Segregamento
Eu era um elemento que formava uma organização religiosa e professa.
Fui parte de tal corporação espiritual por mais de vinte anos.
Nesse ínterim, eu estava envolvido e participava dos procedimentos.
Das atividades e dinâmicas. Práticas e execuções criadas pela igreja.
Enfim, é da igreja que eu quero discorrer e versar. Vamos tratar.
Primordialmente, nem sei se podemos qualificá-la como tal.
É uma designação que tem a perícia e a propriedade da fascinação.
Da atratividade e do encantamento. Os beatos são seduzidos.
Os devotos ficam deslumbrados com a exorbitância de promessas.
As autoridades e os dirigentes têm a metodologia da persuasão.
Do induzimento e da instigação. Eles burlam e ilusionam muitos.
Muitas são as campanhas que simulam ser miraculosas e pasmosas.
Os filiados dessa agremiação ficam estupendos e estupefatos.
Entretanto, há uma obscuridade no meio dessa magia toda.
E uma delas é a magia-negra ou feitiçaria, como preferirem.
É um designativo genérico para os cultos afro-brasileiros.
Dentro de seitas que pensam ser igrejas. Elas até usam a Bíblia.
Evidentemente, de acordo com suas convenções e protocolos.
A manipulação ou adulteração do texto bíblico são portentosas.
Além disso, o misticismo nessas pseudo-igrejas é fervoroso.
Exemplificando, menciona-se o banho do descarrego e o sal grosso.
A ignominiosa sessão do descarrego com a manifestação do diabo.
Indivíduos, hipoteticamente, incorporados por demônios.
Supostos espíritos funestos e nefastos que querem destruir vidas.
Há indicativos de que trata-se de um defraudamento. Uma intrujice.
Um ludíbrio; uma tapeação para engambelar os insipientes. Hipnose.
Por conseguinte, eu declaro agora o meu segregamento dessa seita.