A BORBOLETA E O VENTO
Eis a questão?
Fazer o vento ou impulsiona-o!
Não é assim que faz as pequenas Lepidoperas?
As dúvidas que me afligem neste acasalamento flutuante.
O vento!
Pois se ele já existe, então seria impossível cria-lo!
De onde veio o primeiro sopro?
Delas?
Qual elemento pode ser tão misterioso a se esconder atrás da sua própria transparência.
E sua invisibilidade não o desmente.
Existe a inexistência no que lhe toca sem ser visto?
Se impulsiona o barco a vela, a própria vela que também apaga, daí vai parar em outro contexto.
Ao criar o caos , e a apaziguar o calor que no verão escalda, arrebata as águas do mar , dando o movimento ao que não parecia ter um resquício de vida.
Agradece a águia que deslisa pelos seus braços invisíveis, o que faz o frágil inseto ir mais longe que se imagina....
A eterna simbiose entre a fragilidade e a força, a beleza da frágil borboleta e o vento, indiscutível e magnífico show , a liberdade de voar e ir além do que se imagina.
De esquecer a pequenez para o mais alto grau de superioridade e grandeza!
O mais lindo e colorido vôo...
( Do meu livro: Textos Avulsos)
(Autor: George Loez)