Pedagogia divina - Nada escapa ao Pai.(mito de tolkien)

Baseado em mitos de várias cultura, Tolkien( escritor dos Senhor dos anéis) escreve seu próprio mito da criação do mundo e do universo em seu lendário livro o Silmarillion.

O Deus único, ERU Ilúvatar, cria antes de tudo sua ordem angelical, os poderosos Deuses criadores VALAR Ainur.

ERU, o deus único, como um grande maestro regente cria uma música com vários temas que seriam cantadas por cada arcanjo Valar, formando um grande coral.

Assim, ERU, por meio de sua regencia e maestria utiliza-se da música e de seus arcanjos para criar o mundo e tudo que existe.

Mas nasceu no coração do arcanjo mais poderoso de Eru, Melkor, a vontade de aumentar sua força e glória e começou acrescentar na música temas da sua própria imaginação. Assim, houve dissonância na música, simbolizando o nascimento do mal.

Percebendo a dissonância, o Deus único levantou-se sorrindo e ao erquer a mão esquerda, iniciou um novo tema que trazia nova harmonia englobando o mal de Melkor.

Não satisfeito, Melkon tentou outras vezes introduzir novos temas em dissonância. O Deus único então, levantou em tom severo e com a mão esquerda, novamente ampliou a música de forma que os temas mais triunfantes de Melkor eram absorvidas pela profunda melodia de Eru, o Deus único.

Por fim, após nova insistência de Melkon em concorrer com a melodia do seu criador, este levantou as duas mãos e a música parou.

Então disse a Melkor:

"E tu, Melkor, verás que nenhum tema pode ser tocado se não tiver a sua suprema fonte em mim, nem pode ninguém modificar a música a despeito meu. Pois aquele que o tentar apenas provará ser meu instrumento na invenção de coisas mais maravilhosas que ele próprio não imaginara”. Descobrirás, Melkor, que todos os pensamentos secretos da tua mente são apenas parte do todo e tributários da minha glória.”

E foi assim que o Mal de Melkor, a contragosto, descobriu o seu lugar no coro celestial como instrumento do Bem.

Essa é a maravilha da Pedagogia divina, onde nada é acidental, tudo servindo ao propósito do nosso despertar.

Tal estória nos lembra também o mito japonês do macaco Songoku, o qual, tentando fugir dos domínios espirituais de Buda, percorreu milhares de milhas, mas, quando percebeu, ainda estava na palma da mão de Buda.

Atma Jordao
Enviado por Atma Jordao em 05/08/2022
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