O Paciente

Paciente versus urologista chefe do Hospital Regional de Sorocaba - SP.

No dia 17/09/22, um paciente deu entrada no Hospital Regional de Sorocaba, com sintoma de hematúria. Seu caso já estava bem avançado.

Ao ser diagnosticado num suposto ambulatório do mesmo, disseram que seu caso era extremamente grave.

O paciente fora obrigado a submeter-se a diversos exames: ressonância magnética, ultrassom etc...

Porém, só foram feitos após introduzirem uma sonda em sua uretra, sem ao menos o uso de algum anestésico... — meu Deus, que absurdo!

Após esse procedimento mui escabroso e horripilante, o paciente fora indicado a ficar isolado numa enfermaria, mas, os enfermeiros não entenderam com veemência, como deveriam proceder esse encaminhamento e, o levaram de volta ao mesmo ambulatório por aproximadamente 1:30h. Já passado todo esse tempo, ambos descobriram que cometeram um erro crasso, e que deveriam levá-lo à enfermaria.

Paciente: — por que tive que voltar ao ambulatório, se eu já havia feito todos os procedimentos necessários?

Dia seguinte: 18/09/22

Entraram em seu quarto algumas enfermeiras com ar de superioridade, advertindo-o que era exigido asseio pessoal. Ao fazerem diversos exames, após um longo e rigoroso banho, não foi encontrado aquilo que supostamente suspeitaram, e o levaram de volta ao quarto.

Dia seguinte: 19/09/22

Urologista: — Bom dia, senhor paciente!... Como o senhor está se sentido?

Dei uma olhada em seus exames e não constatei nada de anormal; mas suponho que sejam pedras em sua bexiga. Já introduzimos esta sonda em sua uretra para que possamos extraí-las com segurança. Faremos esse teste imediatamente! Boa sorte!

Nessa mesma noite, o paciente foi submetido a ser anestesiado do tórax para baixo.

Ao final desse procedimento, os enfermeiros pediram-no que mexessem seus pés... Mas os mesmos não obedeciam.

Paciente: — A que horas devo voltar ao meu quarto?

Uma enfermeira respondeu: — Quando houver uma vaga disponível!

Paciente: — Mas o quarto em que estou, meu primo já está à espera de minha presença!

Silêncio.

Pediram novamente ao paciente para que mexessem seus pés. Desta vez, ele conseguiu movê-los. Então, o levaram ao seu quarto.

Nessa mesma noite, o paciente reclamou de dores em seus testículos. Acionou o seu bip para que alguém o ajudasse a amenizar aquele desconforto. Quinze minutos depois, veio em seu auxílio um casal de enfermeiros e perguntaram-lhe o que estava acontecendo.

Paciente: — Sinto que uma dor intermitente está dilacerando os meus órgãos genitais.

Enfermeiros: — Ah!, deve ser a falta de soro na sonda... Já vamos verificar!

E o examinaram minuciosamente até quê, detectaram um parafuso plástico que não dava compressão. Então, para evitar a troca da sonda, resolveram fazer uma “gambiarra”. Pena que a mesma não durou muito tempo.

Ao amanhecer, o urologista chefe anunciou que o paciente iria fazer outros procedimentos. Um outro ultrassom que não fora realizado, mas que ficou pendente.

O paciente reclamou da suposta gambiarra que fizeram horas antes. O urologista respondeu-lhe que teria que atender outros pacientes... e Foi-se!

Após sua saída, sua assistente veio comunicar-lhe que haveria uma mudança de quarto, e vamos ter que trocar essa sonda. E a dor causou-lhe uma initerrupta sensação de pavor, mas a assistente simplesmente dizia: calma, calma, relaxe, respire profundamente... já vai acabar! Enfim, substituíram a sonda defeituosa por outra semelhante.

Paciente: — Uauuuuuuuuuuuuuuuuu... Uauuuuuuuuuuuuuuuuuuu...

A Assistente: — Calma que já vamos trazer uma dose de morfina para que fique mais calmo.

No dia 20/09/22, o levaram para um quarto mais isolado para que ninguém ouvisse seus gritos intermitentes.

A baixo desse quarto, uma britadeira ecoava sem parar.

Ao entardecer desse mesmo dia, seu acompanhante teve que deixá-lo para resolver outros problemas pessoais.

Nessa mesma noite, o paciente solitário clamava por piedade aos enfermeiros para que o ajudassem a amenizar tanta dor..., mas ninguém o ouvia.

A noite parecia bem dantesca aos olhos de su’alma sendo dilacerada pelos algozes.

Enfim, na manhã do dia 21/09/22... O urologista foi visitá-lo e, com ar de felicidade disse-lhe: — Bom dia, paciente... como passou à noite?

Paciente: — Muito mal, doutor!... O senhor não faz ideia o que é visitar o Inferno em chamas incandescentes e escaldantes a ponto de crucificarem tu’alma viva!

Urologista: — Oh! Mas o que é isso... Não se sinta tão derrotado. Logo, logo descobriremos o seu caso!

Paciente: — Mas o senhor não disse que o meu caso era na bexiga, doutor?

Urologista: — Infelizmente, não podemos afirmar!... Mas tenha certeza que estamos tentando resolver o mais breve possível!

Paciente: — doutor, sinceramente... já que estou a viver sob dois litros de soro aqui em Sorocaba... Posso muito bem sobreviver com os mesmos – em Tatuí. Pelo menos estarei ao lado de minha família.

Urologista: — há,há,há,há,há... Ora, ora, ora... Todos sabem que em Tatuí não tem médico competente para resolver o seu caso. Tanto é que você veio parar aqui!

Paciente: — doutor, o senhor é preconceituoso?

Urologista: — Não, não sou preconceituoso... Eu sou é realista! E se você realmente quiser ir embora, o Hospital não dará seus exames que foram realizados aqui. E volto a repetir: em Tatuí, os médicos não “tem” conhecimento como aqui! Para ir embora, você vai ter que falar com a assistente social.

Paciente: — Certamente, doutor, pois, assim o farei!

Mais tarde, uma psicóloga o questionou sobre o que estava acontecendo.

E o paciente descreveu com veemência, que o urologista era sem dúvida um preconceituoso nato!

Psicóloga: — O senhor está falando do japonês?

Paciente: — Certamente, cara senhora!

Psicóloga: — Nós temos ouvidoria neste Hospital, caro senhor!

Paciente: — Creio que não daria em nada! Como posso dizer para o Cacique, que na tribo tem Índio?

A assistente social deu-lhe a “Carta de Alforria”!

Pacco

Pacco
Enviado por Pacco em 25/09/2022
Reeditado em 08/11/2022
Código do texto: T7614027
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