Adeus

Sinto o fio da navalha sob a minha pele.

A morte dança, uma lenta valsa comigo. Rindo.

Sabe que já sou sua, que já me tem.

Que apenas ossos e sangue.

Há alma já paira sobre o vale da escuridão.

Já não sinto.

Sou apenas um corpo.

Sem alma.

Dançando com a morte, uma valsa findavel.

Quero apenas descansar.

Deixar o corpo voltar ao pó.

Oh querida amiga morte, quando pararemos de dançar ???

Para enfim poder ouvir o silêncio que vem do seu vale???

Quando deixará, que a carne ao pó retorne para a alma em paz descansar???

Allyne Silva
Enviado por Allyne Silva em 11/11/2022
Código do texto: T7647527
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