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Sem a escrita a verbalização se perderia, tal qual escrever na areia da praia.
Toda palavra tem sua força, mas a confiança não se encontra apenas na voz. Foi-se o tempo, em que; poderíamos acreditar sem ser decretado, afirmado.
Há um tipo de concretização, ou reconhecimento real.
O poder da escrita está em marcar com um selo a veracidade de algo,
Desde o princípio do princípio há este estereótipo anacrônico do " Homem das cavernas" aos dias atuais, nossa evolução só pôde ser identificada por nossas rupestres pinturas, tipo de mensagem a contar costumes em seus dias.
Na religiosidade, o Decálogo dito por Deus, cravado na pedra, e feito por Moisés, haviam também os papiros, os escribas, estes senhores dos recados.
A carta de Camões, e as de Pero Vaz de Caminha...
Nomes grifados pela história na escrita, e tantos, quantos mais.
Sabemos pelas suas rúbricas ,como afirmação.
Numa concordância como a palavra final, tipo de digital personalizada, a assinatura nos dá a propriedade, numa identidade única,a personificação do eu diante de qualquer resultado escrito.
Do maior discurso, ou no menor contrato, sobre um grande poema ou numa carta de amor, em sonetos ou até nas simples aldravias da vida. Conhecemos seus conceptores, pela grafia de seus nomes.
Assinado: George Loez
(Do meu livro: Textos Avulsos)
( George Loez)