Indumentárias do pensamento
Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes. Hb 4:12
Decodificação do pensamento, a palavra é matéria que vibra e repercute na economia dos seres sociais.
No empréstimo dos termos a nos tornarmos compreendidos, poder-se-ia admiti-la energia precisamente, que é senão matéria em liberdade cujo estado lhe favorece a máxima expressão ou superior aos que a limitam, quando minimamente associada a moléculas.
Enquanto os homens vão descobrindo os recursos intrínsecos aos vocábulos para fins diversos, dentre os quais a terapia da palavra em divãs ou casas religiosas, é lícito admitir ou conceber quão potente seria o seu uso da parte do magnífico Criador da vida e dos mundos!
Incapazes por ora, os seres humanos que estagiam na face da Terra, de comunicarem-se pela linguagem ultrassoft ou exclusiva do pensamento, a palavra é o mecanismo geral sobre que se assentam todas as atividades de intercâmbio das sociedades no planeta terrestre, embora queiram-se incluir os dialetos (do idioma) de sinais, característicos de cada povo, conservando-se os sinais comuns ou expressões idiomáticas universais a todos os povos das comunidades surdas; aliás, há fortes indícios da antecedência deste método comunicativo ao verbal, em franca concorrência com o pictográfico da caverna em tempos recuados...
Por ora e enquanto perdurem os nossos traços medianos de evolução, a comunicação verbal, nas modalidades oral e escrita, é o método validado e eficaz para a comunicação entre os homens, o que por si só, no entanto, não garante o diálogo e concórdia da paz universal, notando-se que os homens podem, e o fazem, do micro ao macro agrupamento, camuflar, lograr ou desviar a finalidade sociofraternal do verbo, dissociando o pensar do dizer e do agir, advindo por consequência o adiamento (sine die?) do diálogo perfeito sem ruídos da e na comunicação em forma de separatividade por animosidade e ofensas na culminância de extermínios recíprocos...
O Esperanto, Língua auxiliar internacional, encerra e faz lembrar no íntimo de sua propositura, a carência humanitária por fraternidade, em que os que sob a sua bandeira se congregando, o façam logados neste ambiente de exercício pacífico pelo uso formal dos signos linguísticos emprestados para a sua formação idiomática artificial.
Sem (o) verbo, o Criador não existiria nem seria concebido marcando presença, nem fazendo parte das sociedades humanas, pelo menos em dimensão mega e interacional.
Daí ser compreensível e poder interpretar com justeza a quem e quando O inserimos na humana alfabetização, supondo, por audácia criativa, que o poderoso Criador ao usar o verbo, obtém efeitos visíveis, criações que à criatura só é possível apenas admirar, louvar e aplaudi-lO.