DO NINHO AO VÔO

A vida nos permite viver com o mínimo de dignidade, e isto buscamos desde o princípio.

E nos vem na melhor forma, com um certo conforto, como nasce um passarinho num ninho de folhas e plumagens.

Só que não é bem assim que acontece,alguns já estão prontos para nós receber.

Quando vê tudo muda!

Depois perde-se o conforto e seguimos dormindo em galhos, na proteção de nossas próprias asas.

"Conquistas diárias"

A segurança da mãe natureza da a indicação, que seja feito a morada lá no alto da árvore, para evitar alguns predadores terrestres.

Infelizmente alguns destes predadores vem do alto, pois os mesmos tem a capacidade de voar, então por isto, se procura os galhos mais frondosos,para criar uma espécie de camuflagem natural para os filhotes.

O instinto é uma sabedoria genética.

E quando não sabemos, aprendemos por experiência própria, por pura observação ou dor.

Aprender a voar é a etapa mais difícil da vida, por conta dos riscos, e qualquer descuido é fatal.

Dizem que algumas aves empurram os filhotes para a queda, quando estes não voam por conta própria, elas sabem o momento que podem arriscar a vida dos mesmos, percebem que há uma plumagem suficiente para que consigam alçar voo.

Chega um momento, que se não aprendermos a procurar o próprio alimento,ele não chegará até a boca como antes.

Se compararmos as formas de vida, notaremos suas similaridades, suas semelhanças.

Somos que nem passarinho do berço a maturidade.

Nesta terra de oportunidades, temos que voar longe para aprender mais e mais, há muitas outras árvores, e muitos outros pássaros para se conhecer pelo caminho, criar vínculos, voar em bandos, saber escolher e separar com quem queremos seguir viagem,constituir família, e fazer uma outra morada parecida ou melhor do qual saimos um dia, para a geração vindoura.

A vida se repete como um elo, segue a mesma forma, a mesma receita de outrora.

Se prestarmos atenção do ninho ao vôo, tudo nos é repassado por pura observação pessoal, para um grande aprendizado.

Vocês não acham?

( Autor: George Loez)

( Do livro: Textos Avulsos)