Sobre o patriotismo
Na era da liquidez, está quase impossível fincar os pés sobre terreno firme. Há conceitos deturpados propositalmente cujo objetivo de quem os propaga é confundir e criar uma sociedade distópica conforme várias já verificadas na história humana. A Alemanha nazista não nos deixa mentir.
Dentre esses conceitos vendidos distorcidamente na atualidade, está o famoso PATRIOTISMO. Como se pode falar em “Pátria Amada Brasil” com pessoas passando fome; sofrendo a carência de itens básicos para a sobrevivência; com o sucateamento das instituições republicanas?
O PATRIOTISMO nada mais deve ser do que zelar pelos interesses da população. A Pátria é o povo, pois é ele quem produz; quem movimenta a economia; quem vive; quem cria. Negar a dignidade da pessoa humana, desrespeitando a sua forma viver é prejudicar e atentar contra o próprio país.
No antigo Império Romano, o imperador e filósofo Marco Aurélio (121-180) já havia entendido que o poder devia voltar a quem ele realmente pertencia, ao povo. Os filósofos iluministas preconizaram o mesmo, lançando as bases para o Estado Moderno. A Pátria não pode se limitar ao mero juramento à bandeira nacional, desprezando o que acontece no seu território, desfazendo-se dos interesses que beneficiem a população.
A Pátria é o povo!