A morte.
Ela é uma mulher sem coração, descarada, ela mancha
Nossas almas com um inverno que veste nossos corpos
Com um longo e eterno frio; preguiçosa ela procura
Nossas estações úmidas, e nos deita lá fora!
A morte nos aluga assim uma vida eterna,
Um espaço infinito como um céu transparente
Vasto é o inesperado, uma fortaleza
De 525 graus de latão reluzente, surpeendente.
O louvor de uma morte quando impera
Que desnuda os males em um vil burburinho,
ouço a morte rindo da ponta de seus lábios daqui.
Um dia chegará, sem esperar perdão,
Paciente, serei, feliz e com razão,
Vou ler todos os meus versos com liberdade nas nuvens!
Rosangela Colares