Não, obrigado.
Eu não quero. Eu já estipulei, defini ou estabeleci a minha deliberação.
Em primeiro lugar, com vinte e sete anos, não quero filhos ou mulher.
Ou homem. Não quero instituir, compor ou integrar uma família.
Modernamente, vejo mulheres engravidando e tendo seus bebês.
Se eu fosse casado também não ia querer filhos. Sou censurado.
Sou desaprovado por conta da minha apuração. Da minha seleção.
É uma escolha criteriosa e objetiva. Todavia, não quero casamento.
Não quero casar. Não obstante, isso não significa que quero a solidão.
O afastamento, o isolamento. A solitude. Tenho duas cônjuges.
É como se eu fosse um homem poligâmico. E eu posso exemplificar.
Conheço pessoas que tiveram cinco ou dez filhos e como fica o fim?
O fim da vida? Não precisa ser o fim. Pode ser a metade da vida.
Essas pessoas provaram, experimentaram e vivenciaram o desgosto.
Similarmente, posso registrar uma série de malefícios aqui.
Desvantagens e inconveniências. Descontentamento, aborrecimento.
Infortúnio, padecimento, sofrimento, infelicidade e desconsolo.
É um catálogo eterno. De desventuras, é claro. Como o Recanto das
Letras é um domínio público, sei que diferentes públicos poderão ler
Meu discurso. Tenho consciência de que serei severamente, duramente,
Grosseiramente e rudemente criticado. Jesus Cristo, puro e inocente,
Foi sentenciado e condenado, por que eu, mortal e pecador, não
Seria? Deus estava correto quando admoestou ou exortou o homem,
No Éden, a não experimentar do fruto do conhecimento do bem e do
Mal. Ocasionalmente, penso como seria a humanidade se não tivesse
Pecado. Talvez, o pecado (que há em cada um de nós, seres humanos),
A depressão, a ansiedade, a acrimônia, a amargura, a desesperança,
A angústia, a aflição, a acerbidade, a tribulação, a mágoa e a raiva que
Há em meu coração não existiriam. Mediante o exposto, eu tenho duas
Conexões para nutrir e alimentar: a psiquiatria e a psicanálise.
Obrigado, estimados amigos escritores e leitores do Recanto das Letras.