Ambivalência
Eu iniciei o meu dia bem. Com vivacidade, vitalidade e disposição.
Tomei o café da manhã; abracei meu pai quando ele chegou.
Ele veio em casa para almoçar. Eu me declarei para ele. Eu o amo.
Eu proclamei o quanto eu o amava. Nós palavreamos bastante.
Eu sou meigo, afetuoso e caricioso com ele. Isso o importuna.
O fato de eu ser carinhoso o deixa um pouco apoquentado e amolado.
Fatigado. Porém, verdadeiramente, eu sei que ele aprecia meu abraço.
Eu assumo que eu o caricio e lisonjeio profusamente e intensamente.
Descomedidamente. Dessa forma, eu sei que eu poderia mudar.
Mediante o exposto, tudo que eu articulei e proferi até agora,
É somente um preâmbulo; um prefácio para o que eu genuinamente
Quero dizer. Eu gostaria de relatar e declamar que eu estou enfermo.
Subitamente e abruptamente, eu despertei para um lado insalubre.
Eu cheguei no trabalho e manifestei ou expressei essa sintomatologia.
Depressivo e ansioso. Fiz uso do meu ansiolítico. Estou tratando.
Em agosto, eu completo um ano de tratamento psiquiátrico.
Similarmente, estou contente, exultante e satisfeito com essa vitória.
Mas, imprevistamente e repentinamente, eu senti os sintomas.
Os sintomas da depressão e ansiedade. Vontade de não viver mais.
A minha alma dói. Desejo de cometer suicídio. Não tenho coragem.
Cristo me ampara e me supre. Eu vivo nessa ambivalência.
Entre a vida e a morte. Não quero morrer. Quero a vida eterna.
Tenho a compreensão e o discernimento que o suicida não herdará
O reino dos céus. Em vista disso, esse mundo é muito tirânico e
Inclemente. Precisarei de um psiquiatra e um psicólogo a vida toda.
Não é demônio, definhamento ou depauperação. Eu só cuido.
Cuidando da minha saúde mental e espiritual. Por hoje é só.
Obrigado.