O que é DESEJO?
"Kama manas" é o nome indiano para nossa mente dos desejos.
"Kama" seria o Deus da luxuria e da paixão.
A LUXURIA é uma postura de busca pervertida frente a uma sensação de escassez e incompletude.
Por algum motivo você se vê portador de um vazio frustrante e passa a necessitar de algo fora para suprir essa necessidade.
Portanto, a luxuria, que nada mais é do que uma forma de desejo, nasce de uma ilusão que vela a sua plenitude interior, sua abundância.
Assim, incapaz de enxergar sua própria plenitude interior, nasce a luxúria do lado de dentro, por conta de um vazio interior.
Enquanto a pessoa não se reconhecer plena, ela será escrava dos desejos que nos remete a buscas externas.
A cura da luxuria e de qualquer desejo acontece quando encontramos e nos identificamos com a plenitude divina que nos habita e que é o nosso verdadeiro Eu.
" quem descobre a verdade sobre si mesmo, liberta-se de todas as inverdades e ilusões. Liberta-se do egoísmo, da ganância, da luxúria, da vontade de explorar, de defraudar os outros. - Huberto Rohden"
O prazer que advém dessa conexão com a divina plenitude interior é um prazer que transborda e supera todos os pequenos prazeres da matéria.
*** I ***
Oh, Alma imortal.
Tu que nasceste divina.
Por que continua cativa e
inerte dentro de mim?
Tu que é justa e é bela.
Do amor aporta janelas
de poderes celestiais.
Tu que é Teos e é cosmos.
Filha fértil dos tres Logos
Plenitude de meu Pai.
Diga-me, por que você nunca desiste
e nesta armadura ainda resiste,
enquanto profano seu lar?
Eu que aos desejos me entrego
e a tudo me apego
do sorriso ao chorar.
Eu que reviro os escombros
e em vícios ainda me escondo
tentando em vão te achar.
Ooh ,Alma peregrina.
Que do quinto andar me observa
Que tanto tu espera?
Dessa mente frágil e mortal?
*** II ***
Olá, mente ligeira.
Mente que os desejos permeiam
A ânsia por ansiar.
Tu que es turbilhão de prazer
Dos veículos, o último a se recolher
e o primeiro a se levantar.
Escuta mente ligeira
Escuta o que vou te contar.
Antes de tu ser, eu já era.
E ainda hei de ser,
mesmo depois que tu vás.
Entre dois de seus pensamentos,
sou a voz do silêncio
que te permite pensar.
E se hoje tu me ignoras,
ainda sim é o amor que me aflora
que te permite sonhar.
*** III ***
Olhe bem, consciência.
Que fazes ai no escuro?
Quando nasceste para coroar
meu Caduceu de Mercúrio?
Eleva-te pelo esforço
Pelo arbítrio da vontade
e fixe seus olhos em mim
Instrumento da unidade.
Tome posse, consciência
Tome posse de si mesmo.
És discípulo que a casa retorna
meu mais sublime instrumento.
A mente dividida
Adormece e nada pode.
Mas se tu radicas em mim
Não és tu a Luz da Verdade?!
Bem-vinda, consciência plena.
O domínio do eu animal.
A mascara agora se curva
a Alma do ator principal