Você sabe?
Fomos à padaria, como de praxe, habitude, costumagem e rotina. Durante o tempo em que tomávamos o café, você me Perguntou sobre uma pessoa. Esta pessoa, de quem nós proferimos, dissera-lhe que eu empurrara, impulsionara, impelira ou Compelira. No sentido ou significado restrito, rigoroso, idêntico, textual e estrito da unidade linguística. Eu não empurrei a Pessoa a quem você se referiu. Eu apenas desloquei, apartei, distanciei, removi e desviei a mão da pessoa em questão do Meu corpo. Eu posso ter consumado ou cometido uma infração, uma contravenção, um descumprimento, uma violação, uma Transgressão. Efetivamente, eu tenho estado magoado com a pessoa que eu não demonstrarei, exibirei, transparecerei ou Revelarei a identificação ou identidade. É uma heterogeneidade, um amalgamado e miscigenado agrupamento, agregação Ou totalidade de sentimentos que eu sinto pela pessoa de quem nós estávamos dialogando e comunicando. O indivíduo Predispôs, favoreceu, promoveu e oportunizou o meu estado, a minha condição e a minha situação de adoecimento; de Padecimento. E eu declamei e divulguei que não queria mais ter contato verbal ou oral com elemento de quem nós estamos Discursando. E você me perguntou, por que você não tenta? Você não pensa que este membro da sua família pode estar
Se sentindo mal? Já engendrou, imaginou ou mentalizou ser empático ou compreensivo? É claro que o fulano com quem eu Conversei e tomei café não utilizou estes termos. Haja vista que, minha companhia dedicou quase quarenta anos de sua vida Para o Trabalho. Nunca teve vontade de estudar, nunca ambicionou ou cobiçou o conhecimento; mas sim, os bens materiais.
Não manifesto ou pronuncio que o trabalho não é importante. Sim, o trabalho é significativo, ponderoso e valoroso. Porém, Não é a soberania e a supremacia da vida. Afinal de contas, você não vai levar tudo que construiu ou todo dinheiro que Ganhou para o caixão. Portanto, eu encerro este texto dizendo que, eu e ninguém somos ou estamos habilitados, Capacitados e competentes para modificar ou transformar alguém. Eu quero dizer que quando você me interpelou, Tendenciosamente, você perguntou como o outro estaria se sentindo. Mas eu lhe digo, e você sabe o que este outro fizera Comigo? Com a minha saúde mental que foi para o ralo? Você sabe que eu entrei em depressão, ansiedade e suas Comorbidades por causa do outro? Você sabe que eu passei os últimos três anos pensando em morrer e me matar por causa Do outro? No decorrer do café, eu disse poucas palavras porque eu sei e sempre saberei que você e o outro jamais Entenderão as minhas batalhas diárias e, muito menos, o que está dentro de mim. Obrigado, Recanto das Letras.