Eliminação
Ainda não superei o que me foi confessado por uma pessoa displicente.
Diria até repulsiva e indigesta. Eu estava deitado no meu quarto.
Essa individualidade relatou que eu estava preocupando meus pais.
Tal entidade humana divulgou que minha mãe estava chorando.
E que meu pai já não tinha mais aprazimento e exultação em seu ser.
Contentamento e felicidade. A face do meu pai estava taciturna.
Enternecedora e desolada. Apesar disso, o sujeito queria ajudar.
Porém, com suas palavras venenosas, o beltrano só me acabrunhou.
Desestruturou e desalentou. As palavras transpassaram minha alma.
Elas penetraram meu íntimo. E, frequentemente, isso repete.
Como eu padeço do Transtorno Obsessivo Compulsivo, eu sofro.
Com pensamentos repetitivos e ruminativos. É um martírio.
Em vista disso, ainda fui preconizado a jogar meus remédios fora.
Indubitavelmente, eu uso muita medicação para funcionar e viver.
Contudo, é uma imprescindibilidade; uma indispensabilidade.
Eu estou enfermiço e achacadiço. Não é uma seleção minha.
Não optei por ficar doente. É claro que eu descartei tudo dito.
Eu quero um afastamento; uma segregação. Pelo meu bem.
Pela preservação e conservação da minha saúde mental.
Desculpa, mas eu estou excluindo ou eliminando você da minha vida.