A busca do sagrado.
Acordei e constatei que me falta religiosidade.
Não sacralizo meu tempo, meu espaço, nem minhas coisas e relações. Em tudo caminho pelo profano e só incapaz de ver Deus em todas as coisas.
Então desejo me tornar conectado com o divino. Desejo uma total comunhão com Deus.
Mas como me tornar sagrado se minha única ferramenta é um comportamento profano?
Poderia eu, um homem profano, utilizando-me da unica ferramenta que eu tenho que é a profanidade, contruir uma relação sagrada?
é possível o homem profano, por meio de ações profanas contruir relações sagradas?
Claro que não.
Mas o Sagrado não está tão longe de mim, pois o sagrado é algo que eu tenho, só que invertido.
Eu tenho o profano, ou seja, o não sagrado.
Isso significa que eu tenho o sagrado negativo dentro de mim. Então, de alguma forma eu tenho o sagrado em potência.
Se o profano carrega o sagrado dentro dele e o profano é algo que eu tenho disponível de sobra, então devo observar esse profano, como ele se dá em minhas relações. Tenho que entende-lo, tomar consciencia dele em todas minhas relações. Tenho que entender seu mecanismo de funcionamento, sua força raiz.
nessa tomada de consciencia, que envolve aceitação, compaixão, compreensão, quando amadurecido, surge então a ruptura da mudança refletida em decisão e ação.
Por fim, chegarei no sagrado.