BOLSONAROLÂNDIA: CODINOME BRASIL

No “encantado” mundo da Bolsonarolândia os corpos se acumulam, assim como o ressentimento. O Brasil é o país dos picaretas, onde levar vantagem é a palavra de ordem. Quando o presidente motoboy abre a boca é o mesmo que abrir uma fossa; o cheiro não é de coisa boa. No seu teatro circense o discurso é sempre agressivo e venenoso, suas criminosas atitudes e as do seu desgoverno mostram nitidamente que o foco é a articulação para o benefício próprio. Bolsonaro é o rei da bravata, no submundo da podridão. Ele é a piada da terra plana.

A Bolsonarolândia é um universo fictício. Uma mistura de mundo bizarro com gabinete paralelo, onde é governado por um presidente retardado que manda, enquanto os seus súditos bitolados e viciados em fake news obedecem. Para alguns, desprovidos de massa encefálica, o Bolsonaro é como se fosse um deus... Só se for o deus Loki. Na mitologia nórdica, o tal deus Loki era o deus da trapaça, da travessura. Era o símbolo da maldade. Traiçoeiro, de pouca confiança. Ele reflete o poder do mal. Já na mitologia grega, o Bolsonaro seria chamado de Pseudólogo... O filho da mentira, a criatura das palavras mentirosas, das fraudes, da enganação, da ilusão.

Elegeram Bolsonaro chamando-o de mito. Para aqueles que acham que pensar dá muito trabalho é bom explicar que a palavra mito, basicamente significa mentira, farsa, invenção fantasiosa. E é isso que o patético presidente vem mostrando: mentiras perversas, enganos, falsidades, artimanhas, dolo, fraude, velhacaria, má-fé, omissão, alicantina, e por aí vai. Um verdadeiro mito. Prestando atenção na conduta vergonhosa do presidente pal-mito, lembro-me de uma frase do saudoso Chacrinha, que dizia: “Eu não vim aqui para explicar, eu vim para confundir”. Esse e o lema do Bolsonaro.

Tenho a sensação que a humanidade em geral e o povo do Brasil em especial, estão doentes. Perderam a noção de vez, e já não sei aonde vamos parar. O bem estar de uma nação não é um jogo de futebol onde cada um torce pelo seu time. A política não deveria ser vista pelo povo como um simples jogo. Já os políticos, só enxergam jogo. Como disse Friedrich Nietzsche: “Um político divide os seres humanos em duas classes: Instrumentos e Inimigos”. Vejam só: o paspalhão das motociatas estava exigindo o voto impresso, alegando que as urnas eletrônicas são fraudulentas; e amanhã ele vai exigir a volta do pombo correio, alegando que o e-mail é fraudulento. Bolsonaro é um desiquilibrado. Com voto impresso ou não, ele não vai se reeleger e já sabe disso. Sobra apenas sua conduta típica de um maluco desesperado.

Tenho o direito de detestar qualquer presidente inútil; por isso faço oposição. Não tenho partido e não adianta me chamar de comunista, apesar de simpatizar com os ideais do socialismo e comunismo. Alguns apoiadores do fascista já me apontaram o dedo, já fizeram cara feia, outros me deram as costas e até me ameaçaram. Não perco meu tempo com esses estúpidos de calças sujas. Liberdade, Igualdade e Fraternidade... É isso que eu defendo. Jesus, o Cristo, foi o preso político mais conhecido do mundo, e é lembrado e venerado até hoje pelos seus ideais. Ele fez uma revolução política, moral e social na sua época. Os preceitos defendidos por Jesus, de amor ao próximo e de valorização dos mais humildes, vão de encontro às ideias do proletariado “elaboradas” por Karl Marx no fim do século XIX. Pensar no coletivo. Pensar no próximo.

Se pararmos para refletir, Jesus, quase dois mil anos antes teria proposto junto com seus apóstolos uma sociedade igualitária, muito similar aos preceitos do comunismo e socialismo. Sendo assim, como pode uma pessoa que se diz cristã se deixar escravizar pelo capitalismo? Como pode uma pessoa que se diz cristã odiar um irmão e chama-lo de comunista, como se isso fosse algo terrível? Se você acredita em Cristo, você é cristão... e tem o dever de pôr em prática os seus ensinamentos. Mas isso é para quem aprendeu. Religião e opinião política devem caminhar em sintonia, em harmonia; se isso não estiver acontecendo, mude a sua opinião política.

Adriano Besen
Enviado por Adriano Besen em 11/08/2021
Reeditado em 18/11/2021
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