Casado
Quando eu entro na academia, eu constato e detecto pessoas usuais.
Pessoas consuetudinárias e prosaicas. Eu visualizo beltranos rotineiros.
Indivíduos que, frequentemente, regressam do trabalho para efetuar.
Efetivar e operar o desempenho e o funcionamento de seus corpos.
A ação e a dinâmica da atividade física. A compleição orgânica agracia.
Reconhece e gratifica a imprescindibilidade e a primordialidade.
O valor, a magnitude e o destaque da prática diária desse movimento.
Simultaneamente, eu também descortino e presencio gente doente.
Uma galera ou multidão insalubre, empalamada e achacadiça.
Atualmente, o homem enfatiza e salienta sua apresentação externa.
Sua exterioridade, fisionomia e sua imagem diante da sociedade.
O homem é ludibriador, fraudulento e mitomaníaco. Mania de mentir.
Uma patologia. Um posicionamento, um comportamento substituído.
A respeitabilidade, a nobreza e a honra postergadas e desmemoriadas.
De conformidade com o que já foi escancarado, isso é narcisismo.
Essa convenção não passa de pedantismo, convencimento e vanglória.
Consequentemente, a ''psique'' ou ''alma'' não é tratada ou zelada.
A coletividade ou agremiação social continuará combalida e enferma.
Mediante o exposto, qual o intuito de ter corpos esculturais e sarados?
Maravilhar e deslumbrar quem é antipatizado e esconjurado?
Tentar fascinar e encantar quem nós detestamos e execramos.
Este é o ser humano. A demanda pela psiquiatria e pela psicologia.
O corporal vira pó, mas a alma é eterna. Deveríamos reflexionar.
Pouquíssimos profissionais verdadeiramente capacitados e competentes.
Eu estou casado com a psiquiatria e a psicanálise. E você? Como vai?