não podendo evadir-se a seu deslize, suicidou-se semelhante a kamikaze, e por aí vai...
A população brasileira, se educada na política e consciente no fazer política, há de melhorar as relações sociais no contexto a que pertença; conduzirá a melhoras progressivas a qualidade do elenco representante dos interesses das coletividades, rescindindo contratos sociais de malversadores, corruptos, pelegos, demagogos, seja na Câmara municipal, na governadoria, no Congresso Nacional, nos Sindicatos das ocupações profissionais: as urnas eleitorais permitem o cometimento. Repudiemos a politiquice