ANIVERSÁRIO DO COLÉGIO MONTEIRO LOBATO DE SOUSA - 2009
ANIVERSÁRIO DO COLÉGIO MONTEIRO LOBATO DE SOUSA - 2009
“DEUS QUER, O HOMEM SONHA A OBRA NASCE”. Início minhas breves palavras nesse momento especial, citando Fernando Pessoa, para homenagear a Família Monteiro Lobato. Avalio, quanto de sonho foi exigido para que, aos trancos e barrancos, este templo do saber, que nos orgulha tanto, pudesse existir.
Sou testemunha ocular dessa construção e sei que nessa obra há grandes feitos, exemplos de valor e coragem. Nascida no século passado, ela conviveu com o intenso desenvolvimento industrial, da tecnologia, da informática, pois foi o século da globalização, da emancipação feminina no mundo ocidental, da luta pela proteção dos direitos humanos, do fim da guerra fria; contudo também século das guerras mundiais, das armas nucleares, da destruição do meio ambiente. Foi, ainda, no seu final, o século das ideias pós-modernas. Consegui atravessar de um para o outro século. Estamos, hoje, em uma época de transição e do alto de seus 30 anos, o Monteiro Lobato, nos remete a percepção da enorme fé que os seus idealizadores tinham no país, em Sousa e no ensino de uma forma geral.
Animados por sentimentos semelhantes ao dos fundadores, observamos hoje, nessa solenidade, vendo refletidos na expressão, na fisionomia de servidores, alunos e dirigentes, desejos, perspectivas, frustrações e receios, mas acima de tudo sonhos. Pelo seu vigor, é fácil constatar, que o CML, não permite que se abdique do direito de sonhar! Sabe que esse direito não estar nos códigos, nem nas constituições, e sim, no seu exercício diário, transformando-se em um valioso instrumento que nos impulsiona a caminharmos no sentido da garantia das liberdades e da igualdade nas sociedades humanas. Como exemplo, podemos citar que a liberdade dos escravos foi, antes, sonhada pelos negros e pelos abolicionistas e depois conseguida. Com relação à igualdade, podemos citar a luta e como se deu os direitos da mulher.
Contudo, é de se questionar se podemos sonhar quando observamos, no contexto mundial, nacional e local, sérios e antigos problemas que continuam a dramatizar a vida das pessoas. Uma grande quantidade de vidas humanas permanece à margem de qualquer processo de desenvolvimento, a intolerância política e a fragilidade das instituições chegam a ser fatal para muitos seres humanos.
Voltando os olhos para a situação interna de nossa cidade, o quadro não muda de cores. Eleva-se a responsabilidade das instituições de ensino com à formação de uma geração de homens de caráter tão necessários.