Não é mais o mesmo, mas continua lá.
Eu gosto da canção ''Astronauta de Mármore'' da banda Nenhum de Nós
Porque o conjunto comunica sobre um conjectural e hipotético alguém
Que estacionou em determinada localidade, mas que havia mudado.
No meu caso, quando eu olho pela janela da cozinha da minha casa,
Há uma estrela que conserva-se inalteravelmente. Eu tenho a prática
De materializá-la e corporificá-la como ''Deus''. Eu a admiro e aprecio.
Posteriormente, quando eu estava no período do vestibular, eu tive,
Ainda que transitoriamente, o desejo de estudar Astronomia.
Na minha cidade, o curso não era ofertado e caso eu tivesse ingressado
Na carreira de astrônomo, eu necessitaria mudar e deslocar de cidade.
Eu elegi e selecionei a Medicina Veterinária pela preferência e interesse
Pelos animais domésticos. Cuidar dos animais quando estes estão
Enfermos, combalidos e valetudinários. Eu acredito que eu descortinei
Essa tendência e propensão. Similarmente, eu lapidei e aprimorei o
Talento, a aptidão e a competência pela arte de curar e salvar os
Animais. Paralelamente, eu estava discorrendo e dissertando sobre
O corpo celeste que está incorporado e integralizado no céu noturno.
Analogamente, é a minha vida. Presentemente, eu ainda estou lá,
Entretanto, não sou mais o mesmo. Pela razão de ter desenvolvido
Ansiedade, depressão e outras disfunções psiquiátricas, eu fui
Configurado e programado. E esse esboço ou planejamento foram
Obrigatórios. Eu, veementemente, estou em uma circunstância
De adoecimento mental. Porém, sendo assistido por profissionais
Especialistas. À vista disso, eu me transformei em uma gangorra,
Uma montanha-russa errática. As subidas são expectadoras e as
Descidas são vertiginosas e psicodélicas. Não é nada fácil para mim.
Todavia, como no encetamento desse discurso, eu não sou mais
O mesmo, mas eu continuo lá. Eu, o psiquiatra e o psicanalista.