Religiosidade africana, indígena e afro-brasileira
As religiões de matriz africana, ao cultuar o Deus supremo, Olorum, Mawu, N’ Zambi, qualquer que seja a nação, povos Eués-Fons, Bantu ou de qualquer parte do continente africano, trazem na representatividade ancestral a força, a conexão, a espiritualidade os rituais sagrados e as suas tradições. Do mesmo modo, respeitando as peculiaridades ritualísticas, o culto aos caboclos e encantados da floresta e das águas, para os povos originários estão diretamente ligados a força da natureza, a ancestralidade e as orientações de um ser supremo, na mitologia Tupi Guarani, Tupã.
Se pensarmos em universalizar a compreensão dos rituais, cultos, a ligação com a natureza e a força de tudo o que tem significado sagrado, trazendo como parâmetro as religiões ocidentais, cometeremos, mais uma vez, o erro da profanação, subalternização ou banalização e respeito à diversidade na sua mais profunda compreensão.
(Discurso de abertura do debate sobre Diversidade na Educação Básica do município de Ibirapitanga, Bahia)