SOBRE O QUE ESCREVER

Que seja: uma redação, ou uma matéria de um jornal,um discurso talvez, uma carta, ou uma tese então.Há de vir o primeiro passo, e o primeiro passo não é palpável ao chão antes da suspensão da perna até que:, enfim...

Não é como andar desorientadamente,mas tem de seguir um trajeto,tipo de caminho sem volta, e na primeira idéia.tem de haver "Caneta é papel às mãos" O primeiro parágrafo é como o nascer do sol, desencadeia alí, a nessidade de prosseguir e iluminar.

Daí vem o outro salto, talvez o mais alto; o segundo parágrafo; ele vem, como a idealização da seguencia, mas então; que sequência? Se mal chegamos ao meio do caminho E então, quem dirá ao final!

Felizmente existe uma confecção das pontas " As tais terminações" Idêntico a uma corda,não importando a metragem sugerida, há uma constituícão de um princípio até chegar a um decente final.

" Ditados pela mente"

Bem, este é o único meio que nos temos que tentar terminar a primazia no que começamos, é como se fosse o centro da resposta,um núcleo para o equilíbrio de tudo, ou quase tudo.

Reticências para respirar um pouco, e continuar a rescrever naturalmente o que poderá vir depois, o futuro talvez seja outra linha e depois outra, num desenrolar; não é este mesmo" Futuro" um nome criado para o que não temos conhecimento.

Um certo talvez, o tal pleonasmo da vida.Pois se o temos já é o presente constituido.

A arte de moldar um texto vai muito além das experiências adquiridas, é um tipo de construção das mesmas,a invenção em si; vem da união das palavras, como se estivessem de mãos dadas, criando um elo, uma corrente da afinidade literária,letra por letra, palavras afrente de palavras, constituindo frases e ideias, até chegarmos ao essencial.

Sobre o que escrever, então?

Bem ainda não sei; e se sei ao certo, não decidi até o momento, pelo menos, era o que me parecia, pois olha até onde cheguei, neste discurso em particular. Mas, sem a total convicção na pretensão, consegui realmente chegar até aqui, e construí, sem querer o que era totalmente improvável. ( Do meu livro: Textos Avulsos). ( Autor: George Loez)