Fala de uma mulher radiante

O ano era 2011 e eu estava passando por momentos um tanto quanto frustrantes dentro da minha vida. Passava a semana inteira em outro estado, por conta do estágio, e desfrutava dos meus fins de semana no meu lar verdadeiro.

Conheci um rapaz, em uma viagem específica, que não tirava os olhos de mim. Após alguns minutos dentro daquele ônibus, o mesmo sentou ao meu lado e conversamos durante todo o percusso. Ele era muito legal! E além de inteligente, tinha uma oratória muito boa.

Fui sendo cativada pouco a pouco e quando me dei conta, já estava em seus braços o beijando. Nada precisou ser forçado e o meu corpo com o dele deixou nosso beijo mais marcante.

Como eu o amava...

Os anos se passaram e saindo de uma relação conturbada, encontro meu amor novamente, e, naquele momento, estávamos dispostos a viver nosso antigo romance. Estava tudo tão perfeito!

Me entreguei de corpo e alma a ele e não tive receio de fazer isso.

Ao olhar para aquele homem, me sentia segura, amada, feliz e em paz. Aquele era o meu lugar e a alegria contagiava meu cabelo recém cortado. Mas como algumas histórias de amor, a minha, infelizmente, tem um "mas" também.

Não poder ser eu, ser a bela mulher, radiante, alegre e brincalhona com todos, me fazia entrar na seguinte dúvida: Até onde vale deixar minha verdadeira pessoa de lado por um amor?

Isso com o tempo foi me preenchendo de negatividade e eu já não reconhecia o homem que apareceu na minha vida em 2011.

"Será que o problema era comigo?", me perguntava algumas vezes em meus momentos de auto-reflexão durante as noites.

Simplesmente não dá pra abandonar minha essência. E apesar do amor que carrego por ele ainda existir, preciso ser eu mesma e amada por isso também.